Capítulo 31

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Preso naquela cama, já estava cansado de olhar para o teto e as paredes, afogado no mar de solidão onde me encontrava, cheio de dúvidas e incertezas

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Preso naquela cama, já estava cansado de olhar para o teto e as paredes, afogado no mar de solidão onde me encontrava, cheio de dúvidas e incertezas. Horas, haviam se passado desde que Tulla tinha voltado para casa e um desespero crescente invadiu minha alma e meu coração com a demora dela em estar novamente ao meu lado.

Sintia-me agitado, nervoso, impossibilitado de fazer algo. Queria estar sadio, sair, procurá-la, ficar ao lado dela. Todavia, no momento era impossível, e dependia mais dela do que de mim para isso.

Será que ela tinha me abandonado?

Ela não faria isso comigo, neguei para mim mesmo a possibilidade, afinal eu era seu marido e talvez só estivesse realmente atrasada por precisar resolver muitas coisas sozinha como tinha me explicado anteriormente. Preferi respirar fundo e controlar meus medos e a dependência que estava sentindo de sua presença.

Com um pouco de dificuldades, movi meu tronco para cima e apertei o botão que ficava acima da minha cabeça e no instante seguinte uma enfermeira apareceu atendendo meu pedido.

— Boa tarde, em que posso ajudar?

— Preciso de um remédio que me faça relaxar, dormir, sei lá. — Peço agoniado. Eu só desejava que as horas passassem logo e assim quando acordasse Tulla estaria ao meu lado e eu não sentiria mais esse medo que estava me consumindo a alma.

— Sente-se, mal? — A enfermeira se aproximou, examinando-me, calmamente.

— Sim, palpitações, estresse, dificuldades de respirar. — Consigo balbuciar ofegante.

— Ok. — Ela assentiu deixando o quarto.

Instantes depois retornou e administrou alguma medicação no meu acesso. Pisquei intensamente sentindo meus músculos se relaxarem, até que sou tomado por um sono profundo.

Assim seria melhor, eu não sentiria nada até que ela estivesse de volta.

♠️♦️♣️

Acordei ouvindo passos cuidadosos em movimento no quarto. Demorei a me situar  e ao focar o olhar, vejo uma mulher com uma bandeja em mãos, me parecendo carregar alguns alimentos dispostos sobre o mesmo. Dou-me conta se tratar do café da manhã e sinto-me ainda mais confuso e perdido no tempo.

Por quanto tempo eu tinha dormido? Tulla não tinha retornado? A pergunta surgiu rapidamente no meu consciente, voltando a tirar minha paz.

— Olá — Cumprimento a mulher de imediato, olhando para todos os lados do quarto. — Poderia me informar as horas?

— Já são 8 da manhã, Sr. — Ela disse se movimentando pelo quarto com destreza.

— Será que saberia informações sobre acompanhantes? — Perguntei esperançoso.

Poderoso Canalha - Um Amor Fora dos Padrões.Onde histórias criam vida. Descubra agora