Cap. 49

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• Dia seguinte/ Segunda-feira •

Do outro lado do mundo mais especificamente em Chicago, Jisoo na qual era dona de casa e amava cuidar da mesma, saiu recolhendo as bagunças deixadas pelos cantos aleatórios de sua casa, logo entrando num quarto e soltando um ar pesado de seus pulmões.

_ Levanta já dessa cama, vai fazer alguma coisa. O sol está tão quente lá fora, querido. - Indagou recebendo o silêncio como resposta. _ Johnny, descobre essa cabeça. Eu estou falando com você.

_ Tia, eu não quero fazer nada. - Resmungou embaixo do cobertor. _ Me deixa aqui sozinho.

_ Não vou deixar. - Jisoo se aproximou da cama e puxou pelo cobertor rapidamente para que seu sobrinho não tivesse tempo de segurá-lo a tempo. _ Desde quando você chegou, você não sai de baixo desse cobertor.

_ Af, tia. - Reclamou se virando para o outro lado da cama, colocando o travesseiro sobre sua cabeça. _ Que saco.

_ Jisung tá animado com a sua chegada. Ele tá me enchendo o saco, me perguntando se deixo você ensinar ele andar de bicicleta.

_ Hmm. - Resmungou mantendo o travesseiro sobre sua cabeça.

_ Johnny! Se você não levantar dessa cama eu vou ligar pro seu pai e contar que você veio pra cá. - Ameaçou a mais velha de forma autoritária e decidida.

_ Não é justo. - Reclamou o americano se sentando sobre a cama num impulso. _ Não quero fazer nada, tia.

_ Você precisa comer e fazer alguma coisa. Você ficar só embaixo do cobertor chorando o dia todo não vai resolver metade dos seus problemas, sabia?

_ E saindo lá pra fora pra ensinar o Sung a andar de bicicleta vai resolver alguma coisa? - Johnny sabia que não, por isso não tinha ânimo pra nada.

_ Não vai, mas pelo menos vai tirar o foco pesado em que você tá vivendo, né?

_ Ain.. - Se deitou tendo em seu rosto uma carinha chorosa.

_ Vamos, levanta e troca essa roupa. - Indagou começando a dobrar o cobertor que havia tomado de seu sobrinho. _ Se quiser, lavo as roupas sujas pra você.

_ Tô depresivo, não quero nem tomar banho. - Johnny se mantinha deitada, por ele ficaria o dia todo naquela mesma posição.

_ Johnny. - Jisoo soltou novamente o ar de seus pulmões, tinha um filho de treze anos e falar com ele era bem mais fácil, comparado ao seu sobrinho.

Falar com Johnny era bem mais difícil e cansativo já que o mesmo não lhe obedecia.

_ Tia, ninguém entende a situação que eu me encontro. - Se mantendo deitado, Johnny se virou na direção da mais velha. _ Eu estou tão magoado que não sinto vontade de fazer nada, só ficar deitado e chorando o dia todo.

_ Johnny, deixa eu te contar uma coisinha sobre a minha vida. - Jisoo andou até a janela daquele quarto e a abriu fazendo com que a luz entrasse naquele cômodo e Johnny novamente colocar o travesseiro sobre sua cabeça. _ Quando sua mãe e eu éramos novinhas, ela começou a gostar de um rapaz e pasme, eu também me interessei pelo carinha que ela gostava. - Indagou puxando o travesseiro sobre a cabeça do mais novo. _ Brigamos muito por ele, ela chorava sempre, eu também, mas ela lutou até o fim pra ficar com esse rapaz que ela gostava.

_ Pelo visto não durou muito, né?! Porquê depois ela ficou com o meu pai.

_ Então, deve ser porquê esse rapaz que eu estou falando é o seu pai.

_ Dois de dez pela fic. - Johnny agora a olhava com uma carinha séria, era como se estivesse processando tudo que a mais velha havia dito. _ Faltou desenvolvimento dos personagens, mais drama, e o desenrolar das brigas, mas fora isso a fic é otima tia.

_ Eu não sei o que é uma fic, mas a história é cem por cento verídica. - Acentia com veracidade. _ Seu pai pode te confirmar ela a qualquer momento que você quiser perguntar pra ele.

_ Ai, meu Deus.. - Johnny enfim acreditou nas palavras alheias, desde que se entendia por gente, nunca viu sua tia mentir em algo.

_ Mais de quinze anos depois a história se repetiu novamente com você e com o seu irmão, então posso dizer que sim, eu sei bem o que você está passando, está sentindo, assim como sei como o Mark também está sentindo. Eu estive no lugar dele. - Apontava para si mesmo. _ Mas o quê eu quero dizer é.. Se você ama mesmo esse rapaz, você deve voltar e lutar por ele, meu amor, assim como sua mãe também lutou pra ficar com o seu pai.

_ E se eu não conseguir? - Num surto de bipolaridade Johnny começou a chorar, se sentia inferior demais, tendo quase certeza que não conseguiria ter Yuta como seu namorado outra vez.

_ Você segue sua vida, assim como eu. Hoje sou casada e tenho um lindo filho. Se você não conseguir, não se preocupe, você vai achar quem realmente é pra você. A tampa da sua panela, como dizem os mais antigos. - Sorriu frouxo ao lembrar de tal bordão.

_ Você é tão fofa.. - Johnny passou a chorar mais alto. _ Me dá vontade de chorar mais.

_ Ah, pelo amor de Deus, Johnny. - Jisoo entendia a bipolaridade de seu sobrinho muito bem, mas no momento não queria o ver chorar. _ Não te contei essas coisas pra chorar mais.

_ Posso ficar só mais meia horinha chorando?! - Perguntou aos prantos. _ Eu prometo ajudar o Sung.

_ Táaa.. - Jisoo deu meia volta e indo em direção a saída daquele quarto. _ Desde que não passe mais tempo que isso no quarto, você pode.

YuMark - (Wave of colors)Onde histórias criam vida. Descubra agora