Não se conheceram???

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Meredith Pov

Estou exausta, três horas de cirurgias e vários atendimentos, por conta de um grave acidente, muita correria, mais conseguimos salvas as vítimas.

_ Dra Wilson, você termina aqui? - pedi para a residente
_ Sim Dra Grey.
_ Leve ele pra UTI e faça o pós operatório, qualquer mudança clínica me avise. - disse já retirando as luvas e a capa cirúrgica.
_ Pode deixar Dra.

Sai da sala de cirurgia, fui ao staff, precisava de um café, aproveitei pra por outro uniforme, eu precisava ainda fazer uma consulta e passar no quarto da Geovanna, a paciente do meu estudo, eu prometi a ela. E preciso ter certeza se o irresponsável do pai dela chegou.

Sai do staff, atendi minha última paciente e fui ao quarto da Giovanna, eu sei que não posso, mais tô criando carinho por ela.

Bati na porta

_ Oi Geovanna. Posso entrar! - perguntei já entrando.
_ Oi Dra Grey. Vem aqui quero te contar uma coisa. - ela bateu na beira da cama pra que eu sentasse.
_ Pode falar querida. - me aproximei.
_ Meu pai está aqui no hospital! - ela me disse toda feliz.

Já não era hora dele estar aqui, quem é que deixa uma criança sozinha no hospital. Por Deus.

_ Que bom que ele veio. Mais onde ele está? - perguntei já que não tinha ninguém com ela no quarto quando cheguei.
_ Ele estava com fome Dra, ele foi comer um lanche. - ela me explicou.
_ Então vou te fazer companhia até que ele chegue.
_ Tudo bem! Dra Grey, você é tão linda.
_ Muito obrigada meu bem. Você também é muito linda.

Eu sei que não posso, todo mundo me alertou, minha mãe me pediu, eu não posso me apegar, eu já sofri de mais, não posso passar por tudo aquilo de novo. Mais essa menina tem alguma coisa diferente, que me prende nela. Eu não consigo me afastar.

_ Dra Grey?
_ Sim querida! - olhei pra ela quando ela me chamou.
_ Porque você e meu pai tem o mesmo chaveiro de coração? - ela me perguntou.
_ Todo mundo tem um chaveiro de coração Geovanna. - respondi sem entender o porquê de tanto interesse, mais não se discuti com uma menina de 3 anos.
_ Meu pai me disse exatamente isso sabia? - ela colocou um dedinho na bochecha como se estivesse pensando em algo.

Ninguém sabe a história do meu chaveiro, só a minha mãe, ninguém nunca notou ele, e essa menininha que nunca vi na vida cismou que o pai dela tem um igual. Tem milhares desses no mundo, ora, qualquer pessoa que tenha chaves pode ter um.

Mais pra mim, aquele coraçãozinho, simples, tem o maior dos significados, eu jurei que sempre me lembraria dele, do Andy, meu primeiro e melhor amigo, de quem eu nunca esqueci. Nunca mais o vi desde o orfanato, não sei onde ele mora, sei que ele foi adotado também, porque minha mãe sempre voltou ao orfanato pra levar doações e eu ia junto. Mais a Madre nunca contou pra onde ele foi. Espero que esteja bem, essas lembranças me fazem sorrir e pensar, será que ele se lembra de mim. Faz tanto tempo.

Foi aí que por impulso eu perguntei.

_ Geovanna, como se chama seu pai?

Eu não sei o que queria ouvir naquele momento.

_ Meu pai se chama Andrew Deluca.

Eu fiquei sem reação, Andrew? O pai da Geovanna se chama Andrew? Não! Tem muitos outros Andrew por aí. Não pode ser o mesmo. Mais espera! Ele tem o mesmo chaveiro de coração que eu.? O destino não colocou ele dentro do meu hospital com a vida da filha dele nas minhas mãos?

_ Tudo bem Dra Grey? - Geovanna me tirou do transe dos meus pensamentos.
_ Tudo querida... Tudo bem.

Eu não estou nada bem.

A Geovanna começou a me contar sobre o filme que ela gosta e o tempo foi passando. Onde estaria o pai dela?

Começamos a rir com as bobagens e comecei a brincar de fazer cócegas nela, ela gargalhava sem parar. Foi quando ouvi a porta se abrir, alguém tinha chegado, pensei ser o Schimidt, mais eu vi um homem, lindo, cabelo bagunçado, um olhar triste, mais mesmo assim um verde incrível. Eu conheço esses olhos! É ele, o meu Andrew!

