Você Acredita em Destino?

a minha Mer...

Andrew Pov

Depois de um tempo sentado ali naquele bar, eu consegui colocar alguns pensamentos no lugar. Eu não poderia me embriagar, não agora que minha filha está ali no hospital com chances de ser curada.
Paguei ao garçom pelas duas doses e sai. Me sentia horrível, eu não posso voltar ao hospital assim, minha filha não merece me ver assim. Parei o primeiro táxi que passava na rua e fui ao apartamento.
Quando cheguei lá, tudo familiar, a dor apertou de novo, mais eu não podia me entregar, minha filha precisa de mim, então corri pro banheiro,. Tomei um banho, escovei meus dentes, olhei no espelho e vi um rosto horrível, eu já não tinha mais vaidade nenhuma desde que Geovanna ficou doente. Eu estava um caco, mais ainda assim precisava ser forte. Terminei de me arrumar, peguei uma jaqueta e em menos de uma hora eu já estava voltando pro hospital.

Quando cheguei fui direto pro andar do quarto da Gê, eu só queria ficar do lado dela, eu precisava dela, quando estava chegando o Dr Schimidt veio falar comigo.

_ Senhor Deluca, que bom que voltou!
_ Aconteceu alguma coisa enquanto estive fora? - eu não me perdoaria se acontecesse algo a ela e eu não estava aqui.
_ Não, não. Ela está muito bem. - me disse sorrindo. - _ Ela está tranquila, já fez todos os exames, os resultados saem ainda hoje.
_ Fico aliviado em ouvir isso Dr. E, obrigado per ter cuidado da minha menina. - eu tinha que agradecer.
_ Que isso, eu só fiz o que tinha que fazer. E ela é encantadora. Já fez amizade comigo, com a Dra Grey e a Dra Shepherd. - ele dizia, enquanto entregava um prontuário a enfermeira.
_ Ela tem facilidade de conquistar as pessoas.
_ Percebemos isso. Ela fez com que a Dra Grey não saísse do quarto dela a tarde toda.
_ E essa Dra, está com minha filha agora? - perguntei.
_ Não. Ela teve que sair pra atender uma emergência. Está em cirurgia agora. Mais prometeu voltar no quarto pra dar boa noite a Geovanna.
_ Eu não a conheço ainda. - o olhei confuso.
_ Ela é bem formal, quando ela vier vai se apresentar. E está bem zangada com o senhor. - apontou o dedo pra mim.
_ Como ela pode estar zangada se nem me conhece? - revirei os olhos.
_ Você deixou sua filha aqui sozinha. Ela quer uma boa desculpa pra isso.

Desculpa? Ela nem me conhece e está me julgando? Ela não sabe de nada.

_ Não devo satisfação a ela. Apenas uma emergência. - meu coração doeu em lembrar o porque tive que sair.
_ Pode entrar no quarto com sua filha, ela pediu pra Dra Grey colocar Frozen na TV. - ele riu - _ Nem eu acredito que ela amoleceu o coração da Grey. 

Por Deus, essa médica no mesmo tempo que me deixou furioso por querer satisfação de onde eu estava, me deixou muito feliz e agradecido por ter cuidado tão bem da minha bambina, segundo o Dr Schimidt.

---------------------------------------------------------

Quando entrei no quarto a Gê, estava dormindo, desliguei a TV e puxei sobre ela o cobertor. Ela parecia feliz, estava serena, como eu queria acordar e descobrir que foi só um pesadelo, que minha menina está bem.

Depois de um tempo, ela acordou toda alegre, a ajudei a se sentar na cama, uma enfermeira trouxe o jantar pra ela, eu lhe ajudei a comer. Por mais que ela não gostasse de brócolis, ali ela comeu muito bem. Fiquei orgulhoso da minha menina, ela também se esforçava.
Depois que terminou de comer, tirei o pratinho, lhe dei um pouco de suco de morango, o seu preferido.

_ Papai, você já viu a minha médica? - ela quebrou o silêncio.
_ Não filha, eu ainda não a vi! 
_ Na verdade, são duas médicas, a Dra Grey e a Dra... Dra.., não sei o que, é difícil de falar. - ela tentava explicar tudo de uma vez, uma típica italiana.
_ E elas são legais Gê? Você gostou delas? - perguntei
_ A Dra Grey é tão linda, ela ficou comigo quando você não estava aqui, me deixou ver TV e me deu gelatina de morango. - ela falou bem rápido.
_ Que bom que ela é legal, porque é ela que vai cuidar de você agora. - toquei seu nariz lhe arrancando um sorriso.
_ Ela disse que vem me dar boa noite, ela teve que sair, parece que alguém bateu a cabeça bem forte, e ela precisava ir lá fazer um curativo. - ela me explicava fascinada.
_ Ela te disse isso filha?
_ Sim. Ela me explicou que ajuda as pessoas que batem a cabeça quando caem.
_ Então ela é muito legal mesmo. - falei entrando no clima de descontração dela.