Você Acredita em Destino?

Mer....

Meredith Pov

_ Já vaii! - gritei indo atender a porta.

Olhei pelo olho mágico, eu pedi pra que a Amélia não viesse. Que coisa.
Mais quando olhei era minha mãe. Sabia que ela iria aparecer uma hora ou outra.

_ Mãe! O que veio fazer aqui? - perguntei abrindo a porta para que ela entrasse.

_ Vim ver você Mer. Você nunca desmarca cirurgias, nunca falta sem motivos e nunca fica bêbada se o motivo não for realmente catastrófico. - ela jogou tudo pra cima de mim.

_ Mãe, eu tô bem. Só queria um tempo. - tentei explicar.

_ Tá bem, um tempo eu até entendo. Mais porque entregou o caso da garota pra Shepherd?

Droga, amaldiçoei a Amélia por já ter contado a minha mãe.

_ Mãe não é sobre isso que você está pensando. Só vi que não consigo resolver o caso dela. - dei de ombros.

_ Não consegue Mer? Você não acredita em impossível. - ela gesticulou com as mãos.

_ Eu sei que não. Mais o caso dela é de mais pra mim. - me joguei no sofá.

_ Mer, é sério, agora você já pode me contar o que tá acontecendo! - ela se sentou do meu lado.

Como eu sei que não dá pra esconder nada dela, e que ela é minha melhor amiga e sempre me ajuda, decidi contar.

_ É tão complicado mãe. - as lágrimas queimaram em meus olhos. Ela percebeu e fez sinal pra que eu deitasse no colo dela.

_ Eu tô aqui Mer. Pode confiar, você sabe. Seja o que for vamos enfrentar juntas, certo? - ela fez carinho no meu cabelo. Como amo isso.

_ É o Andrew mãe!

_ Andrew? Seu novo namorado? - ela perguntou confusa.

_ Não mãe! O Andrew do orfanato, o meu Andy. Lembra? - as lágrimas que tentei segurar rolaram pelo meu rosto.

_ Como assim Mer? Você o encontrou? Você sempre quis isso filha e agora está assim!

_ Mãe.... - me sentei e olhei nos olhos dela. - _ O Andrew é o pai da Geovanna mãe, da garotinha que está aí pro tratamento do estudo.

_ Mer.... - ela me abraçou, e eu me permiti chorar. Eu me sinto tão protegida nos braços dela que não quero sair. Sei que pareço uma idiota, tenho 30 anos e ainda choro no colo da minha mãe, mais ela foi a minha luz, a pessoa que me deu a segunda chance de viver.

Depois de um tempo, que eu consegui me recuperar, minha mãe me obrigou a ir almoçar, já era o segundo dia que eu estava sem comer nada, ela pediu almoço e almoçamos juntas. Como eu amo esses momentos com ela. E agora por conta do trabalho estão cada vez mais raros.

_ Mer, você sabe que tem que voltar pro hospital né? - ela quebrou o silêncio.

_ Eu sei mãe! Mais não entendo o porquê eu fiquei tão mexida em ver ele. - falei

_ O que ele disse quando te viu?

_ Nada mãe. Acho que ele não me reconheceu! - revirei os olhos.

_ E você não falou com ele Meredith? - ela alterou a voz. - _ Por Deus menina, eu não te criei assim. Você não disse nada?

_ Não mãe, eu fiquei sem palavras. Ele tá diferente, tem uma filha, da qual ele tá confiando a vida dela a mim mãe. Não sei se estou preparada pra isso. - falei retirando nossos pratos e levando pra pia.