Capítulo 11

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Miguel narrando:

                            Meses antes...

Hoje era dia de operação na Rocinha, estávamos tentando pacificar a comunidade a muito tempo, mas sempre alguém estava no comando antigamente era o AB que estava no comando, mais conhecido como Anderson Barbosa e quem estava no comando agora era seu filho LA. AB tinha morrido durante um confronto com a polícia, agora nossa missão era matar LA e pacificar a comunidade, lá estava cheio de traficantes nojentos, drogas e muito tráfico e eu odiava isso. Pra mim bandido bom era bandido morto!

Eu trabalhava no BOPE já iria fazer uns anos, amava o que eu fazia, desde pequeno meu sonho era ser parte do BOPE e hoje eu me sentia muito honrado em exercer minha profissão da melhor maneira possível.

Estávamos passando com o caveirão por dentro da favela, alguns policiais desciam e iriam circular pela favela atrás de LA, desci do caveirão e iria andar pela favela até acharmos ele, Matheus e Gustavo foram me acompanhar.

A gente estava armado até o dente, apenas esperando o momento, eu comandava Matheus e Gustavo os dois eram os meus melhores soldados, e também um dos poucos amigos de confiança que eu tinha feito. Mandei Gustavo seguir por um beco que dava até a boca de fumo, e mandei Matheus seguir por outro que iria dar até a casa de LA. Era necessário que a gente se separasse, por mais que fosse arriscado, quanto mais soldados circulando pela favela melhor.

Carregava minha fuzil nos braços e caminhava devagar entre os becos, poderia ter vapor armado pelas janelas das casas. Um barulho de tiro tirou totalmente a minha atenção, entrei em um beco que dava pra ver perfeitamente o que acontecia na ladeira do morro, era ele estava tentando fugir com uma garota, utilizava o silenciador na arma e mirei em LA, mas uma moradora da favela veio em minha direção pedir ajuda, falava que uma menina havia sido ferida.

Quando me aproximei, a vítima sangrava muito, era uma mulher, a caramba ela era linda, uma pena que ela estava sendo vítima de tiro pela comunidade, seu sangue jorrava sangue por todo o asfalto da favela, era possível ver que ela ainda estava acordada, quase fechando os seus olhos.

- Foi aquela maluca da Juliana que atirou na menina, ela estava com o Lucas. - escutei uma moradora contando para o povo que estava rodeando a vítima na multidão.

Tratei logo de pedir uma ambulância e não demoraria muito para chegar, rasquei uma parte de sua blusa na intenção de fazer o sangue estancar pelo menos tentar diminuir a quantidade de sangue que jorrava de seu ombro.

Acompanhei a vítima até o hospital já que nenhum parente a acompanhou, quando chegou no hospital ela já foi sendo socorrida no momento em que chegamos, logo uma mulher aparentava ter uns 40 anos de idade, surgiu completamente assustada chamando por sua filha.

- Aí meu deus minha filha, foi trazida pra cá, o senhor sabe de alguma coisa? Já perguntei para o pessoal da recepção ninguém soube me informar de nada. - a senhora perguntou para mim.

- Acabei de socorrer uma mulher que levou um tiro no ombro, não sei se e sua filha senhora, no momento não posso te informar de nada. - falei.

- Obrigada! Obrigada! - agradeceu indo a recepção novamente.

Aquilo não era o meu dever, acompanhar vítima de tiro na favela, mas sabe quando você sente que deve fazer aquilo, por isso eu a ajudei, era triste ver esses tipos de cena na favela, isso acontecia diariamente, durante os confrontos da polícia com os traficantes da favela, ocorria bala perdida, mas aquilo não parecia ter sido bala perdida, quem havia atirado naquela mulher já tinha a intenção.

- Eai mano tá tudo bem? - perguntou Matheus.

Havia pedido para ele vir me buscar no hospital, já que eu estava sem o meu carro e sem nada para pedir um Uber ou um táxi.

- Tá sim, parece que a menina vai ficar bem. - comentei.

- Tu sabe que isso não teu trabalho né? - falou enquanto dirigia.

- Sim, mas senti que devia!

Aquele era o meu trabalho, ajudar a população ao máximo, por conta desse imprevisto, acabou que não achamos LA pela favela, parece que ele tinha fugido, durante o tempo em que tudo aconteceu.

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Olá meus amores, queria avisar para vocês que continuamos com capítulos novos durante a semana, que finais de semana eu não posto. Desejo a todos uma ótima leitura, não esquece de deixar sua estrelinha, e compartilhar com os amigos, enfim um milhão de beijos para vocês.




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