Erick narrando:
Acordo umas 6:30 da manhã e me sento na cama ainda um pouco grogue. Agora totalmente desperto, olho em volta soltando um suspiro.
Não faz nem três dias direito que Carolina viajou e eu já sinto falta dela, é como se ela fizesse parte da minha rotina. Dobro os jeolhos e faço minha oração matinal de todos os dias, depois leio alguns capítulos da bíblia e vou para o banheiro logo a seguir.
Depois de já arrumado, desço as escadas indo em direção à cozinha, onde encontro Maria preparando o café da manhã.
—Bom dia, Maria. —Cumprimento enquanto vou até a geladeira e me sirvo de um pouco de suco que está pronto.
—Bom dia. —Responde seguindo meus passos com os olhos.
Corto uma fatia de bolo e começo a comer sentado em uma cadeira do balcão.
—Pra quê toda essa pressa? Não vai tomar café da manhã com seus pais? —Questiona curiosa.
—Preciso ir em um lugar hoje cedo resolver um assunto, quando chegar te explico. —Ela assente sem muito o que fazer. —Peço que avise meus pais sobre minha saída, por favor.
—Tudo bem, só estou ansiosa para saber do que se trata esse assunto.
—Você logo vai saber, prometo. —Dou um beijo em sua bochecha e saio me despedindo.
Pego o carro na garagem e dirijo até a igreja determinado a sair de lá com alguma resposta ou decisão.
Quando finalmente chego ao meu destino, entro no grande templo e sigo diretamente para o lugar que conheço tão bem e que já visitei tantas vezes, o escritório do pastor.
Bato duas vezes na porta e espero por alguma resposta, no mesmo instante ouço a voz do pastor autorizando minha entrada.
—Com licença. —Digo entrando na sala e ele me olha com um sorriso simpático.
—Ora, mas que surpresa boa! Já faz um tempo que não tenho uma de suas visitas, filho.
—É, eu estive meio ocupado com o fim do semestre, mas isso não justifica nada. —Ele faz sinal com uma de suas mãos para que eu sente e assim eu faço ficando de frente para ele.
—Então, a que devo a sua presença? —Pergunta com as mãos cruzadas apoiadas na mesa presente entre nós.
—Bom... a verdade é que estou confuso quanto a uma confirmação que pedi a Deus. —Começo um pouco hesitante enquanto tento encontrar as palavras certas para contar o que tanto me aflige.
—E do que se trata? —Respiro fundo resolvendo ir direto ao ponto.
—Um dia eu vim até aqui e pedi conselhos ao senhor sobre os sentimentos que tenho por uma garota. —Ele assente. —Essa garota é a Carolina e o que sinto por ela só aumenta a cada dia. A questão é que até agora, mesmo depois de tanto tempo, ainda não sei qual a resposta de Deus em relação a isso.
—Você seguiu meus conselhos? —Aceno com a cabeça afirmativamente.
—Todos eles. Fiz tudo o que me aconselhou, observei como ela trata as pessoas, a forma como se empenha em buscar ser melhor todos os dias, suas qualidades e defeitos, o ato de colocar Deus como prioridade sempre... Eu não tenho dúvidas do meu amor por ela, e por mais que eu tente não ser precipitado, estou começando a me preocupar de que nunca receba uma resposta ou talvez já tenha recebido e não consigo enxergá-la.
O pastor ouve todo o meu relato em silêncio e só quando termino se pronuncia.
—Erick, se você tem orado por tanto tempo e esse sentimento que tem por ela não mudou, se mesmo conhecendo o caráter dela seu amor não alterou e se você se vê casado e feliz com esta mulher, então talvez Deus já tenha respondido sua oração.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O propósito do Amor
EspiritualSinopse Carolina Monteiro, uma jovem que está ingressando na faculdade, tem a fé como a sua principal arma contra os obstáculos e desafios da vida. Doce, gentil e bondosa, mais ainda assim determinada, tem um lema que diz: "Ser cada dia mais parecid...