Carolina narrando:
Minha mente viaja mais uma vez só neste dia pelos eventos dos últimos dias. Eu não sei explicar o que estava acontecendo, mas um turbilhão de pensamentos e sentimentos me rodeiam, deixando-me aflita e sem saber que atitude tomar.
-Carol! -balanço a cabeça enfim voltando a realidade.
-Sim?
-Já é a terceira vez que te chamo e você está aí parecendo estar no mundo da lua. -Bruna diz segurando um vestido em cada mão e me olhando séria.
-Desculpa por isso.
Hoje pela manhã, Bruna me convidou para ajudá-la a comprar algumas roupas em uma loja nova que abriu a pouco tempo na cidade. Eu aceitei na hora com o objetivo de justamente tentar me distrair, mas pelo visto não estava dando certo.
-Vamos deixar isso para outra hora. -ela coloca as peças de volta ao lugar em que estavam.
-Não, Bruna. Garanto que vou prestar atenção agora. -me levanto indo até ela.
-Precisamos conversar. -ela suspira e cruza os braços em frente ao corpo me olhando com preocupação. -Vamos.
Sou puxada para fora da loja e seguimos até uma sorveteria ali perto. Adentramos o local e Bruna me leva até uma mesa de canto mais afastada.
-Vamos ter a privacidade necessária aqui. -explica quando nos acomodamos.
Fazemos nossos pedidos e aguardamos em silêncio pelos mesmos, só depois disso ela resolve falar.
-Tudo bem, pode falar agora. -seus olhos se prendem em mim.
-Falar o quê?
-O que está acontecendo com você! -fala como se fosse óbvio.
-Não é nada que você precise se preocupar. -respondo evitando olhar para ela.
-Carolina, eu te conheço desde que éramos crianças e acho que é tempo o suficiente para saber que algo está te incomodando. -ela segura minha mão sobre a mesa e eu finalmente a encaro. -Você é minha melhor amiga e nós prometemos estar do lado uma da outra mesmo nos momentos mais difíceis, então me deixa te ajudar...
Seus olhos suplicam por isso e um suspiro escapa de meus lábios sentindo o peito apertado.
-Tudo bem, vou falar o que tem me afligido.
-Sinta-se à vontade. -sorri me confortando.
-Desde o dia em que o Erick chegou aqui venho me sentindo ansiosa e meio perdida...
-Imaginei que ele seria o motivo. -diz com um sorriso. -Mas qual é exatamente o problema? É normal sentir isso quando se está apaixonada.
-É que... aconteceu uma coisa, no dia que ele jantou em minha casa.
Conto meu relato sobre a forma como ele me tratou naquele dia e a situação embaraçosa que passei quando nos despedimos.
-Meu. Deus. -Bruna não esconde seu estado de choque diante da minha revelação. -Amiga, isso é muito lindo! Como pode ainda afirmar que ele não gosta de você?
-A verdade é que eu não sei de nada. -deixo minha cabeça cair sobre minhas mãos mostrando minha total frustração. -Estou muito confusa e não faço ideia do que fazer.
-Você não precisa fazer nada, Carol. -diz com um sorriso tentando me consolar. -Deixe o Senhor agir no tempo Dele e as coisas vão acontecer como tem que acontecer.
Fico em silêncio por um instante pensando nas palavras que acabei de ouvir. Por um momento deixei que a ansiedade e o desespero tomassem conta de mim, e acabei esquecendo que há Alguém que tem o controle de tudo em suas mãos.
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O propósito do Amor
EspiritualSinopse Carolina Monteiro, uma jovem que está ingressando na faculdade, tem a fé como a sua principal arma contra os obstáculos e desafios da vida. Doce, gentil e bondosa, mais ainda assim determinada, tem um lema que diz: "Ser cada dia mais parecid...