Capítulo 3

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Tulla

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Tulla

Engulo em seco ao me sentir irremediavelmente pressa, no olhar daquele desconhecido na minha frente. Intensos olhos azuis, que pareciam capturar minha alma e ao mesmo tempo querer me devorar, tamanha a intensidade de seu gesto.

— Eu gostaria de propor um acordo, com que diz respeito a dívida de meu pai. — consigo balbuciar com voz vacilante. Pois, o perfume  que exalava de seu corpo juntamente com seu peitoral roçando pesadamente em meus seios não me deixavam  raciocinar.

— Não existe acordo, com que diz respeito a você. — diz ríspido sem desviar seu olhar do meu. — Você vale pouco e deve se sentir agradecida por eu ter aceitado que o velho barganhasse sua vida em troca de dinheiro. Entretanto, deve me render um pouco mais trabalhando aqui. — completa seco e com desdém em seu tom de voz.

— Eu não sou uma mercadoria ou um mero pedaço de carne para ser tratada dessa maneira. — tranquei os dentes sentindo uma raiva descomunal de suas palavras.

— Carne? Está mais para um pedaço suculento de gordura. — diz o tal de Malcon se intrometendo na conversa,  gargalhando debochado.

— Fora Malcon! — diz ele desviando sua atenção para o homem com cara de poucos amigos. — Suma daqui! E leve todas as outras com você. — ordena o fulminado com único olhar.

— Desculpe, chefe! — se apressa a dizer se dando conta de sua intromissão. — Vamos, vou levar todas para conhecer o andar superior e seus dormitórios. — completa fazendo menção as outras meninas.

— Eu não vou sem a Tulla! — diz Rosalinda se aproximando rapidamente de mim. — Não vou sem você, chica! — completa decidida.

— Sem discussões mexicana! — diz o tal de Malcon pegando em um de seus braços com brutalidade. — Usted não me conhece, largue - me! — diz tentando se livrar de seu aperto.

— Largue ela, covarde! — digo me pondo rapidamente em sua frente indo em defesa de Rosalinda.

— chegaram agora, e já estão com essa marra toda?!— diz Malcon. — Sei exatamente como lidar com vocês. — completa ameaçador.

— JÁ CHEGA! — Vocifera o chefe se pondo novamente em minha frente. — Quem manda nessa porra, sou eu e não admito esse tipo de comportamento no meu cassino. — diz segurando meu rosto com força. — Ambas vão se comportar caso contrário, se arrependeram amargamente! — completa me largando com tudo.

— Não somos escravas, e fique ciente  que na primeira oportunidade que eu tiver eu chamo a polícia. — digo o desafiando.

— Malcon, me dê sua arma. — diz num rompante e no momento seguinte sinto o cano gelado fazendo pressão na altura de minha testa. Ele destrava o revólver me fazendo tremer de pavor e acabo apertando meus olhos com força a espera do pior. Derrepente o som de um único disparo ecoa por meus ouvidos e quando abro os olhos novamente vejo uma garrafa de whisky estilhaçada no chão. — se não guardar essa língua dentro de sua boca  tenha certeza que da próximo vez eu não vou errar. — diz num claro terror psicológico a mim — Agora sumam todos daqui! Levem - las, Malcon!! — completa virando as costas caminhando com passos duros para longe. 

Poderoso Canalha - Um Amor Fora dos Padrões.Onde histórias criam vida. Descubra agora