dare me • vinnie hacker

[15] vinnie

   Ela postou um tiktok mostrando estar doente, ela parecia mal. Minha irmã foi até a casa dela e então ela ficou lá o resto da tarde, eu fiquei esperando que ela chegasse em casa para ligar para Nailea, mas estava demorando séculos.

— Pare de mexer no celular um pouco, você passou o dia inteiro com ele ligado meu amor. - Disse minha mãe, ela é uma mulher incrível.

Então eu apenas desliguei o celular e fiquei vendo um filme bobo no sofá esperando Mina chegar. Quando à vi passando o portão, fui direto para o meu quarto e saí pela janela, indo em direção a casa de Nailea. E eu obviamente fui pelo caminho mais curto.

Era incrivelmente fácil subir sua janela, tinha uma fucking escada ali. Eu subi e então dei leves batidas na janela, e assim que me viu ela claramente ficou assustada, ela não esperava por isso.

— O que você tá fazendo aqui? - Pergunta ela após abrir a janela. Sua voz estava um tanto fraca e rouca.

— Vim ver como você está. - Digo, enquanto entro em seu quarto.

— Claramente mal. Eu pareço um homem falando. - Ela se joga na cama. — Ahn, você sabe que eu tenho uma porta né?

— Subir a janela dá mais emoção. - Ela ri em negação.

Nailea ficou parada me olhando, como se estivesse tentando me ler. Eu comecei a olhar suas coisas, analisar seu quarto.

— Você lê muito, pelo visto. - Sua prateleira estava lotada de livros e a maioria deles parecia ser de romance.

— Eu gosto de ler.

— Sobre o quê você gosta de ler? - Bem, eu já sabia a resposta.

— Romance.

— Romances são ruins. - Ela me olha incrédula.

— Como ousa dizer isso? São perfeitos.

— Te fazem idealizar algo que não existe. - Ela franze a testa.

— Mas existe, você só precisa esperar a hora certa. - Ela é burra? Quem acredita nessas bobagens?

— Está se iludindo. Essas histórias de amor só existem em livros e filmes, não existe amor na vida real. - Digo sério.

— Caramba, isso é... Eu não sei. - Ela se senta em uma poltrona, que ficava do outro lado do quarto.

— Por que não senta ao meu lado? - Pergunto, enquanto estava sentado em sua cama.

— Porque você está tentando me fisgar mas não é tão fácil assim.

— Te fisgar? Você virou um peixe foi? - Pergunto rindo.

— Eu sou uma sereia, não sabia? Eu apenas ando na terra pra disfarçar e poder amigar com humanos.

— Certo, você é estranha. - Digo e ela deu de ombros.

   Foi então que ela começou a se encolher na poltrona. 

— Você tá bem? - Pergunto.

— Eu não sei, tá doendo muito. Acho que tô com intoxicação alimentar. - Respondeu.

— Vem, é melhor você deitar. - Fui até ela e a levei até a cama.

   Ficamos um pouco em silêncio enquanto ela ficava encolhida na cama.

— É estranho você aqui. - Eu franzi a testa.

— Por que?

— Eu mal cheguei aqui e você já fica subindo minha janela e entrando no meu quarto.

— É, até que você tem razão. - Ela sorriu.