Capítulo 12

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Tulla

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Tulla

A raiva era tanta que até mesmo sinto dificuldade de respirar. Quem Oliver achava que era? E nem mesmo se ele fosse realmente o meu amigo de adolescência tinha o direito de me tratar assim. Muito menos espancar alguém tão legal como Felippo, por conta de suas lucuras e sentimento de posse que parecia ter desenvolvido.

Doente!

E para piorar agora vinha com essa maluquice de casamento. Falava de forma leviana, como se já fosse um fato concreto e fadado a acontecer.

— Nem se você fosse o último homem da face da terra, eu me casaria com um bandido, cafetão e canalha como você. — Joguei as palavras com frieza tentano não perder o raciocínio ao te - lo tão próximo a mim.

— Estou anotando cada palavra sua, para recitar no dia do nosso casamento. Quando você me dizer, sim — diz segurando meu queixo sarcástico.

Ignorei sua loucura e decido me concentrar em minha liberdade.

— Me deixa ir embora, estou cansada desses seus jogos sem limites, Oliver. Eu só desejo viver em paz, juntamente com meu pai em qualquer lugar do mundo. E se você desculpar a dívida de meu pai, juro que nunca mais vai ouvir falar de nós.— Peço, tomada pela emoção, numa última tentativa de clemência.

— NUNCA! — Negou categórico — Em hipótese alguma — Completa com crueldade a cada palavra dita.

Afastei - me de seu toque e dei dois passos para trás, estreitando os olhos furiosa em sua direção.

— Olha aqui, você não tem direito nenhum sobre minha vida, meus pensamentos e muito menos de escolher quem eu posso ou não me aproximar nessa merda de lugar. — Falei apontando o dedo no seu rosto. — Não me importa saber se você é Oliver ou Mark a única coisa que quero é distância de você.

Oliver me encara friamente, por poucos segundos impassível, sem dizer uma única palavra, analisando calmante meu rosto até que reaje. Caminha devagar em minha direção, colando novamente nossos corpos.

— Não entendeu ainda que você é minha, que sua vida agora se resume as minhas escolhas e que independente do que diga ou faça as minhas vontades sempre serão soberanas a tudo que tem haver com você. — Um sorriso prepotente dançou em seus lábios deixando - me em alerta e com ainda mais raiva. 

— Isso é o que veremos. — Afastei - me de queixo erguido, e o dei as costas rapidamente, antes que ele tentasse algo contra mim. Caminhei apressada deixando seu quarto sem o dar direito de resposta. Com um bolo na garganta e o coração apertado tamanha aflição que eu estava sentindo. Não era as palavras incertas de Oliver, nem a obsessão doentia que ele sentia que me incomodavam, era algo muito maior, que ia além e me dispertava uma sensação ruim, era uma maldade enraizada, latente, em cada gesto e palavra pronunciada por ele. Oliver, parecia duelar o tempo todo e havia me colocado como sua principal oponente. Mas se ele achava que poderia me dominar daquela forma, eu o mostraria quem eu era realmente. 

Poderoso Canalha - Um Amor Fora dos Padrões.Onde histórias criam vida. Descubra agora