Não falem a ninguém....

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Meredith Pov

Eu sempre soube desde que reencontrei o Andrew que eu teria um bom amigo e companheiro, mais ver ele me apoiar, e segurar minha mão, quando o meu mundo parece estar virando de cabeça pra baixo, me da ainda mais certeza de que eu tenho um amor pra vida.

Estou chegando no hospital, e agora uma sensação diferente me preenche. Sem ninguém saber, mais eu tenho duas mães ali dentro e não sei se é bom ou ruim.

_ Doutora Meredith Grey, que saudade!

_ Schmidt. Bom dia. Porque essa recepção toda?

_ Bom faz tempo que eu não estou nos seus serviços, a Dra Cooper ocupou meu lugar.

_ Ciúmes? - perguntei irônica

_ Claro! Eu sinto falta da sua companhia doutora. Aaaaa, aqui, forte e descafeinado, seu preferido.

_ Meu Deus, eu senti muita falta disso.

Peguei meu café e saímos juntos pelo corredor, eu fui me trocar no staff e ele foi pro posto da enfermagem pegar os prontuários dos pacientes que iríamos atender de manhã.

_ Então, o que temos pra agora? - perguntei

_ Nada de novo doutora. Os pós operatórios estão evoluindo muito bem, e eu já passei em todos e atualizei os prontuários. Só o Senhor Kelvin que se queixou de uma dor na cabeça.

_ Ok. Me dá o prontuário dele. Vamos até lá.

Enquanto nós dois passávamos nos quartos revendo os pacientes, minha mente estava no andar de baixo. Eu nunca pensei que quisesse tanto ver a Miriam, eu tô com o coração apertado.

_ Schmidt e a doutora Cooper? - decidi perguntar

_ Aaa, ela folgou hoje pra ficar com a mãe. Ela já deve estar quase saindo da cirurgia.

_ Ué, mais minha mãe falou que iria operá-la a tarde.

_ Parece que houve uma complicação no quadro clínico dela e precisou antecipar a cirurgia.

Complicação? Por Deus, que nada aconteça com ela antes de eu dizer que senti sua falta, e que hoje eu sou alguém de quem ela pode se orgulhar.

_ Tá muito calmo esse hospital hoje! - falei mudando de assunto.

_ Também acho... retiro o que eu disse.

E fomos interrompidos pelos nossos pagers apitando indicando uma emergência. E sem querer ser egoísta, mais era exatamente disso que eu precisava hoje. Eu preciso me ocupar pra não pensar no pior.

_ Uau, o que temos? - perguntei assim que entrei na sala de trauma, e vi um adolescente de uns 15 anos com uma barra de ferro no crânio!

O garoto estava concinte, e a gravidade da lesão era assustadora. Chamei Amélia pra me ajudar, convoquei minha equipe e fomos pra cirurgia. Foi incrível, foi excitante, era nesses momentos impossíveis que eu me redescobria a cada dia. Ali era minha arena, ali eu conseguia esquecer.o mundo todo lá fora e ser apenas a Doutora Grey, a neurocirurgiã. Ali eu conseguia operar milagres, eu sabia que qualquer erro poderia ser fatal, e eu me cobrava sempre a perfeição.

Foram horas de cirurgia, várias pessoas se revezavam na galeria pra ver, e meus olhos passeavam por lá, eu queria ver se a Lexie estava lá. Mais não. Ela não apareceu.

Depois de muito trabalho, eu e Amélia conseguimos o milagre do dia. Retiramos a barra, e garantimos uma vida normal para aquele garoto, que pelos estímulos, não ficaria paraplégico, e a barra não passou perto das outras áreas que comandam a voz, memória e visão.

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