Uma Nova Vingadora

15 . 2

POV Sn

Eu e meu pai fomos no mercado e eu me emocionei um pouco nos ingredientes, na verdade, acho que está tudo certo já que estamos falando de muita gente e..dos Vingadores.

Eu ensinei meu pai a preparar a carne e agora como todo churrasqueiro ele estava se achando enquanto via um vídeo no YouTube de como não deixar o fogo morrer.

Pep estava me ajudando a colocar a mesa lá fora no gramado e Morgan tinha ido no sótão buscar umas decorações.

- vai ficar lindo - eu disse quando Morgan trouxe várias luzes pisca pisca amarelo retrô.

Eu pendurei no galho de algumas árvores que rodeavam a mesa e sorri orgulhosa com o resultado.

- vai tomar banho Sn, eu cuido daqui agora - Pep me disse enquanto arrumava a mesa e eu assenti indo pro meu quarto.

Loki estava na cama dormindo e eu estranhei ele não ter ido embora.

Entrei no banheiro e dessa vez me lembrei de trancar a porta e janela me fazendo em muito tempo, tomar um banho sozinha e muito bom. Lavei meu cabelo pensando que seria inútil pela fumaça da carne.

Saí do banheiro enrolada na toalha e antes que Loki pudesse abrir os olhos eu fiz um movimento de mão fazendo aparecer uma blusa fina branca e um macaco jardineira jeans preto.
Calcei um coturno branco e preto e penteei meu cabelo ao som dos roncos de Loki.

Depois de me perfumar e passar um pouco de maquiagem ele acordou, tinha a cara amassada e marcas vermelhas, sem contar o rastro de baba no canto da boca.

- eu não sei se rio ou se choro - eu comentei.

- por que? - ele perguntou ainda com sono.

- você babou na minha cama.

- não - ele entrou no meu banheiro sem pedir permissão e eu gritei um "sim pode tomar banho se quiser" sendo totalmente ignorada.

Folgado.

Desci as escadas de novo e ouvi um elogio de Pep e Morgan, meu pai...ah eu não acredito.

- pai você tá mesmo sem camisa? - eu ri internamente já que ele estava de óculos de sol, o mesmo que ele usava apenas pra entrevistas.

- eu estou com calor sabe? E os óculos é por causa do fogo - ele se explicou e fez pose de novo enquanto virava um pedaço de carne.

- ele tá assim já Faz tempo - Pep riu do jeito exibido que ele tinha.

Realmente assar carne aumentava a auto estima, mas a de Tony já era bem alta.

Uma buzina chamou nossa atenção e de dentro do Fusca saiu Cap, Sam e Bucky.

Todos nos cumprimentaram e brilharam os olhos com a carne na churrasqueira, seria a primeira vez deles comendo a melhor coisa da vida.

Pep tinha feito uma maionese (sem uva passa) que estava na geladeira, estava tudo bem brasileiro.

Aos poucos todos foram chegando e até Nat veio.

- oi - ela disse de longe e eu acenei pra ela sem saber como lidar.

Peter chegou por trás e tapou meus olhos.

- adivi...

- oi Peter

- ah você é muito chata

- você que é bobão - eu dei um tapinha no braço dele e o abracei forte, há tempos eu não via essa aranha.

- como tem passado?

- sabe como é né bem ocupado

- aham sei

- eu estava na Argentina - ele sussurrou.

- quando?

- há um tempinho atrás, um cara roubou meu celular e ia enviar pra lá. Mas no meu celular tá cheio de códigos e senhas, sem contar que não dá pra excluir toda vez que o Ned me chama de Homiranha.

- caramba! Você já recuperou?

- já - ele mostrou o aparelho.

- que bom

- e você?

- ah, nada demais.

- Sn posso conversar com você? - Nat me chamou para um lado da casa e eu fui devagar.

Há tempos eu queria falar com ela mas nem sabia o que.

- pode falar.

- eu nem sei bem por onde começar

- acho que por um desculpa

- sim, é uma boa ideia. Desculpa Sn por tudo. Eu realmente não queria que fosse desse jeito.

- entendo, de qualquer jeito, não tem problema sabe? Você é especial pra mim e agora que pediu desculpas não tem mais nada que se preocupar.

- você é um amor Sn - ela me puxou para um abraço que eu retribuí com vontade.

A conversa tinha sido rápida? De fato, porém foi esclarecedora e me deixou em paz com uma das melhores vingadoras da central.

Nat era uma ótima amiga e perder uma amizade dessas era cruel e eu não gostaria que acontecesse de novo, ela errou comigo e mais de uma vez.
Mesmo assim, eu vou dar essa chance a ela mas se ela a desperdiçar, nunca mais.

Saímos do canto um tanto que mais leves e eu me concentrei na festa que sem querer meu pai tinha feito, aliás, ele dava dicas culinárias para quem o assistia, como se ele realmente cozinhasse.

Eu ri.

- Thor? - eu chamei o homem com a boca cheia de carne.

- fala.

- se eu pedisse pra você me atingir com um raio do seu martelo você atingiria?

- mesmo que eu quisesse é impossível - ele engoliu e lambeu os lábios engordurados - quando uma arma dessas te respeita não é a toa, quer dizer que mesmo que você queira se machucar com elas é impossível. E você levantou o Mjolnir.

- Jhonatan - eu o corrigi e ele me olhou confuso - nada não, e se atingisse em um espelho que mirasse em mim?

- quebraria o espelho. Por que quer isso?

- preciso me lembrar de algo, uma coisa muito importante.

- em asgard, temos uma lenda sobre um banho de memórias. Você mergulha sobre uma fonte em forma de elefante - ele parou de falar pra desenhar no ar como era.

Eu olhei bem pro rosto dele, os olhos quase fechando e a língua enrolada.

- e onde fica essa fonte?

- eu posso te levar se quiser.

- eu quero

Ele sorriu em confirmação porém continuou nessa mesma posição por um bom tempo.

- Thor? Thor?

- carne - ele foi até meu pai todo torto e eu ri baixinho pela situação que ele se encontrava.