Carolina narrando:
O culto dessa noite de domingo foi maravilhoso, é como se cada palavra estivesse sendo dita diretamente à mim. O tema pregado foi sobre os propósitos de Deus para a nossa vida e de como somos usados para tocar outras vidas, esse assunto mexeu profundamente comigo de uma forma que eu não consigo entender.
O culto se encerra e enquanto meus tios vão na frente conversando com alguns irmãos, eu e Amanda andamos mais devagar conversando sobre o que ocorreu de bom nessa noite.
—Ei, meninas! —nos viramos e vemos Pedro vir a passos largos em nossa direção.
—Pra quê tanta pressa, Pedro? —instiga Amanda.
—O pessoal deu a ideia de irmos na lanchonete agora e pediu pra convidar vocês. Vocês vão, né? —ele olha diretamente pra mim.
—É claro que vamos. —minha prima responde por nós duas.
—Ah, não vai dá. Eu prometi ligar para a Bruna assim que eu chegasse do culto. —Pedro continua me encarando com um expressão de decepcionado no rosto.
—A Bruna pode esperar, prima. Não acredito que você vai dispensar comida.
—Desculpa, mas não posso. —falo decidida.
—Tudo bem, Carol. Você pode ir da próxima vez. —ele diz compreensivo.
—Obrigado por entender. —Pedro sorri de canto.
—Bom, se você não vai, eu também não vou. —olho para ela.
—É claro que você vai, não precisa fazer isso por mim. —ela se mantém irredutível e eu me vejo obrigada a apelar. —Se você não for, eu vou me sentir culpada.
—Tá bom. Eu me rendo, vamos Pedro. —Amanda sai andando, mas Pedro continua parado em minha frente.
—É uma pena você não poder ir, não vai ser a mesma coisa sem você lá. —não sei o que dizer, então só dou um pequeno sorriso e ele continua. —Você é tão especial que faz falta quando está ausente.
E assim ele sai sem esperar eu dizer alguma coisa e me deixa com a cabeça martelando tentando descobrir se há algum outro sentido para sua frase.
Vou para onde minha tia está e logo estamos em casa. Faço algumas coisas rápidas, me sento na cama e ligo para a Bruna que não demora a responder.
—Oi, amiga.
—Oi, Bruna. Como estão todos por aí? —pergunto.
—Estamos todos na paz do Senhor! E por aí?
—Igualmente. E como vai seu namoro com o Lucas?
—Tudo ótimo, nos damos super bem e ele me faz tão feliz. —sorrio ao ouvir isso.
—Fico feliz por vocês.
—Mas me conta, o que você queria tanto conversar comigo? —hesito um pouco antes de falar.
—Então, tem um garoto...
—Para tudo! —me interrompe com uma voz super animada. —Ai meu Deus! Você está apaixonada, Carolina! Eu nem acredito que esse dia finalmente chegou, nós temos que marcar um encontro a quatro pra nos conhecermos melhor e assim você pode apresentar ele para nós e...
—Espera, Bruna. —é minha vez de interromper. —Não é nada disso que você está pensando e eu não estou apaixonada por ninguém!
—Como assim? Então o que é? —questiona confusa e eu respiro fundo.
—Esse garoto estuda na mesma universidade que eu, só que em outra faculdade e de uma forma que não sei explicar ao certo acabamos ficando próximos, diria até que viramos amigos. —faço uma pausa para que ela processe minhas palavras. —O nome dele é Erick e ele é uma ótima pessoa, só que não é cristão, quer dizer, ele acredita que Deus existe, mas é só isso, não tem uma conexão ou uma vida ligada a Deus, entende?
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O propósito do Amor
EspiritualSinopse Carolina Monteiro, uma jovem que está ingressando na faculdade, tem a fé como a sua principal arma contra os obstáculos e desafios da vida. Doce, gentil e bondosa, mais ainda assim determinada, tem um lema que diz: "Ser cada dia mais parecid...