Capítulo 26

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Carolina narrando:

—Depressa, Amanda! Não quero chegar atrasada no nosso primeiro dia lá. —digo pela terceira vez para Amanda que está penteando os cabelos na frente do espelho.

—Calma, prima. Já disse que estou terminando. —reviro os olhos com impaciência. —Pronto! Você deveria saber que a aparência é muito importante para causar uma boa impressão.

—Mais importante que isso é sermos responsáveis e cumprir nossas funções como prometemos que iríamos fazer! —replico com firmesa.

—Tá, tá, chega de sermão. Prometo que vou ser mais rápida da próxima vez.

Respiro fundo reprimindo minha ansiedade. Eu me considero uma pessoa calma, mas sempre que eu tinha algo importante para fazer, meus nervos ficavam à flor da pele.

—Tudo bem, só vamos logo.

Nós saímos de casa e o tio Sérgio nos deixa na igreja, onde marcamos de nos encontrar com os outros. Eu e Amanda ficamos conversando sobre várias coisas até vermos um carro estacionar ali perto e reconhecemos ser a Vanessa.

Ela se aproxima de onde estamos e sorri ao nos ver.

—Olá, meninas. —nós a cumprimentamos de volta. —Cadê todo mundo?

—Acho que só nós chegamos até agora. —respondo dando de ombros.

—Pensei quo o Erick seria o primeiro a chegar, já que ele é o líder da equipe e deveria dá o exemplo. —Vanessa fala e eu sinto certo incômodo com o jeito que ela diz isso.

—E foi isso o que eu fiz. —somos surpreendidas ao ouvir Erick vindo dos fundos da igreja.

—Onde você estava? —Amanda pergunta.

—Eu estava com o pastor resolvendo alguns detalhes do orfanato, cheguei um pouco mais cedo e já tenho todas as informações que precisamos por enquanto.

Vanessa se encolhe com constrangimento, mas Erick nada diz a respeito.

Alguns minutos depois, Pedro chega quase na mesma hora que Beatriz e Samuel, trocamos cumprimentos rápidos e seguimos para fora da igreja.

—Pelo o que eu vi temos três carros disponíveis, o meu, o do Pedro e o da Vanessa. Vamos nos dividir e nos reunir em frente ao orfanato. —Erick diz.

—Vocês podem vir comigo, meninas. —Pedro oferece olhando diretamente para mim.

—Na verdade, eu vou com a Vanessa. —digo dando um passo em direção à ela.

—Por mim, tudo bem. —ela responde.

—Ah, eu também vou com vocês! —Amanda passa os braços entre nós duas nos envolvendo em um abraço de lado.

—Bom, então todas as meninas vão com a Vanessa. —digo pegando a mão de Beatriz e a puxando para o nosso grupo, ela sorri timidamente.

—É melhor assim. —Erick diz. —Samuel, você pode vir comigo, se quiser.

—Eu vou com o Pedro. —responde e eu não posso deixar de me sentir mal pelo Erick ir sozinho.

—Entao, não vamos mais perder tempo.

Me surpreendo cada vez mais com a mudança de caráter dele, é possível ver o quanto ele está se esforçando para ser alguém melhor.

Cada um vai para seu devido transporte e dirigimos em nossa pequena viagem rumo ao orfanato. Vamos o caminho inteiro conversando e rindo, nem percebemos o tempo passando até chegar em frente à um grande casarão de dois andares, o orfanato.

O propósito do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora