Lucas segurava uma fuzil nas mãos a todo momento enquanto um dos seus vapores dirigia que nem um louco. E o seu outro vapor estava sentado ao meu lado segurando uma pistola e apontando ela para mim a todo momento.
- Me dá teu celular vagabunda e desbloqueia anda. - senti a arma do vapor na minha cabeça.
Abri a bolsa e tratei de procurar rapidamente meu celular e entregar para o vapor que estava do meu lado. Vi ele passar o celular para o Lucas e dali eu sabia que todas as minhas chances de alguém me achar tinham morrido.
- Coloca essa venda nela. - vi o Lucas passar um pano escuro para as mãos do vapor que estava do meu lado. - Acho bom você facilitar as coisas.
Eu sentia meu corpo tremer de medo, temia muito pela vida do meu bebê, não sei se suportaria perder mais um filho por causa do Luca. Deixei que o seu vapor colocasse a venda em mim sem nem ao menos hesitar não queria que nada de ruim me acontecesse, só não contava que ele levaria um pano até a minha boca e me fizesse adormecer.
Senti meu corpo mole e alguém balançar ele sem parar, tentei mexer as minhas mãos mas percebi que tinham amarrado. Esse pano nos meus olhos me deixava irritada e ao menos tempo com medo, eu não conseguia ver o que estavam fazendo ao meu redor e nem ter a noção de quem estava balançando meu corpo como se quisesse me acordar.
- Filha você tá bem? - olhei para minha mãe que tinha desamarrado o pano que tampava os meus olhos e minha primeira reação foi chorar.
- Mãe onde a gente tá? A gente precisa sair daqui, o Lucas me pegou, ele vai fazer alguma coisa ruim comigo. - falei enquanto observava ao meu redor.
Assim que observei melhor, percebi que estava na casa da minha mãe, o que havia acontecido? Eu não conseguia me lembrar de nada, por conta do que tinham colocado no pano que tamparam a minha boca.
- Que bom que sua mãe tá aqui né meu amor? Eu senti sua falta sabia? Até saber que você e uma traidora. - vi Lucas entrar pela porta e ele continuava a carregar a fuzil nas mãos.
Eu estava sentada no sofá e depois de reparar melhor vi que os mesmos vapores do carro estavam aqui dentro, um deles estavam com a arma apontada para a minha mãe.
- Amarra ela. - Lucas falou para um de seus vapores que estavam perto da minha mãe.
- Lucas para com isso! Eu não fiz nada para você, da para soltar a minha mãe? Eu deixo você fazer qualquer coisa comigo, mas deixa a minha mãe sair daqui. - falei enquanto observava o seu vapor amarrar minha mãe a uma cadeira.
Lucas se sentou ao meu lado e colocou a sua fuzil entre nós dois.
- Sabe não foi difícil encontrar você e sua mãe, achei até que esse muleque que você tá esperando era meu. Sempre quis ter um muleque e você sabia disso né. - senti suas mãos passarem pela minha barriga e tentei me mexer ao máximo para ele tirar as mãos, mas era impossível com os braços e as pernas amarradas. - Mas aí eu descobri que você tá grávida de um policial do BOPE e isso magoou muito sabia?
- Para com isso Lucas deixa a minha mãe ir. - falei enquanto sentia algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto.
- Aliás eu queria muito te contar uma historinha, acho que você vai gostar e sobre você. - falou Lucas que pegou uma cadeira e se sentou na minha frente.
A todo momento que eu olhava para a minha mãe e via um dos vapores de Lucas apontando a arma para a cabeça dela, eu só conseguia sentir raiva de mim mesma por ter me envolvido com alguém assim.
- Eu não quero escutar nenhuma história, você só pode tá ficando louco! Me tira daqui, tira minha mãe daqui, eu prometo que sumo da sua vida. - falei enquanto sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
- E você acha mesmo que eu te soltaria? Você e muito útil pra mim, quero a cabeça do seu namoradinho na minha mão, tô de saco cheio desse policialzinho de merda atrasar meus bagulho. - falou Lucas enquanto apontava a arma na minha barriga.
Naquele momento eu só conseguia imaginar o pior, eu olhava para minha mãe que tentava me passar força pelo olhar enquanto um dos vapores de Lucas apontava a arma em sua casa.
- Me mata logo então! Se e isso que você quer, atira logo em mim, anda! - enquanto gritava eu olhava bem nos olhos de Lucas.
- Matar você seria pouco, até porque seria fácil demais. Você sabe o que acontece com um X9 não sabe? Tá na hora de você aprender que comigo não se brinca, sua vagabunda! - senti o tapa de Lucas arder em meu rosto. - Quero que você sofra o resto da vida! Fala suas últimas palavras para a sua mãe!
Olhava para a minha mãe e eu só podia reparar em seu rosto banhado por lágrimas, ela sabia que agora viria o pior, porém não sabia o que.
- Mãe eu te amo muito, me perdoa por tudo, eu nunca quis te colocar em perigo, deveria ter escutado a senhora mais vezes. Eu te amo demais mãe. - falei olhando nos olhos da minha mãe e ali eu sabia que aquele era os meus últimos momentos com ela.
Eu iria morrer e possivelmente o bebê também, eu daria duas dores enormes para a minha mãe, mas eu preferia morrer do que ter que viver sem a minha mãe do meu lado.
- Manda bala, RR. - escutei a voz do Lucas e fechei meus olhos já imaginando o pior.
Eu não conseguia pensar em mais nada, não conseguia mais ver meu futuro com meu bebê nos braços e minha mãe ao meu lado, eu só conseguia pensar como eu tinha me metido nisso tudo. Eu sempre fui uma menina tão certa e acabei me deixando levar por um traficante sujo e sem moral nenhuma. Minha vida até que estava se ajeitando, mas e claro que meu passado tinha que voltar a tona e mostrar que eu estava condenada pelo resto da minha vida.
Eu fechava meus olhos com força, até escutar o disparo da arma e me dar conta de que nenhuma bala havia me acertado. Mas assim que abri os olhos rapidamente, percebi que tinha perdido a pessoa mais preciosa da minha vida.
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Olá meus amores, que saudade senti de escrever para vocês, mil perdões pela demora, mas espero que gostem do capítulo, um beijão e uma ótima leitura a todos vocês.
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A vida por um fio
RomanceCamila com apenas 20 anos, já e uma menina bem decidida, sempre foi muito esforçada nunca esquecendo de onde veio, porém ela esconde um passado nada bom, talvez se envolver com um traficante não tenha trazido bons frutos para a sua vida, mas com a v...