Oliver Carter, 37 anos, um homem frio, misterioso e implacável nos negócios é dono do Royale, um luxuoso cassino em Las vegas vê a oportunidade perfeita de realizar seus terríveis planos através de uma rede de mentiras e armações. Um homem calculist...
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Como todos os dias, acordei cedo decidida a preparar o café da manhã. Levantei ainda sonolenta e fiz minha higiene pessoal, instantes depois retornei novamente para quarto e observei Oliver dormindo, fiquei ali, de pé, diante da cama, aproveitando o silêncio da manhã, pensativa com tudo que estava acontecendo. Eu estava sendo uma louca em permanecer ao lado dele, depois de tudo. Meus pensamentos não me deixavam em paz, tinha tanta coisa que eu poderia ter feito diferente, decisões que poderia ter tomado que me levariam a viver uma vida tranquila e bem longe dele, e de tudo que aconteceu entre nós. No entanto, não conseguia abandoná-lo, lembrava do meu grande amor de infância, era ele ali que eu via, enquanto Oliver estava desmemoriado. Eu tinha o Mark de volta, então, preferi ficar e arriscar até mesmo meu bem estar por esse amor, mas o medo não me abandonava e deixava-me com um nó na garganta todas as vezes que passava pela minha mente que ele talvez tivesse lembrado de algo. Vivia temerosa, com receio que Oliver recuperasse a memória e voltasse a ser o homem sem escrúpulos de antes.
Respirei fundo tentando espantar os fantasmas da minha mente. Já que eu resolvi ficar, agora precisava segurar o rojão. A única coisa que eu desejava é que ele não recuperasse a memória nunca, ou demorasse muitos anos para isso. Enquanto isso eu viveria a felicidade que sempre sonhei.
Deixei o quarto a passos lentos e quando abri a porta me surpreendi com Zeus, aguardando o momento certo para entrar. Ele mal olhou para mim e atravessou o quarto com pressa, se deitando na cama ao lado de Oliver. Eu sempre soube que eu era só uma substituta para ele. Sorri, tomando o caminho da cozinha. Precisava preparar tudo para receber o fisioterapeuta que tinha contratado para cuidar de Oliver. Doutor Mendanha tinha me recomendado um profissional experiente em casos como de Oliver e não demoraria para ele chegar, já que a primeira sessão tinha sido marcada para parte da manhã.
Cheguei à cozinha e preparei um café da manhã generoso, enquanto arrumava a mesa escuto meu celular tocar. Atendi sem demora, prendendo o aparelho entre meu ombro e ouvido, segurando o bule fresquinho de café em minhas mãos.
— Alô.
— Tulla, bom dia, sou eu Noah. — cumprimentou-me ele educadamente. — Como foi a primeira noite de Oliver em casa? Correu, tudo bem?
— Oi, Noah. Tudo bem sim. Somente um pesadelo durante a madrugada, mas nada de mais, ele está ótimo!
— Ok. Fico feliz! Não exite em me avisar se precisar de ajuda com algo. Agora preciso ir, tenho muita trabalho no distrito. — Disse prestes a desligar.
— Espera Noah, queria conversar com você sobre aquele assunto do cassino. — Comentei. — Tomei a decisão de realmente colocar a venda. — Falo segura da minha escolha.
Noah respirou fundo.
— Tem certeza Tulla? — Havia certo receio em sua voz. — Concordei quando me pediu para não contar a ele, sobre o cassino e o passado que envolvia vocês dois, porque jamais fui a favor dessa vingança de Oliver contra você e seu pai, sabia o quanto ele sofria com isso e te fazia sofrer. No entanto, vender o cassino me parece ser algo radical demais. — Ele faz uma pausa demonstrando preocupação. — E se ele recuperar a memória? Você o conhece, sabe o quanto aquele cassino é importante para ele.
