Cap. 13

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Uma hora depois do almoço Yuta tocou a campainha da casa de seu irmão com Shotaro em seu colo, a porta foi atendida no segundo toque por Taeil.

_ Oi, Tae. Cadê o meu irmão? - Perguntou ao entrar na casa sem pedir licença.

_ Ele estava passando mal então eu falei pra ele ir descansar um pouco. - Indagou Taeil ao fechar a porta atrás de si.

_ Passando mal?! Mas o que ele tem? - Yuta agora se via preocupado.

_ Estresse, nervosismo. - Respondeu Taeil o que já era de se imaginar.

_ Ele tava passando mal por estresse?! - Questionou surpresa, balançando sua cabeça em negação. _ Não é possível, Taeil.

_ É possível, sim. O Doyoung fala que não é, mas é sim. Uma hora ou outra ele iria acabar desencadeando algum problema ou infartar de vez, não é novidade pra ninguém isso.

_ Temos um problema. - Preocupado, Yuta agora recebia o acentir de Taeil na qual concordava consigo. _ E ele foi descansar mesmo?

_ Ele não queria ir, mas no final acabou indo. Teve que ir.

_ Eu iria falar com ele agora, mas acho melhor deixar ele descansando.

_ Também acho melhor. - Indagou concordando com seu cunhado, tendo seus braços cruzados.

_ Vou sair agora, você poderia cuidar do Taro até o Dodô acordar?

_ Sem problemas.. - Taeil pegou Shotaro em seus braços já o ninando. _ Você vai me ajudar a fazer um bolo, não é?

_ De chocolate. - Shotaro amava bolo de chocolate, sempre era sua primeira opção se tivesse que escolher um sabor.

_ De chocolate sim, e com muita calda. - Taeil pôde ver o mais novo abrir um riso ansioso em seu rosto.

_ Cadê o Nana? - Perguntou Yuta atraindo novamente as atenções novamente.

_ Tá no quarto. Quando ele viu o Doyoung passar mal ele começou a chorar porque ficou assustado, coitadinho.

_ Então a coisa foi feia. - Yuta por sua vez já imaginava o pior ao ver Taeil acentir para si.

_ Ele começou a respirar ofegante porque estava com falta de ar, estava tremendo. Fiquei com muito medo também.

_ E porque ninguém me ligou? - Questionou o japonês se desesperando só por imaginar tal situação.

_ Foi a uns cinco minutos atrás.

_ Entendo.. - Yuta por sua vez agora se via pensativo sobre o que faria. _ Eu acho que vou ligar pro papai e contar isso, ele vai ter que vir pra Coréia pra conversar com o Doyoung.

_ Liga sim, alguma coisa tem que ser feita porque ele com os próprios pés não quer saber de procurar ajuda. Ele fala que está bem.

_ O cú dele. - Yuta olhou rapidamente as horas em seu seu relógio de pulso. _ Taeil, agora eu preciso ir se não vou acabar me atrasando. Mais tarde vou ligar pro meu pai. Só não ligo agora porque se não ele vai querer ligar pro Doyoung pra falar um monte e isso vai deixar ele mais irritado.

_ É o certo a fazer, ele agora precisa descansar.

_ Certo. - Yuta se aproximou de Shotaro no colo do mais velho e lhe deu um beijo em seu rosto. _ Se comporta, tá? - Shotaro apenas acentiu. _ Obrigado por cuidar dele, Taeil. Se o Doyoung perguntar onde eu fui, diz que sai com os meus amigos.

_ Você tem amigos? - Questionou Taeil frangindo suas sobrancelhas num ato confuso.

_ Como assim?! - Yuta claramente se sentiu ofendido com a pergunta alheia. _ Até você me perguntando isso?

_ É que eu nunca vi você com ninguém, imaginava que você fosse antissocial.

_ Mas é claro que tenho amigos. - Yuta deu de ombros ajeitando seus cabelos. _ Preciso ir, até mais tarde. Amo vocês.

_ Amamos você.. - Taeil se voltou para Shotaro em seu colo. _ Dá tchau pra ele, Taro.

Shotaro deu um tchauzinho para seu irmão e ao vê-lo jogar um beijo em sua direção, agora ia com Taeil até a cozinha daquela casa começar com a preparação do bolo de chocolate. No encontro com Johnny, Yuta chegou em questão de vinte minutinhos. O dia não estava ensolarado, mas isso não os impedia de curtir uma tarde no parque de diversões que por sinal estava bastante cheio aquele domingo.

_ Demorei muito? - Questionou já deixando um rápido beijo nos lábios do americano. _ Desculpa te fazer esperar.

_ Não demorou nadinha, você chegou em cima do horário. Tá bem?

_ Preocupado, mas bem. - Yuta por sua vez agora segurava na mão do americano, caminhando lado a lado do mesmo em direção a entrada daquele parque.

_ Preocupado com o quê, meu bem? - Johnny se via curioso pra saber o que andava preocupando o japonês, talvez pudesse o ajudá-lo.

_ O Taeil disse que o Doyoung passou mal por conta do estresse dele. - Yuta viu o americano arregalar seus olhos se mostrando surpreso com o que havia dito. _ Eu estou com medo disso, Johnny..

_ Não só eu, mas todos a volta do Doyoung orienta ele a procurar uma ajuda psicólogica ou até psiquiátrica, mas quanto mais fala, mais irritado ele fica. Eu acho que chegou o momento de levar ele a força, é pro bem dele.

_ Depois daqui eu vou ligar pro meu pai, ele é o único que o Doyoung escuta. - Sobre isso, Yuta ainda se via muito pensativo, mas sabia que ligar para seu pai era o certo a se fazer.

_ Carai. - Johnny se mostrava impressionado, pois não imaginária que Doyoung escutasse de fato alguém. _ Ele tem medo do seu pai?

_ Não é medo, é mais temor, respeito pelo nosso pai.. - Explicou Yuta brevemente. _ Então o Doyoung obedece em tudo e sem responder.

_ Acho que seu pai deveria vir pra Coréia. - O americano agora recebia o acentir alheio.

_ Também acho. Bom, mas mudando um pouco de assunto.. - Indagou abrindo um riso frouxo. _ Você tá lindo hoje.

_ Ah para, vai?! - Envergonhado, Johnny deu um tapinha no braço do japonês. E Yuta amava aquela reação pois considerava difícil deixar Johnny envergonhado. _ Eu perto de você to parecendo um mudrungo feio.

_ Não tá nada, para. Qual brinquedo vamos ir primeiro, já sabe? - Yuta já dentro do parque olhava a sua volta.

_ Primeiro eu queria te fazer uma pergunta importante, tô bem ansioso e se eu não perguntar agora que estou com coragem, eu não vou perguntar mais.

_ Tá.. - Yuta se virou totalmente na direção do americano sentindo que aquela pergunta se trarava de algo sério. _ O quê você quer me perguntar?

_ Eu sei que tem dois dias e algumas horas que nos conhecemos, mas eu sou o tipo de pessoa que me apaixona e cria espectativas, ilusões muito rápido, Yuta. - Johnny agora segurava as mãos do japonês, olhava fundo em seus olhos. _ Não consigo parar de pensar em você, até nos meus sonhos você está lá. Eu sei, é meio estranho mesmo porque a gente acabou de se conhecer, mas eu juro que já me sinto tão apegado a você, até parece que te conheço a anos. O seu sorriso é a coisa mais linda que já vi em minha vida inteira e é sem exagero. Quando você sorri derrepente a atmosfera fica mais leve e em pause, como se tivesse apenas eu e você e nada mais importasse. Fico até besta, sem palavras pra dizer o quanto te quero. - De dentro do bolso de sua calça Johnny retirou uma aliança de ouro branco, na qual chamava a atenção pelo brilho que a mesma portava. _ Yuta, você aceita ser o meu namorado?

O japonês olhava para Johnny com um doce riso em seu rosto, via que Johnny já usava a aliança que lhe pertencia. Yuta beijou os lábios do americano de forma inesperada e na sequência o abraçou fortemente.

_ Não se preocupe, você não é o único que se apaixona rápido aqui.. - Indagou soltando o americano de seus braços aos poucos e na sequência colocando a aliança que Johnny segurava sobre o seu dedo. _ Eu aceito ser o seu namorado.

Com um sorriso animado, mas muito apaixonado Johnny abraçava o japonês fortemente e sem sair dos braços do mesmo o beijava de forma intensa. Não sentiam vergonha alguma dos olhares de terceiros que recebiam, pois queriam mostrar ao mundo o quão felizes estavam aquela tarde.

YuMark - (Wave of colors)Onde histórias criam vida. Descubra agora