Erick narrando:
Quando vi aquele cara levando a garota à força para um beco escuro, não pensei duas vezes antes de sair do carro e seguir naquela direção. Me esgueirei pela parede com o máximo de silêncio possível, tentando ver de quem se tratava. Não reconheci o psicopata, mas assim que vi quem era a garota, a raiva tomou conta de mim e me pus a agir.
Chamei a atenção do cara e sem lhe dar tempo para reagir, dei um soco em seu rosto derrubando-o direto no chão, fui pra cima dele e comecei a dar mais socos descontando toda a minha fúria nele. Com certeza estaria na cadeia agora, se não tivesse ouvido sua voz, aquela voz que sempre conseguia me acalmar.
Depois de mandá-lo embora, fui até onde Carolina estava, ainda tentando ficar calmo. Ela tremia e era visível que estava prestes a cair no choro, e em uma rápida ação a abracei forte tentando confortá-la. E como era bom tê-la em meus braços, foi uma das melhores sensações que já senti. Tudo o que eu mais pensava naquele momento era em mantê -la em meus braços pra sempre, protegida de tudo e de todos. Fiz uma promessa para mim mesmo que faria de tudo para não permitir que ninguém a machucasse.
Dois dias depois do ocorrido, vi o cara covarde na universidade e tive que me segurar para não ir pra cima dele de novo. Consegui informações sobre ele e esperei o momento certo para acertar minhas contas com o mesmo.
Aperto o volante do carro comprimindo minha impaciência, ou pelo menos tentando. Quando já estou prestes a desistir, vejo quem eu estava esperando entrar no estacionamento, onde estou neste momento.
Saio do carro e caminho a passos largos em sua direção, ele percebe minha presença e olha para trás. Seus olhos se arregalam com surpresa e quando o espanto passa ele corre até um carro, mas antes que ele abra a porta, eu seguro seu braço e o torço para trás de suas costas.
—Olá, Antônio, não esperava te encontrar tão cedo. —digo o encostando no carro.
—Por favor, me solta, por favor! —choraminga com uma expressão de dor.
—Onde está toda sua coragem agora? —pergunto com sarcasmo.
—O que você quer? Eu não tenho dinheiro, eu juro!
—Eu não quero nada de você! —ele vira o rosto desesperado para mim e posso ver seu olho roxo por conta dos socos.
—Só não me bata, por favor!
—Eu só vim te dá um aviso, então presta bastante atenção. Nunca mais chegue perto da Carolina, nem olhe pra ela, e se não fizer isso você vai se arrepender de ter nascido! Está me ouvindo!?
—Eu juro! Eu prometo que nem o nome dela vou falar de novo! Agora por favor, me deixa ir! —respiro fundo antes de soltá-lo.
—É melhor mesmo que seja assim. Agora suma daqui!
Com uma velocidade incrível, ele entra no carro e sai sem nem olhar para trás. Me certifico de que estou sozinho e entro no carro.
—Missão cumprida!
(...)
Hoje é sábado e é o dia perfeito para pôr em prática meus planos da semana inteira. Pego meu celular e ligo para a Carolina que não demora muito para atender.
—Alô?
—Oi, sou eu, Erick. Como você está?
—Oi, Erick, estou bem graças a Deus. E você?
—Estou preocupado.
—Preocupado? Com o quê? —sorrio escolhendo as palavras que vou dizer.
—Preciso da sua ajuda, é muito importante! Não! É uma emergência! —digo dramático.
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O propósito do Amor
EspiritualSinopse Carolina Monteiro, uma jovem que está ingressando na faculdade, tem a fé como a sua principal arma contra os obstáculos e desafios da vida. Doce, gentil e bondosa, mais ainda assim determinada, tem um lema que diz: "Ser cada dia mais parecid...