Andrew Pov
Já se passaram mais alguns dias e por sorte a Geovanna está reagindo muito bem, os medicamentos estão fazendo todo o efeito esperado, ela já está voltando a ter movimentos nas pernas, tudo parece até um sonho, graças a Dra Shepherd que fez um ótimo trabalho. Amanhã a Gê vai ter alta do hospital, graças a Deus, já preparei seu quarto, estou muito ansioso para poder leva-la pra casa. Já se passou um pouco mais de três meses que ela está no hospital, então poder leva-la pra casa, bem, e com um futuro agora mais garantido me faz um homem realizado.
A Carina e o meu pai estão fazendo todo o possível lá na Itália, adiantando os trabalhos, e arrumando as agendas, para que na próxima semana eles consigam vir aqui pra Seatlle, a Geovanna está perguntando por eles sempre, e claro, ela sente muita falta deles, afinal aqui ela não conhece ninguém, a não ser os médicos do hospital, que fizeram muita amizade com a minha menina.
Ontem conversei com a Carina por telefone, ela me deu a maior bronca. Eu contei pra ela a história toda sobre mim e a Mer, desde a época que ficamos no orfanato, do chaveirinho de coração, quem ambos temos até hoje, contei sobre como nos reencontramos, sobre a discussão que tive com ela, que basicamente a ameacei, contei sobre ela não querer operar a Geovanna, desabafei com a minha irmã tudo o que estava me matando, e jurei pensar que ela ficaria do meu lado. E pra minha surpresa ela ficou muito furiosa, jogou na minha cara com todas as palavras "Você é um tremendo idiota Andrea, faça o favor de concertar essa merda que você fez ai...".
Por mais que eu não esperasse essa reação da Carina, eu sou obrigado a concordar com ela, eu tinha me tornado um grande idiota diante de tudo isso, a Mer não fez nada por mal, ela só estava pensando na nossa amizade, e a responsabilidade de ter a vida da Gê em suas mãos não iria fazer com que as coisas dessem certo, ao invés disso, tudo poderia ter dado errado com a pressão que ela estaria sentindo. Eu depois de pensar muito, e colocar as idéias um pouco mais non lugar, vi que faria a mesma coisa, como advogado, não sei se conseguiria defender diante de um juiz, alguém da família dela, se eu perco o caso eu jamais conseguiria me perdoar por isso.
Então, como hoje é basicamente o último dia da Gê aqui no hospital, depois é só a cada 15 dias para fazer acompanhamento com a Dra Shepherd e para fazer fisioterapias, eu tenho que conseguir encontrar a Mer, eu preciso me desculpa com ela, eu preciso da amizade dela, não sei se posso pensar assim, mais eu preciso dela comigo. desde que vi ela e aquele rapaz juntos eu não paro de pensar em como seria bom poder beija-la, poder a levar para jantar, andar de mãos dadas na rua, por isso eu preciso falar com ela, preciso saber sobre ela, e realmente preciso dela.
---------------------------------------
Depois de um tempo decido ir até o refeitório, no caminho eu encontro com a mãe da Mer, que me lança um olhar quase que mortal, deve ser pela conversa que eu tive com a Mer, e eu não a julgo por isso, quando chego no refeitório, sinto minhas mãos suarem, um arrepio sobe pela minha coluna, quando eu vejo a Dra Grey, a minha Mer, sentada em uma mesa, perto da janela, olhando pro nada. Para a minha sorte ela está sozinha. Olhei pro lado a procura daquele aque vi com ela outro dia, mais não o vi em lugar nenhum, agradeci mentalmente a Deus por isso, peguei apenas um suco e fui ate onde ela estava. Como ela é linda, seus cabelos ainda são como quando ela era menina, dourados, fios finos, com leves ondas, o que dava a ela um charme totalmente único. Me aproximei, sem nem ao menos saber o que eu ia falar pra ela, mais ui mesmo assim.
_ Oi! É... é, eu posso me sentar aqui com você? - perguntei totalmente sem jeito.
_ Claro Andrew. Fique a vontade. - ela mal fez questão de olhar pra mim.
Ela estava terminando de comer um iogurte, eu tomei alguns goles do meu suco, não sabia como quebrar aquele maldito silêncio que gritava entre a gente. Criei coragem e puxei um assunto qualquer.
