41 - Thom.

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Quando chegamos no condomínio, Violetta quase saltou do carro, ansiosa para ver o seu gatinho.

- Calma, Violetta! - Eu disse, parando para olhá-la. Violetta fez um biquinho fofo e assentiu.

Pegamos as nossas malas e Ethan pagou o homem do táxi. Arrastamos as nossas coisas lá para dentro. Parecia que todo mundo estava feliz e ansiosos por estarem de volta ao Rio.

O síndico estava lá e eu não ou de deixar de ver, a gata dele e o gato de Violetta. Eles estavam sentados, quer dizer, dormindo em cima de uma cadeira, enquanto ele olhava para eles.

- Thom! - Violetta gritou, correndo ao encontro do gato. Ela soltou suas malas no chão, pegando o bichano nas mãos.

No mesmo instante, o gato abriu os olhos, preguiçoso. Por mais que eu tivesse medo deles, aquela cena foi fofa.

- Ah meu amor, a mamãe estava quase morrendo de saudades de ti - Ela disse, acariciando a cabeça do bichano.

Thom murmurou alguma coisa, olhando com curiosidade para Violetta. Parecia que ele estava reconhecendo a dona, pois ele se aninhou ao colo da dona.

- Síndico - Decidi cumprimentar.

- Estava com saudades de você, meu bebê - Ela parecia uma mãe, conversando com seu filho. - Então síndico, o que o senhor gastou tanto com o Thom?

- Thom foi uma companhia e tanto para Mia, e como os dois estavam muito unidos esses dias, não precisa pagar nada! - Eu realmente pensava que a gata era um gato. - Thom estava com muitas saudades de você e eu percebia isso.

Violetta olhou para o gatinho, sorrindo para ele em seguida. Eu realmente não sabia como uma pessoa poderia gostar tanto de um gato.

Mas como eu não gostava, não era bom ficar perguntando para quem gosta.

- Ah, muito obrigada!- Violetta agradeceu, dando um sorriso meigo.

- Espera, por que nós não ficamos naquele táxi e não com os embora? - Ethan perguntou, olhando para Nathalie com a sobrancelha arquiada.

Que merda era aquela?

- Merda...- Alguém disse. - Precisamos ir embora, pois eu estou com uma imensa saudade da minha mãe...- Era Nathalie.

- Nem me fale - Ethan retrucou. - Preciso ver o meu esqueleto.

- ESQUELETO? - Nós três perguntamos ao mesmo tempo.

- É - Ele concordou, coçando a cabeça. - Robin é o meu esqueleto. Amo tanto aquele bichinho, que o considero como melhor amigo.

- Pensei que EU era o meu melhor amigo - Dei de ombros.

- Sabe como é que é, ele é só um conjunto de ossos e você é um humano. Ele é o meu melhor amigo de ossos e você é o meu melhor amigo humano. - Levantei uma sobrancelha para ele. Ethan às vezes dizia coisas que ninguém entendia.

- Alguém entendeu? - Eu perguntei, olhando para Violetta e Nathalie.

- Eu não...- Violetta deu de ombros, para abraçar o gato. Será que ela não tinha medo do pelo?

- Eu... pior - Nathalie disse.

- Nem eu entendi. Às vezes eu não entendo - Todos nós paramos para olhá-lo. - Que foi? Eu também não entendo!

- O jeito é chamar outro táxi - Nathalie se colocou pra fora do condomínio. - Táxi! Táxi! Aqui miserável!

- Depois é eu que xingo...- Ethan resmungou.

Um táxi parou ao meio-fio. Lá dentro estava um homem moreno, que olhava para Nathalie como se ela fosse uma maluca. Nós ficamos olhando lá para dentro, vendo se era uma boa ideia Nathalie e Ethan entrar lá dentro.

- Vão entrar, ou vão ficar aí olhando pra dentro do carro? - Saímos do transe com a voz do homem.

- Vamos entrar! - Ethan pegou suas malas e colocou dentro do carro, voltando de novo para pegar as de Nathalie. - Nos vemos ainda hoje?

- Vem vocês dois aqui em casa - Eu disse. - Vou comprar pizza.

- Valeu - Nathalie disse. - Me manda mensagem, por que vou arrumar umas coisas com a minha mãe.

- Nathalie? - Chamei a mesma e ela olhou para mim, por cima do ombro. - Não vou tolerar suas gracinhas agora, por que sou seu patrão, bonita.

- Era o que eu mais tenho medo - Revirou os olhos. - Conversamos quando chegar.

- Até logo, gente. - Ethan disse e entrou no táxi também, acenando para gente antes de o carro sair.

- Vamos entrar, amor? - Cutuquei Violetta, que ainda brincava com o gato.

Ela assentiu e pegou só uma de suas malas, enquanto na outra, ela levava o gato meio sem jeito. Tive um pouco de trabalho, pois precisei levar as minhas duas e a outra de Violetta.

Passamos pelo elevador e eu lembrei da primeira vez que entrei aqui. Lembro quando vi Violetta. Nem me imaginei que iria me apaixonar por Violetta aqui neste condomínio.

Quando chegamos á minha porta e deixando uns cinco passos para entrar na dela, Violetta abriu a porta e Thom pulou de seus braços, entrando para dentro da casa, como se conhecesse o lugar.

- Vai fazer o quê agora? - Perguntei, abrindo a porta e colocando as minhas duas malas lá dentro.

- Vou dar uma faxina na casa e depois fazer almoço - Respondeu, olhando fixamente para mim. - Posso ir na sua casa depois disso?

Ri dela. Eu já estava procurando um jeito de dizer que eu queria ir para a sua casa depois.

- Claro amor. Que horas?

- Te mando mensagem depois, pode ser? - Assenti. - Te amo!

Inclinou-se para a frente e deixando um beijo em meus lábios. Correspondi ao beijo e me afastei depois.

- Te amo! - Respondi.

Com um sorriso no rosto, olhei uma última vez para Violetta, entrando na minha casa.

Foi a mesma coisa que entrei pela primeira vez. A casa estava do mesmo jeito que eu a havia deixado. Tudo no seu devido lugar.

Fixei o olhar nas paredes da casa. Quando entrei aqui, lembro que elas estavam toscas e hoje, elas estavam pintadas e bem coloridas.

Coloquei uma mala no sofá e subi com a outra. Antes de chegar no meu quarto, sorri para cada desenho que eu havia feito. E aquele sorriso aumentou ainda mais, quando vi o desenho de Violetta na parede do meu quarto.

Caminhei até a minha janela e abri.

- Saudades dessa janela - Automaticamente, me lembrei da pessoa da janela.

Agora que eu estava de volta, eu ia continuar tentando descobri.

*****

Olá?? Bem, eles estão de volta ao Rio.

Perguntinha aqui:

Vocês costumam escrever capítulos comendo ou bebendo alguma coisa?

( pergunta para as escritoras)

A GAROTA DA JANELA Onde histórias criam vida. Descubra agora