Oliver Carter, 37 anos, um homem frio, misterioso e implacável nos negócios é dono do Royale, um luxuoso cassino em Las vegas vê a oportunidade perfeita de realizar seus terríveis planos através de uma rede de mentiras e armações. Um homem calculist...
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Tulla
3 semanas depois.
Tranco a porta do banheiro e olhei-me no espelho admirando minha imagem refletida, eu estava linda dentro daquele vestido de noiva. Parecia um sonho realizado e ao mesmo tempo um pesadelo, no qual eu estava prestes a viver. Soltei o ar, que nem sentia que estava preso, até que escutei os soluços de desespero que emitiam de minha garganta. Eu sentia vontade de gritar, fugir. Talvez, ainda fosse possível fazer algo e desfazer essa loucura que estava prestes a cometer. Se eu tentasse falar com Frank e Nora e explicasse as suspeitas de Oliver contra o meu pai. Seria possível eles acreditarem em mim? Será que eu poderia ter uma chance de livrar desse casamento?
— Tulla, ABRE ESSA PORRA DESSA PORTA! — Escuto a voz estridente de oliver, esmurrando a madeira maciça despertando-me dos meus pensamentos.
— O que você quer? — Questiono entre os dentes sem conseguir conter meu ódio. — Não tenho sossego nem para me arrumar em paz no meu próprio casamento?
— Preciso lembrar-la de umas coisas importantes antes de enfrentar os convidados e dizer o tão aguardado, SIM. Te conheço como a palma da minha mão e se tiver pensando em desistir ou fazer algo que impeça meus planos vai se arrepender amargamente. — Agora abra logo a porta, quero te mostrar umas fotos importantes.
— NÃO, ABRO! — Neguei com raiva. — Nunca te disseram que traz má sorte vê a noiva vestida antes do tempo brutamontes. — falei.
— Afaste-se — Avisou-me rapidamente, instantes depois vejo a porta vim a baixo com um único golpe desperido por ele.
Levei ambas as mãos a boca com tamanha brutalidade do seu ato. Eu não sabia porque ainda me surpreendia com as atitudes de Oliver. Ele encarou-me com um brilho estranho no olhar. Admiração, amor, ódio? Eu não conseguia definir, tão pouco entender o que se passava em sua mente doentia.
— Está, linda! — falou tais palavras com os olhos brilhando, em seguida ficou quieto, pensativo e sorriu fraco. Não pude deixar de admirar o quanto ele também estava lindo dentro de um terno vinho, muito bem alinhado de grife, penteado e barba cerrada.
— Nunca vai perder essa mania de arrombar fechaduras e portas? — Impinei o nariz tomando postura. Não queria que ele percebesse meu encanto por ele.
— Não, até que mude esse gênio dos diabos. — Aproximou-se devagar e beijou-me suavemente na testa, em seguida se afastou bem sério, um pouco perturbado. Torci as mãos desconcertada, encarando-o, procurando respostas para tal atitudes.
— Quero somente te dar um aviso! Não tente nada Tulla que possa se arrepender depois. — diz retirando o celular do bolso e estendendo diante dos meus olhos.
Vejo fotos do meu pai amordaçado, em uma situação deprimimente. Cerrei os punhos e fui com tudo para cima dele. Bati com todas as minhas forças em seu peitoral. Queria mata-lo, eu o odiava. Queria acabar com ameaça que ele representava a minha vida e de meu pai. Não houve qualquer reação de sua parte, ele deixou que eu estravazasse minha raiva. Mantendo-se imóvel, como uma estátua. Oliver, era frio e calculista de mais em suas ações. Até que se afastou, olhos vidrados, ainda estático.