Ele me olhava perplexo, parecia que via um fantasma, será que ele me reconheceu!? Mais eu sou a médica da filha dele, ele me conheça ou não, é eu que vou estar com a vida da filha dele em mãos.

_ Olá! Sou a Dra Meredith Grey, neurocirurgiã responsável pelo caso da Geovanna. - entendi a mão pra comprimenta-lo.
_ Andrew, Andrew Deluca. Eu sou o pai dela. - ele apertou minha mão.

Um arrepio se passou pela minha coluna, senti meu estômago embrulhar. Ele não me reconheceu.

_ Bom já estou de saída, eu estava fazendo companhia pra Geovanna até que você chegasse! - eu disse sem olhar pra ele. Não acredito ele não me reconheceu.

_ Tudo bem! Eu fico com ela agora. Obrigado.
_ Geovanna, amanhã eu volto, fica bem ok? - lhe dei um beijo na testa.
_ Tudo bem Dra! Até amanhã. - Geovanna se despediu.
_ Até mais senhor Deluca! Amanhã eu volto com a Dra Shepherd pra darmos início ao tratamento da Geovanna.
_ Sem problemas Dra Grey. Até amanhã! - ele se despediu de mim com um aceno com a cabeça.

Sai do quarto e consegui respirar, nem percebi que estava prendendo a respiração, me sentia péssima. Eu preciso sair daqui. Não acredito, ele prometeu nunca se esquecer e agora que ficamos um de frente pro outro 21 anos depois ele não se lembrou de mim. Preciso sair daqui.

Fui direto pro staff, por sorte não tinha ninguém, troquei de roupa, peguei minhas coisas e sai, precisava pensar. Isso não pode estar acontecendo.

Assim que cheguei no estacionamento, minha vontade era de gritar, não sei porque me abalou tanto ver o Andrew depois de tanto tempo. Entrei no carro e fui embora. Queria muito fazer uma coisa, mais precisava resolver um assunto antes. Assim que cheguei peguei meu celular e liguei pro Schimidt.

_ Dra Grey! Algum problema? - ele atendeu.
_ Onde você está Schimidt?
_ Estou em casa. Alguma emergência no hospital? Posso voltar.....
_ Não tem emergência nenhuma.
_ Então porque está me ligando Dra Grey?
_ Por Deus Levi, não me chame assim, estamos fora do hospital.
_Desculpe Meredith. É que você é minha chefe.
_ Não fora do hospital. Amanhã vc tem plantão certo?
_ Sim, entro bem de manhã. - ele respondeu.
_ Preciso de um favor seu Levi.
_ Pode falar Meredith.
_ Eu não vou trabalhar amanhã, então você vai ficar responsável pelos meus pacientes, e sobre os pacientes do estudo, converse com a Amélia que ela prescreve as medicações. Ok? - disse com autoridade.
_ Mais aconteceu alguma coisa?
_ Sem perguntas Levi. Posso contar com você? - perguntei
_ Claro Meredith. Pode ficar tranquila. Mais se eu puder fazer alguma coisa é só falar. - ele disse.
_ Obrigada, mais é só isso. Boa noite.
_ Boa noite. - ele desligou.

Agora sim, eu tô livre de tudo, fui na cozinha e peguei minha garrafa de tequila, costumo de chamá-la de amiga das emergências, e virei na própria garrafa. Depois de grandes goles, sentindo a tequila me queimar por dentro, eu não vi mais nada.

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Andrew Pov

Eu não acredito que a Mer saiu daqui e não me reconheceu. Eu fui um idiota, porque não falei com ela. Eu podia me apresentar, e tudo seria diferente. Mais amanhã, amanhã ela volta e eu falo com ela. Eu tenho tanto pra contar pra ela, e também quero saber sobre sua vida.

Quero saber se ela tem filhos, se é casada. Porque já sei que ela não se tornou professora, ela é uma médica. Espera aí! Médica? O nome dela é Meredith Grey? E o hospital Grey Sloan? Será que ela é dona desse hospital? Mais e o Sloan? Talvez seja seu marido. Não sei porque essa palavra marido me embrulhou o estômago.













Sério que eles fizeram isso?? 🤦

Gente, e porque será que a Mer não pode se apegar a crianças Hem???? 🤔

Fiquem bem! Se cuidem. 💕

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