Não fazia sentido, será que você tinha relembrado de tudo? Pensou, mas de novo não funcionou e mais uma vez você tentou se lembrar de todos os fatos que tinham acontecido há 1 hora atrás .
O temporal estava vindo, isso era óbvio. Qualquer um que olhasse para o céu veria uma nuvem negra e densa aguardando a cidade certa pra deixar cair suas gotas.
Você estava sozinha em casa, assim como todos os dias. Não de um jeito ruim até por que a solidão era satisfatória pra você, mas seus pais e sua irmã estavam trabalhando e você ficava em casa, limpando e preparando almoço e janta pra eles. Em troca eles davam uma mesada que era até boa. Você até comprou um celular novo, claro que parcelado em 12 vezes mas já era um começo.- ei Bidu, tá vindo chuva, vai pra casinha! - você disse ao seu cachorro, Bidu foi um presente de aniversário de alguns anos atrás, alias 8 pra ser exata. Sua infância inteira foi com ele e só de imaginar que um dia ele viraria uma estrelinha no céu, lhe dava um aperto.
Mas você acredita em Lei da Atração então imediatamente parou de pensar nessas coisas.
Bidu foi pra casinha depois de olhar para o céu como se tivesse entendido o que você tinha dito.Em pouco tempo a chuva chegou e você foi se certificar de que as roupas no varal não iam se molhar.
Foi tudo muito rápido.
Você estava recolhendo a roupa e em menos de 1 segundo uma luz enorme veio até você,um grande estrondo, um raio. Você sentiu como se seu corpo inteiro tivesse sido jogado de um prédio, se sentia quente mas estava com frio, era um misto de tudo quanto é coisa e tudo em menos de 2 minutos.
E depois de tudo isso você só conseguiu sentir seu corpo cair ao chão e sua consciência ser retirada como se um ímã a puxasse.
Fechou seus olhos com força mas tudo passou, estava em um lugar calmo e tranquilo, não havia mais chuva e alias, não tinha nada. Era só um grande espaço vazio.
- eu morri? - você se perguntou, e por um momento teve certeza disso.- na verdade não - alguém disse, você se virou rapidamente pensando em quem poderia ser, aquela voz era conhecida. Quando se virou viu o seu reflexo, você ali. Seu subconsciente.
- o-onde eu estou então? - você perguntou a figura que estava a sua frente.
Num piscar de olhos um pequeno banco apareceu e seu reflexo te chamou para sentar com um gesto de mão. Você ainda assustada se moveu e seguiu até o banco, mas não pode notar que estava vestida com uma roupa muito diferente do "normal".
Era como uma vestimenta de nobreza mas era delicada.
(Imaginem a roupa do jeito que quiserem)- essa é sua consciência - disse a garota - na verdade, eu sou sua consciência. Pode parecer confuso e eu sei que é, mas não se preocupe. Isso logo vai passar.
- por que eu estou aqui? - você perguntou.
- eu preciso conversar com você só e essa foi a forma mais "possível" que eu encontrei, é perigoso.
- conversar comigo? Mas pra isso precisava de uma raio? Eu devo ter morrido só pode - você se estressou.
Sua consciência segurou forte em seu pulso e seus olhos pareciam urgentes, okay poderia ser mesmo importante. Você ficou quieta dando lugar de fala e ela entendeu o recado.
O reflexo em sua frente olhou no fundo dos seus olhos e se endireitou no banco, como se fosse falar algo muito mais extenso, e de fato ela iria.
- há milhares de anos atrás, muito milhares alias, diz a lenda que os deuses dançavam e festejavam com a criação de um novo planeta, e era assim com todos eles. Apenas um motivo para estar alegre num vasto Universo. É claro que havia outros tipos de festas também, como a criação ou o nascimento de um novo Deus ou deusa, e esse foi o caso. Mais precisamente a deusa da sedução e paixão, ela era linda e seus poderes faziam jus a sua elegancia. Todos ficaram completamente apaixonados e até mesmo os deuses que mantinham uma alianca entre si, concordaram quebrá-la por pelo menos uma noite, se fosse com a nova integrante do "grupo". O deus mais festeiro deles decidiu prolongar a festa de boas vindas a garota, até que todos provassem uma noite com ela. Mas como ela era a deusa da paixão, logo deixaria de existir, assim como o sentimento que logo vai embora e é substituído ou por tristeza ou por amor. Desesperados com isso, decidiram que todos a teriam em uma noite só. E o mais engraçado, é que foi assim mesmo. Todos os deuses e deusas se relacionaram sexualmente com ela na mesma noite, não todos juntos mas quando um acabava, era a vez do próximo. E assim, como é óbvio, Ela engravidou, e não sabia quem seria o deus que iria criar a criança já que ela logo logo deixaria de existir, ela decidiu então esperar a criança nascer, para ver com quem era mais parecida a criança, e pediu a deusa da morte mais um tempo de vida. A morte que também era apaixonada na deusa, logo cedeu.
