O propósito do Amor

Capítulo 29

Erick narrando:

Depois de deixar Carolina em casa, dirijo ainda pensando em tudo o que aconteceu.

Durante os últimos dias, acabei me afastando da Carol, não por querer, mas por que não fazia ideia de que atitude tomar.

Eu estava decidido a não desistir dela enquanto tivesse chance, mas bastava ouvir dela que estava namorando com Pedro e pronto, sairia de sua vida e deixaria os dois em paz. Iria fazer isso porque tudo o que eu mais quero é que ela seja feliz, mesmo que não seja comigo.

Mas ao ouvir de seus próprios lábios que ela só o via como um irmão mais velho, me levou à um estado de êxtase indescritível que me fizeram parar o carro bruscamente. Lamentei muito por ter feito isso, pois quase a machuco com o baque que o freio causou e ao mesmo tempo agradeci por ver que ela está bem.

Eu não sei quais são os verdadeiros sentimentos dela por mim, as vezes penso que ela me vê apenas como um amigo, mas uma lembrança da noite em que me declarei me faz pensar que talvez ela estivesse começando a corresponder os meus sentimentos.

—Eu não posso namorar com você. —lembro de como essas simples palavras me atingiram profundamente.

—E por que não? —perguntei.

—Porque isso seria julgo desigual. Eu sinto muito, mas não posso fazer isso. Eu acho melhor eu ir embora. 

Ela se virou e andou a passos lentos para longe de mim.

—Espera. —segurei seu braço e fiz com que ela ficasse de frente para mim.

—Me deixa ir, Erick.

—Isso significa que você não sente o mesmo por mim? —ela olhou para o chão. —Só olha nos meus olhos e me diz se você sente alguma coisa por mim ou não.

Carolina levantou a cabeça e nossos olhos se encontraram, naquele momento senti a esperança de ser correspondido pulsar em mim... Vi algo em sua expressão que me deixou otimista de que nossos sentimentos eram recíprocos.

Aquela noite não terminou como eu queria e hoje eu agradeço por isso, mas a dúvida de que ela sentia algo por mim permaneceu até hoje.

Ainda com esses pensamentos na cabeça, chego em casa onde encontro meus pais conversando na sala. Os mesmos param a conversa assim que me vêem adentrar o local.

—Então filho... gostou da surpresa? —pergunta minha mãe enquanto me sento no  sofá de frente para eles.

—Você realmente me surpreendeu, não esperava por isso. Mas foi uma boa surpresa, aliás, uma ótima surpresa, obrigado por isso.

—Você não tem que agradecer, querido. Foi muito bom receber uma moça tão agradável quanto ela. Só quero saber quando você irá pedi-la em namoro...

—Mãe! —reviro os olhos.

—Erick, você mesmo ouviu ela dizendo que está solteira, o que está faltando para você tomar uma atitude? —Olho para meu pai suplicando por ajuda.

—Se minha opinião está valendo, também gostei da moça e acho que ela seria uma ótima parceira.

—Até você, pai? —afundo ainda mais no sofá.

—Querido... se você a ama, não acha que deveria fazer algo a respeito?

—Como você sabe disso? Quer dizer, de onde tirou isso?