_ Como você está Mer? - tentei lhe dar o meu melhor sorriso.
_ Eu estou bem. E você? Deve estar feliz, amanhã sua filha vai estar de alta. - ela disse com um meio sorriso.
_ Claro, muito feliz. Nem acredito que deu tudo certo na cirurgia da Geovanna. - tive a impressão que ela engoliu em seco.
_ Que bom né, agora é só continuar o acompanhamento e as fisioterapias que logo ela nem vai se lembrar que teve u tumor. Fico feliz por vocês. _ el disse tentando ao máximo ser gentil.
_ Mer, eu queria me desculpa com você. A gente não teve uma oportunidade de se falar de novo depois daquela vez que eu disse aquelas coisas horríveis... - ela me interrompeu.
_ Ta tudo bem Andrew. Posso lhe garantir que já ouvi coisas piores. Eu sou médica, lido com vidas o dia todo.
_ Eu sei Mer, mais eu quero me desculpar mesmo assim. Eu preciso que você me desculpe. Somos amigos. - eu disse fechando os olhos com medo da resposta dela.
_ Claro, somos amigos. - ela sorriu.
Ela não estendeu o assunto, eu não queria deixar que aquele maldito silêncio infiltrasse entre a gente de novo, então por impulso perguntei.
_ Mer, você se casou? - maldita boca essa minha.
Ela me olhou assustada. Mais deu uma leve risada e disse.
_ Não Andrew. Eu não me casei. - ela sorriu - _ Porque a pergunta?
Droga! Como vou dizer que estou com ciumes do rapaz que lhe entregou flores outro dia.
_ Bom, por nada. Curiosidade. - dei de ombros - _ É que vi um rapaz lhe dando flores outro dia, pensei que fosse seu marido.
Ela deu uma gargalhada alta. Eu fiquei sem jeito, mais ao mesmo tempo pude ver o quanto eu sentia saudade de ouvir ela rindo.
_ Andrew, você está falando do rapaz que me deu girassóis? - eu assenti com cabeça. - _ Ele é meu irmão. Ele estava fora em um projeto de pediatra, envolvendo crianças da África.
Ela falou rindo, ao mesmo tempo toda orgulhosa do irmão.
_ Mer, mais quando sua mãe foi no orfanato te buscar, ela não tinha filhos, você mesma disse! - eu falei tentando amenizar o clima. - _ Ela adotou depois de você?
_ Não Andrew. Minha mãe não podia ter filhos, por isso me adotou. Só que depois, o tratamento de 5 anos que ela fez, teve efeito, e ela engravidou do meu irmão. O Alex. - ela sorriu, seus olhos brilhavam. - _ E você Andrew, você me disse que tem irmã?
_ Tenho. A Carina. Ela é mais velha que eu, e filha biológica dos meus pais.
_ E onde ela está? E seus pais, onde estão? - ela perguntou.
_ Estão na Itália. Minha irmã é obstetra, meu pai advogado. Foi por isso que me tornei advogado também. - expliquei - _ Minha mãe faleceu faz muitos anos, eu e a Carina fomos criados pela minha Vó, que faleceu bem no dia que eu e a Gê chegamos aqui. - tentei esconder uma lágrima.
_ Andy, eu sinto muito. - ela segurou na minha mão sobre a mesa. - _ Foi por isso que você não estava aqui com a Geovanna no primeiro dia? - ela perguntou envergonhada.
_ Sim Mer. E eu já sei que você queria me matar por eu não estar aqui. Mais pode apostar eu tinha motivos piores pra não estar aqui. - limpei uma lágrima que caiu.
_ Você se tornou mais forte do que eu podia imaginar Andy.
_ A vida me obrigou a ser forte Mer. Desde o dia que você foi escolhida, e eu tive que aprender a lidar com meus pesadelos sozinho.
Está ai, uma das primeiras conversas do nosso casal! ❤️
Capítulo pequeno, mais logo logo vem mais. 💕
![](https://img.wattpad.com/cover/231035340-288-k128390.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você Acredita em Destino?
FanfictionSe depois de muito tempo, os amigos do orfanato se encontrassem! Seria obra do destino? Fanfic do nosso casal Meredith e Andrew! ❤️