Oliver Carter, 37 anos, um homem frio, misterioso e implacável nos negócios é dono do Royale, um luxuoso cassino em Las vegas vê a oportunidade perfeita de realizar seus terríveis planos através de uma rede de mentiras e armações. Um homem calculist...
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2 meses depois
Oliver
Abri os olhos e despertei aflito, como se tivesse acordado de um sono profundo e agonizante. Não tinha consciência de nada, nem ninguém. Era como se estivesse perdido no tempo e espaço. Parecia que minha mente era apenas uma folha em branco, sem consciência, como se nunca antes houvesse existido nenhum tipo de pensamento na minha cabeça.
Olhei para o teto, para as paredes e me concentrei em tentar entender onde eu estava e como se uma chave tivesse acionada na minha mente, logo eu soube que estava em um hospital.
" Um hospital é um lugar onde pessoas se recuperam de ferimentos e de enfermidades. Eu estava doente? Ou ferido?
Ainda confuso e um pouco tonto, tentei me mover e senti minha cabeça latejar, deixando-me desorientado por um breve instante.
— Aí meu Deus! Eu não acredito! — Um som me chamou atenção, fazendo-me desviar o olhar e como se a chave tivesse sido acionada novamente na minha cabeça, eu soube que aquele som era uma voz e provavelmente a voz mais linda e terna que eu já tinha ouvido.
Foquei o olhar, achando a dona da voz e me deparei com um rosto, fiquei vidrado, sem conseguir desviar o olhar. Era a face mais bela que eu tinha visto em toda minha vida, quer dizer, não que me lembrasse ter visto outros rostos, mas, ela eu sabia ser especial e de me imediato senti meu coração disparar no peito. Meu cérebro se agitou, tentando procurar informações e a única palavra que surgiu era o nome anjo e de alguma forma, eu sabia que ela era o meu anjo.
— Meu Deus, você voltou! Meu Deus, meu Deus.. — Seus lábios voltaram a falar demonstrando emoção. Ela parecia muito emocionada e feliz ao mesmo tempo e percebi seus olhos castanhos âmbar se enchendo de lágrimas.
Eu conhecia aquela expressão, desespero, alegria, comoção, mas não sabia identificar com certeza.
Ela se aproximou do meu leito de um jeito abrupto e correu para o lado esquerdo da cama, apertando um botão acima da minha cabeça. Apertou o botão por diversas vezes seguidas com agonia, como se a vida de alguém dependesse daquele gesto. Então parou, respirou fundo e pude perceber as lágrimas de fato banhando seu rosto até que ela sorriu para mim.
Meu corpo todo foi tomado por uma sensação indescritível, senti uma paz absoluta dentro de mim juntamente com uma sensação de felicidade, alegria. Queria sentir aquilo todos os dias da minha vida. Era como se fossem sensações antigas, a muito tempo guardadas. Eu não conseguia desviar o olhar nem por um segundo dela. Ela era a minha paz e sabia apenas que eu precisava dela.
Senti sua mão tocando meu rosto, macia, quente, fazendo uma espécie de arrepio por todo o meu corpo.
— Ainda bem que você voltou, senti sua falta. — Ela me encarava com aqueles olhos castanhos cheio de ternura e a voz macia num tom gentil que só eu era capaz de ouvir. Fechei meus olhos, estava muito fraco, mas a sensação de sua presença era algo incrível.
