Você Acredita em Destino?

Ravioli ao Molho Rosé

Um mês depois.....

Andrew Pov

Um bom tempo já se passou desde aquele fim de semana com a Mer. E eu não consigo esquecer aquele beijo. Sei que ela estava um pouco bêbada, mais a emoção que senti naquele momento foi indescritível. A todo momento eu quero repetir, sentir os lábios dela de novo. Mais nesse tempo todo que se passou não tivemos tempo de conversar direito. Apenas algumas mensagens ou pequenas ligações. No hospital eu a vi bem rápido quando eu fui levar a Gê pra fazer fisioterapia.

Bom, a Gê está cada vez melhor, já consegue dar alguns passos sozinha, se adaptou bem a usar duas pequenas muletas, e hoje já está começando a frequentar a escolinha. Ela me enche de orgulho a cada dia. Meu pequeno milagre.

Meu pai e a Carina vieram nos visitar, ficaram apenas dois dias, pois não conseguiram mais dias livres, porém mesmo assim foi ótimo. Foi a primeira vez que nos encontramos depois da morte da nonna, o que gerou alguns momentos de lágrimas, ao lembrarmos de como ela era incrível, todos nós a amávamos muito.

Meu pai trouxe com ele uma bela carta de recomendação, que me ajudou a arrumar um ótimo emprego, em um Escritório de Advogados bem conhecido de Seattle. E eu estou bem animado. É apenas minha primeira semana no trabalho e já consegui um bom caso.

Já a Carina, foi até o hospital, queria conhecer a Mer, o que não foi possível, pois ela estava em cirurgia, mais ela conversou com a Dra Ellis, que fez pra Carina uma proposta tentadora, para que ela viesse trabalhar aqui. Minha irmã não ficou muito por fora não, disse que está estressada de mais no hospital na Itália, então acredito que logo ela se mude pra cá também.

Tudo está muito bem, mais o que eu queria mesmo era mais tempo com a Mer, ela é minha luz aqui nesse lugar, e eu preciso tentar colocar esses meus sentimentos no lugar, eu preciso sei lá, saber se ela se lembra do beijo, se ela realmente quis fazer aquilo ou se foi só a força do álcool mesmo.

Estou chegando no trabalho, já deixei a Gê na escolinha, vou direto pra minha sala, passo pela Cristina, a secretaria aqui do escritório, que como de costume está ocupada de mais olhando pra tela do notebook e nem me nota chegar.
Assim que me acomodo, começo a ler uma parte do processo do meu cliente, e sou surpreendido com meu celular tocando. Assim que olho pra tela, meu coração se aquece, é a minha Mer!

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Meredith Pov

Hoje o dia começou cheio, fui chamada no meio da madrugada para fazer um atendimento de emergência, que foi logo encaminhado para a cirurgia. Um rapaz de 15 anos, caiu do telhado da casa, enquanto fazia luau com os amigos. Me pergunto como alguém faz luau no telhado?
Sai a pouco da sala de cirurgia, tomei um bom café pra me despertar, realmente, plantão noturno não é meu forte, mais cá estou, preciso salvar vidas.

Eu quero muito falar com o Andrew, tá tudo tão corrido, que não tive tempo de procurá-lo, de saber se ele se lembra do beijo. Por mais que eu poderia colocar a culpa na bebida, pelo meu ato de ter o beijado, eu não vou. Afinal, eu não estava bêbada, eu sabia o que eu estava fazendo, eu realmente quis fazer aquilo, e preciso fazer de novo com urgência.
Desde o acontecido, eu venho sonhando com ele, tendo pensamentos pervertidos, meu coração acelera, as borboletas do meu estômago acordam alvoroçadas, eu tenho que saber se ele sente o mesmo. Ele é minha luz, e eu mais do que nunca preciso dele.

Na próxima semana é a premiação do Harper Avery, e eu tenho esse problema aí. Ainda não contei pro Andrew que foi eu quem operou a Geovanna, e não sei se ele sabe que fui indicada a esse prêmio, ainda mais se sabe que foi por conta da cirurgia que fiz na sua filha. Eu queria tanto que não tivesse escondido nada, que ele soubesse de tudo. As vezes me pego imaginando o quão maravilhoso seria se ele estivesse comigo de companhia no dia. Por mais que eu não ganhe, o importante é que foi um ótimo passo pra minha carreira médica.