Oliver Carter, 37 anos, um homem frio, misterioso e implacável nos negócios é dono do Royale, um luxuoso cassino em Las vegas vê a oportunidade perfeita de realizar seus terríveis planos através de uma rede de mentiras e armações. Um homem calculist...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
2 meses depois
O tempo parece se arrastar enquanto a solidão me corrói por dentro. Eu vivia triste, atormentado e me culpando miseravelmente todos os dias por tudo que tinha feito com a minha vida. Eu deveria ter tido responsabilidade, empatia, ter sido mais vigilante; fui cego, jamais desconfiei que tudo de ruim que aconteceu na minha vida nada tinha haver com Tulla e sua família e sim com quem eu considerava ser um verdadeiro pai para mim. A dor de ter sido enganado, traído, era sufocante demais e estava sendo mortal.
Eu estava sozinho, acabado psicologicamente, tinha me tornado um homem vazio, sem expectativas, mas decidido a mudar meu conceito sobre a vida e principalmente ressignificar meu caráter como ser humano, já que eu não poderia ter Tulla de volta ao meu lado, precisava aprender com meu erro, ser diferente, tirar algum proveito de tudo que aconteceu como aprendizado e tentar minimizar minha dor.
Em 2 meses muita coisa tinha acontecido, Frank morreu poucos semanas depois de ter me revelado toda verdade e apesar da mágoa e da raiva que senti por tudo que fez em relação aos meus pais e a minha vida, algo tinha mudado dentro de mim e quando Nora foi a minha casa aos prantos, implorando para liberar o perdão para que Frank conseguisse fazer sua passagem em paz, eu decidi perdoar e dar um fim ao círculo vicioso de ódio que tanto me fez mal através dos anos. Fui ao hospital e ouvi tudo que Frank tinha a dizer, falei também da mágoa e do sentimento de culpa que permaneciam vivos ainda dentro de mim, no entanto, o perdão foi libertador e através dele consegui ter um novo entendimento do que eu queria apartir de agora. Franklin foi embora minutos depois da nossa última e definitiva conversa e desde então eu vinha fazendo tudo para dar um novo rumo a minha vida.
Vender o Royale foi a primeira coisa que fiz, me livrar daquele lugar tinha sido a atitude mais sensata em anos, já não me via mais fazendo parte daquele submundo, muito menos convivendo com pessoas que eram movidas pela ganância e pela exploração sexual, se eu queria mudar precisava ser de verdade e deixar o Royale tinha sido o meu primeiro ato de libertação para isso.
Já que eu tinha perdido Tulla para sempre, tinha decidido deixá-la seguir em frente, apesar dos meus sentimentos, do amor tão tangente e profundo que eu sentia por ela, depois de tudo que fiz, sabia ser impossível ter seu perdão e mesmo com o coração dilacerado em todos os sentidos, eu a deixaria em paz, permitindo que ela fosse feliz, como nunca conseguiu ser ao meu lado, no caminho que escolheu, esse era o meu castigo, eu aceitaria meu destino, apesar de sofrer todos os dias com sua ausência, mesmo que tivesse dias que eu acordasse decidido a buscá-la e enfrentar quem fosse para traze-la de volta, eu acabava pensando, colocando a cabeça no lugar e logo desistia, porque a minha maior dor era saber que eu não era mais digno dela e do nosso amor.
Todavia, Tulla, nunca sairia de mim, do meu coração e das minhas lembranças, ela era única e constante nos meus pensamentos, tanto que era o meu primeiro pensamento ao acordar e o último ao dormir. Pensando em arrumar uma maneira de compensar a falta que me fazia, decidi mudar radicalmente de ramo, depois de pensar, resolvi investir no sonho dela e no maior desejo do seu coração. Eu compraria uma confeitaria, um lugar aconchegante, voltado para que as pessoas pudessem se deliciar, relaxar e sentir satisfação convivendo entre si, como ela sempre me falava nas nossas conversas. Eu faria o sonho dela realidade e viveria seu sonho, era uma maneira de homenagear meu amor por ela, trabalhar em meio ao que ela sempre quis e alcançar seus objetivos. Era uma pena que Tulla nunca chegasse a desfrutar do seu sonho comigo. Agora era somente eu e a solidão constante que me acompanhava.
