Oliver Carter, 37 anos, um homem frio, misterioso e implacável nos negócios é dono do Royale, um luxuoso cassino em Las vegas vê a oportunidade perfeita de realizar seus terríveis planos através de uma rede de mentiras e armações. Um homem calculist...
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Oliver
Escuto os gritos aterrorizantes de Tulla e fecho meus olhos com força mantendo minha mandíbula trincada. Travando uma terrível guera interna dentro de mim. Minha real vontade era de tira - la daquele quarto e abraça - la contra meu peito para que jamais ela voltasse a temer nada nem ninguém. Entretanto, ao mesmo tempo não me sinto capaz de passar por cima de minha vingança, da vontade de vê - la sofrendo, chorando lágrimas de sangue por seu pai e pelo inferno que certamente irá passar por culpa dele. Ela precisa pagar todo o sofrimento que me trouxe há anos atrás. Afinal, meus pais ceifaram suas vidas por culpa de Nicolay Petrus e indiretamente por culpa dela também. E eu não conseguia não me culpar miseravelmente por isso, sempre estive disperso demais, preocupado com Tulla, em protege - la de tudo e de todos enquanto o miserável de seu pai roubava covardemente o meu. Meus sentimentos por ela me distraiu, me cegou. Naquela época eu já tinha idade suficiente para estar ligado nos negócios de meu pai, ajuda - lo e certamente se eu estivesse feito exatamente isso, eu teria descoberto o que Nicolay pretendia e evitaria a tragédia que aconteceu com as duas pessoas mais importantes de minha vida. Se hoje eu era um homem amargurado, frio e com o coração tomado de mágoa, culpa e maus sentimentos, eu devia somente a Tulla e a obsessão desenfreada que sempre tive por ela desda da adolescência. Hoje meu maior objetivo era fazer com que ela sofresse e pagasse juntamente com o pai, o inferno pelo qual vivi e pelo sofrimento que trouxe há minha família.
Ignoro seus pedidos de ajuda e consigo me afastar caminhando com passos duros novamente para o interior do cassino. Avisto Noah e me apresso a me sentar ao seu lado. Logo alcanço uma bebida e me concentro em não pensar em nada e me manter focado em meus objetivos.
— Onde está a moça? — inquire Noah sério. E logo desvio o olhar de minha bebida e o encaro de cenho fechado.
— Não te interessa! — suspiro fundo sem paciência para suas intromissões.
— Eu vi quando a levo para fora! — diz em negação. — Espero que não aja covardemente e faça nada que possa se arrepender depois. Juro que estou fazendo de tudo para não me meter nessa merda toda que você chama de vingança. Porém, sou um agente da lei e minha véia pulsa por justiça. — diz me fitando com decepção.
— Porra, você é minha única família! — explodo com raiva. — Sabe exatamente tudo que passei por culpa dela e será feita a minha justiça. — digo virando meu copo num único gole sentindo o líquido descer amargo por minha garganta.
— Vai se foder Oliver, você a ama! Seja homem e assuma, caralho! — eleva seu tom voz. — Achou que seria fácil fazer mal a Tulla Santiago? No entanto, se puni a si mesmo com tais atitudes. Vou embora, não suporto ver as burradas que está fazendo com sua vida. — diz se levantando num rompante.
Abaixo a cabeça incomodado fugindo de seu olhar e da única verdade que eu tentava fugir desesperadamente. Noah então, deixa o cassino sem dizer uma única palavra me deixando sozinho com meus fantasmas e principalmente com raiva de mim mesmo e da situação na qual eu não via saída.
