Oliver Carter, 37 anos, um homem frio, misterioso e implacável nos negócios é dono do Royale, um luxuoso cassino em Las vegas vê a oportunidade perfeita de realizar seus terríveis planos através de uma rede de mentiras e armações. Um homem calculist...
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Dias atuais...
Sinto as lágrimas molharem minha face enquanto me mantenho encolhida num canto qualquer daquela van a espera de meu futuro. Eu não conseguia compreender o que realmente havia acontecido e o por quê de eu ter sido sequestrada daquela maneira. Penso em meu pai e não consigo conter um um soluço de dor e preocupação em imaginar o que poderiam ter feito com ele. Certamente eu estava naquela situação por sua culpa e seu maldito vício pelo poker.
— Ei, chica acalme - se! — diz a mexicana com voz amorosa se sentando ao meu lado. — Eu não sei o que houve na sua vida para estar aqui, porém quero que saiba que não está sozinha estamos todas no mesmo barco. Poderá contar comigo — completa batendo de leve seu ombro no meu.
Sorrio fraco em resposta sentindo uma afeição real por ela. Me parecia ainda bem jovem na casa dos vinte anos e tinha o olhar sereno e sorriso franco.
— Você disse que todas aqui foram contratadas para trabalhar num cassino em Las vegas? — indago curiosa a fim de saber mais a respeito do que realmente me esperava. — Quem te contratou? — questiono aflita.
— Não sei exatamente quem está por trás de tudo isso, o único que conheci foi esse cabeludo que te jogou aqui dentro com cara de vilão — diz fazendo menção ao homem que me despertava calafrios. — Foi com ele que tratei tudo, documentos, salário e a viagem. Soube dessa oportunidade através de uma amiga que trabalhou no cassino por um ano e seu deu muito bem por lá, as condições me parecem muito boas e vamos ganhar por hora, ter direito a hospedagem e comida — diz me deixando incrédula com sua inocência.
— Céus! Queria ter essa confiança — digo em negação. — Você já ouviu falar em tráfico humano? Nunca leu nada há esse respeito? Não tem medo de ter caído numa armadilha? — questiono afim de abrir seus olhos.
— Sei de todos os riscos — diz séria. — Porém, não tive escolha preciso de dinheiro, muito dinheiro! E em meu país jamais conseguiria juntar o montante que preciso — completa com olhar vazio e pensamento longe.
— Espero que tenha sorte na sua jornada, eu quando chegar nesse tal cassino vou arrumar uma maneira de ter minha liberdade e voltar para meu país. — bufo em sinal de nervosismo com meu futuro.
Horas depois fico em alerta ao perceber que a van que estávamos para de se movimentar e logo as portas traseiras são abertas bruscamente nos revelando em seu interior.
— Chegamos a pousada suarez. — diz o homem loiro de olhos claros e cabelos um pouco acima dos ombros. Ele tinha algo ruim com ele, muito ruim! —Ficaremos só algumas horas por aqui, vão se banhar, trocar suas roupas e cada uma de vocês irá ganhar um passaporte com nomes falsos para que possamos embarca-las sem problemas. Nosso voo rumo aos EUA sairá daqui a seis horas, tempo suficiente para que se preparem — completa com arrogância e percebo que ele estava em companhia de mais três homens fortemente armados.
