YuMark - (Wave of colors)

Cap. 82

• Dia seguinte/ Domingo •

O dia seguinte se iniciou e a esposa de Yuto o via arrumar tudo na nova casa de uma forma mais ansiosa. Havia sido assim o dia todo e por mais que lhe perguntasse o motivo de tanta animação, o japonês sempre lhe respondia que a mudança estava lhe deixando animado, afinal de contas, estava se mudando para mais próximo de seus filhos. O celular de Yuto tocou e ao ver de quem se tratava, saiu porta a fora de sua nova casa para atender a ligação mais a vontade.

📲 _ Yuto?

_ Oi, Minseok. Tudo bem?

📲 _ Muito bem, obrigado. E você, como vai?

_ Ótimo. Melhor impossível.

📲 _ Ah, que bom. Eu só liguei mesmo pra confirmar minha presença no jantar essa noite.

_ Já estava achando que você tinha esquecido do meu convite.

📲 _ Não, jamais. Eu só precisava mesmo de um tempo pra pensar sobre, porque como te expliquei na Sexta-feira, o Mark e o Johnny não estão tendo mais uma boa relação por conta que os dois gostam do Yuta e eu precisava pensar como eu faria pra manter os dois em paz e comportados na sua casa.

_ E você achou uma solução?

📲 _ Ainda não, mas eu chamei o Johnny pra vir comigo e com o Mark no jantar, e ele negou sem nem me deixar terminar de falar. Eu vou insistir com ele, se ele não quiser vir não tem muito o que ser feito.

_ É uma pena ele não querer vir, meu filho Doyoung e o Taeil estão com saudades dele, mas é compreensível.

📲 _ Sim. Bom, eu não quero incomodar mais. Só liguei mesmo pra confirmar a minha presença essa noite.

_ Que isso, você não incomoda. Não se preocupe com isso.

📲 _ Gentileza sua, mas obrigado. Tenho que desligar agora, estou terminando de passar umas roupas que o Mark recolheu do varal e se eu não terminar isso agora, depois eu fico com preguiça.

_ Sem problemas. Até mais tarde, então.

📲 _ Tchau, até.

_ Estava falando com o Minseok no telefone? - Yuto ao ouvir sua mulher falando consigo, se virou para trás a vendo de braços cruzados encostada no batente da porta de entrada.

_ Sim. Ele me ligou pra confirmar a presença dele essa noite. - Indagou guardando o celular no bolso de sua calça.

_ E porquê você saiu pra fora pra falar no telefone? - Questionou a mulher se mostrando um tanto desconfiada.

_ Ué?! Porquê eu quis sair, querida. - Yuto lhe deu um beijo em sua testa e em sequência entrou para dentro da casa. _ Vamos terminar de arrumar as coisas. Vem.

As horas foram se passando e próximo das sete da noite, Minseok já arrumado pra sair passou no quarto de seu filho Johnny o vendo atento a algo em que digitava rapidamente em seu celular.

_ Filho! Estamos saindo. Tem certeza que não quer mesmo ir com a gente?

_ Para de insistir, pai. - Indagou com sua voz embargada de choro, se via cansado por tanta insistência do mais velho que durou a tarde inteira. _ Eu não quero sentar na mesma mesa em que o Yuta e o Mark vão sentar. Você quer o meu mal mesmo, não é possível.

_ Não precisa chorar, filho. Eu não quero nunca o seu mal nunca, você sabe disso. - Apontava para si mesmo. _ Eu só quero que você saia um pouco desse quarto e socialize, os seus amigos vão estar lá também, Johnny. Você está resumindo esse jantar somente ao Mark e ao Yuta e está se esquecendo que vai ter outras pessoas lá também além deles dois.

_ Eu não quero ir. Por favor, para de insistir. - Choroso, Johnny enterrou seu rosto molhado de lágrimas em seu travesseiro.

_ Tá bom, meu amor. - Minseok se aproximou do mesmo e lhe deixou três beijos sobre seus cabelos. _ Não precisa chorar. Eu estou saindo. Seus tios também não quiseram ir, então eles vão estar aqui se caso você precisar de alguma coisa. Tchau, eu te amo.

_ Te amo. - Johnny mantinha seu rosto contra o travesseiro, tenho um tom choroso e abafado em sua voz.

Minseok respirou profundamente antes de dar meia volta e sair porta a fora daquele quarto. Assim que a porta foi fechada novamente, Johnny não mais choroso, mas sim com uma carinha fechada, se sentou sobre sua cama e encarando a porta, agora enxugava as lágrimas do rosto num modo friamente calculista.