Capítulo 11

460 62 85
                                    

Erick narrando:

Depois de um ótimo dia ao lado de uma das pessoas mais incríveis que já conheci, chego em casa com um largo sorriso no rosto e me sentindo tão bem como a tempos não me sentia.

Resolvo ir até onde Maria está e falar com ela. A encontro cantarolando enquanto cozinha, o que faz muito mesmo sabendo que não é sua obrigação. Me aproximo devagar por trás dela e a abraço fazendo ela se assustar.

—Oh, menino! Quer me matar de susto!? —logo após ela ri balançando a cabeça.

—Só queria te fazer uma surpresa. —argumento em legítima defesa e me afasto.

—Então da próxima vez, me avise que a surpresa pode me deixar de cabeça em pé, literalmente. —vou para o outro lado da bancada ficando de frente para ela.

—Você estava certa. —ela continua mexendo em algo na panela.

—Seja mais específico, estou certa em várias coisas.

—Sobre conversar com a Carolina, foi muito bom e libertador. —sorri e me encara.

—Uma boa conversa sempre é bom quando os dois lados estão dispostos a ouvir e falar. —diz com sua sabedoria costumeira.

—Principalmente quando essa pessoa é tão especial e não tem namorado. —gracejo.

—É minha impressão ou alguém aqui está apaixonado? —pergunta com a sobrancelha arqueada.

—Não... —começo, mas a imagem de Carolina em minha mente muda meus pensamentos completamente. —Quer saber? Eu estou apaixonado, como nunca estive antes. —sinto animação em poder dizer isso.

—Pois eu desejo que esse sentimento cresça e deixa de ser só uma paixão. —seu sorriso aumenta. —E eu quero muita conhecê–la.

—E vai, não se preocupe. Agora só tenho que conquistá–la.

—Se precisar de conselhos é só pedir.

—Obrigado. —fico de pé novamente. —Eu vou tomar um banho agora, se não se importa.

—Pode ir, querido. —caminho em direção à porta, mas sua voz me interrompe. —Ah, Erick, eu já ia me esquecendo. Seu pai quer falar com você e está no escritório.

—Tudo bem. —estranho o fato, mas obedeço seguindo até o escritório, Bato na porta e espero pela sua resposta.

—Pode entrar. —faço isso e tento entender o que está acontecendo. Meu pai permanece com o olhar fixo nos documentos em cima da mesa.

—Aconteceu alguma coisa?

—Nada demais. —faz sinal para que eu sente e eu obedeço ficando de frente para ele. 

—E então? —o estimulo a falar, ele levanta os olhos dos papéis e se acomoda melhor na poltrona com as mãos cruzadas.

—Um sócio do hospital onde trabalho vem almoçar aqui conosco amanhã.

—Bom, se era só isso, obrigado por avisar. —faço que vou me levantar, mas ele me impede.

—Eu ainda não terminei. —seguro minha vontade de revirar os olhos, me contentando com um suspiro. —A esposa e a filha dele também virão, então quero que você faça companhia à ela.

—Quer que eu fique de babá da menina? Não vai rolar. —ele continua com sua expressão inexpressiva.

—Ela tem a sua idade, então você não vai precisar ser "babá" dela, só deixá–la à vontade e como eu já disse, fazer companhia à ela. Nada que você não possa fazer. —me encara sério aguardando a minha resposta, ou melhor, apenas a minha aceitação.

O propósito do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora