Oliver Carter, 37 anos, um homem frio, misterioso e implacável nos negócios é dono do Royale, um luxuoso cassino em Las vegas vê a oportunidade perfeita de realizar seus terríveis planos através de uma rede de mentiras e armações. Um homem calculist...
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Os últimos meses estavam sendo incrivelmente intensos e copiosos para mim e agora que Oliver voltou estava deixando tudo ainda mais confuso. Depois do susto inicial e a emoção de vê-lo acordar do coma e do calmante ao qual foi submetido pouco tempo depois, ele continuava dormindo. Aproveitei então, e fui conversar com o médico, afim de saber o que estava acontecendo realmente com ele.
Queria entender bem seu quadro de saúde, antes de avisar a família dele que Oliver tinha despertado. Doutor Mendanha e eu conversamos longamente e ele me explicou que na cirurgia conseguiram estabilizar a cervical como foi explicado anteriormente assim que Oliver deu entrada no hospital meses atrás, entretanto, somente depois de exames complementares poderia fechar um diagnóstico clínico com absoluta certeza do porque a falta de movimentos nos membros inferiores.
Assenti e autorizei que ele fizesse todos os exames necessários mesmo com ele adormecido, o que estava acontecendo naquele exato momento. Eu estava confusa demais com tudo aquilo e quando me dei conta que Oliver estava sem memória fiquei ainda mais desnorteada e mexida de uma maneira diferente, já que eu tinha feito planos e estava me preparando para ir embora definitivamente assim que ele voltasse do coma.
Já não tinha mais nada que me prendesse a ele, enfim estava livre, pois nesses últimos dois meses estava tomando conta de tudo que dizia respeito a Oliver, incluindo seus negócios. Depois de muito investigar e com a ajuda de Nora e Frank, consegui uma procuração e não demorou até que eu conseguisse também ter acesso às senhas de bancos e pessoais, depois de praticamente roubar suas digitais enquanto ele estava em coma, assim mapeei contas e contatos importantes me passando por ele. Dessa forma, enfim, tinha conseguido também a liberdade do meu pai. Oliver direcionava ordens para o capanga que estava mantendo meu pai refém no Brasil através de e-mails e whatsapp, depois de um tempo me passando por ele, atingi meu objetivo e o convenci que Oliver tinha desistido de manter meu pai refém e da vingança contra mim. Paguei o combinado pelos serviços prestados e meu pai foi libertado a pouco mais de 1 mês.
Depois mandei uma boa quantia em dinheiro para Nicolay sair do Rio de Janeiro e prometi que em pouco tempo me juntaria a ele, para assim reconstruir nossas vidas em outro país, bem longe das maldades de Oliver. No entanto, apesar de ter tudo preparado para isso, a quase um mês, não consegui deixá-lo no estado vegetativo e vulnerável que se encontrava. Então adiei e me mantive ao seu lado por todo esse tempo, mesmo sob os protestos do meu pai. Estava aproveitando também para investigar quem realmente tinha roubado o pai de Oliver, provocando assim sua morte, já que eu não acreditava ter sido meu pai. Todavia, até aquele momento não tinha encontrado nada, ou nenhuma linha que me levasse a verdade, somente a palavra do meu pai que afirmava não ter sido ele o culpado do roubo.
Em meio a tudo isso eu só não contava que Oliver acordaria sem memória e me remetesse diretamente ao passado. Parecia o Mark ali, o garoto gentil e protetor que eu amei durante boa parte da minha adolescência e talvez continuasse amando até hoje. Todavia, estava decidida a ir embora depois que ele acordasse. Não poderia correr o risco de Oliver se recuperar e me manter refém novamente. Eu precisava desaparecer, sumi de uma vez por todas da vida dele.