O tempo passou e a criança nasceu, foi um dia tenso no Universo, todos receosos e preocupados. Mas, acredita-se que como todos chegaram ao ápice nela, a criança tenha ficado com uma característica de todos. Sendo assim, a filha não só deu uma deusa, mas de todos os deuses, e quando um deus é algo para todos, seja filho ou não, então essa criança é nomeada a mais poderosa e a "mãe" de todos.
E assim foi.
A criança nasceu com espírito guerreiro da deusa da guerra, nasceu com a beleza de sua mãe e isso a fazia muito sedutora, puxou o poder sobre os animais como a deusa da floresta, puxou os olhos profundos do deus da realidade, também ficou com os cabelos encaracolados como o deus do sol, puxou o poder de comandar sobre as águas, e também com poder de voar graças as asas do deus dos pássaros,seus olhos não tinham cor exata devido ao deus do arco íris, e assim por diante; a criança era uma verdadeira arma letal de infinitas maneiras. Isso preocupou muito a todos que estavam ali. Então conversaram com a deusa da morte, pediram para poupar a vida da deusa da paixão e levar em troca o bebê. E assim a morte fez, mas como era apaixonado pela mãe da criança não conseguiu levar sua alma pois a criança era completamente parecida com seu amor. E assim a morte descumpriu a primeira regra da lei da ordem. Para que ninguém soubesse, a morte levou um pequeno pássaro que voava por ali, para assim manter os números em ordem.
Mas o que ela faria agora? O que faria com a criança? Por um tempo a morte quis ter participado da grande orgia para que tivesse pelo menos um pedaço de parentesco com a criança para cuidar dela. Mas ela não tinha, e então desesperada que descobrisse o que tinha feito, jogou a criança pelo espaço, que logo morreu pois não tinha comida e nem mesmo qualquer companhia lá.
Seu corpo faleceu e logo deixou de existir, mas sua alma continuava mais forte que nunca, mais poderosa. E assim depois de milhares de anos vagando por aí, ela encontrou a Terra, o nosso lindo planeta.
Ela via as pessoas vagando por aqui e viu que era completamente parecida com eles, mãos, braços, tudo. Mas seu rosto não, e com a inteligência e sabedoria que havia herdado de um dos muitos pais que ela possuía, ela aguardou. Aguardou até encontrar algum humano compatível com o rosto dela. Mas não encontrou.
E depois de muitos anos de espera, ela decidiu fazer acontecer, foi até o lugar onde nasciam as crianças, uma maternidade. E lá ela esperou novamente, esperou até um bebê nascer sem vida, e quando a morte levou a criança, ela entrou no lugar. Imediatamente o bebê que antes sem vida, agora estava com as características da deusa dos deuses. Foi a alegria dos pais.
Mas para seu próprio bem ela guardou seus poderes, guardou tão bem que até esqueceu que os tinha e viveu sua vida humana completamente normal.- nossa que história...- você disse.
Sua consciência a olhou feio por ter a interrompido e logo você se desculpou.- continuando..- ela frizou - bom na verdade eu acabei.
Ela deu um risinho.
Você a olhou confusa.- por que me contou isso? - você perguntou.
- tá na hora de voltar sn
- o que? N..
Você imediatamente voltou a si, não que você tivesse saído de si mesma, mas pareceu.
E ali estava você. Molhada, com frio e com as roupas do varal completamente ensopadas.- mas que porr...
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Uma Nova Vingadora
ФанфикA vida de Sn muda drasticamente quando algo a atinge ; ( ) um raio ( ) a consciência ( ) o Universo a chamando para cumprir um dever que lhe foi dado (x) todas as alternativas