Poderoso Canalha - Um Amor Fora dos Padrões.

Capítulo 21

Oliver

1 Semana depois.

— Foi muito bom, passar esse tempo com vocês no rancho. — Abracei tio Frank sorrindo. —Eu já estava com saudades. — Me aproximei agora de Nora. — Não esqueçam, em duas semanas estaramos nos casando em Vegas e espero vocês para cerimônia.

— Com certeza, estaremos, lá! Somente assim verei Noah, aquele ingrato. — Nora faz um bico de insatisfação. Estava claramente chateada pela falta de notícias de Noah, e por ele não fazer a mínima questão de atender suas chantagens emocionais.

— Tulla, eu adorei te conhecer e espero que convença esse teimoso a vim mais vezes ao rancho. — Nora abraçou Tulla cheia de intimidade, como se fossem velhas amigas.

— Farei o possível, Nora. — Tulla, falou simpática se despedindo também do meu tio.

— Quando ele era pequeno amava o rancho e Jonh e Maria, seus pais, faziam questão de nos visitar sempre que podiam. Quando veio morar com a gente já não tinha tanto interesse e depois na vida adulta piorou.

— Nora, esqueça o passado. Sabe muito bem que Oliver não gosta de falar sobre os pais e a tragédia que houve com eles. Pra ele é difícil reviver todo aquele terror. — Frank passou a mão pela barba, fitando-a sério, parecia muito incomodado com a lembrança. Já havia notado que sempre que o assunto girava em torno de meus pais, tio Frank se retraía, deveria sentir muito pelo meu pai,  pois ambos foram criados como irmãos.

— Não sei por que? — Indagou Nora dando de ombros. — Deveria sentir orgulho dos pais que tinha, e falar mais vezes sobre eles. Isso ajuda muito no processo de amadurecimento e aceitação. Além do mais, Jonh fazia parte da sua família, consequentemente Oliver também faz. O único dos meninos que tem parentesco sanguíneo com você.

— Eu sei, Nora! Mas se o incomoda..

— Deixa, Frank — O interompi para evitar discussões sem sentido. — Não me incomodo de falar sobre meus pais e sim me revolto pela forma que morreram. — Encarei Tulla com o maxilar cerrado. — Agora precisamos mesmo ir, se não fosse pela reunião que tenho em 2 dias, com certeza ficaríamos mais. Eu receberia Paolo Santoni, chefe da mafia italiana e seu irmão Mateo Santoni, segundo na sucessão. Mateo, já era cliente assíduo do cassino e mantinha um caso com uma das garotas à algum tempo. Desconfiava inclusive que seu envolvimento com Doriana era muito maior do que a família Santoni aprovaria. Matteo, vivia metido em varras nos Estados Unidos, quando deveria estar na Italia se preparando para assumir responsabilidades como o irmão. Eu tinha planos audaciosos de negócios na Itália, desejava abrir  um cassino e expandir meu nome pelo país, e quem melhor que Paolo Santoni para me ajudar nessa empreitada. Ele pareceu bastante interessado em uma possível sociedade.

— Qualquer hora dessas, faço questão de visitar sua empresa e te ajudar nos negócios. — Frank, disperto-me dos meus pensamentos. Sorri de lado, balançando levemente a cabeça em concordância. Frank, nem imaginava que eu me dedicava ao submundo do cassino, jogatina e exploração sexual. Ele e Nora achavam que eu tinha uma empresa de exportação e achei por bem poupa-los  dessa informação.