Cap. 117

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As horas foram se passando e após Yuto dar banho em seu filho caçula e passar no mesmo um remédio de coceira, decidiu que era a hora de ir ver do que se tratava os três pontinhos vermelhos no pescoço de Doyoung na qual Yuta havia lhe falado.

_ Será que você consegue olhar o nosso filho uns minutinhos enquanto vou na casa do Doyoung rapidinho?

_ Eu estou ocupada limpando a casa. - Indagou a anfitriã dando uma pausa na limpeza de alguns móveis na sala de estar.

_ É coisa rápida. - Yuto olhou as horas em seu celular o guardando novamente no bolso de sua calça. _ Vou ver se o Doyoung pegou catapora e já volto.

_ Eu fico, mas se ele perceber que você saiu ele vai começar a fazer birra comigo. Você sabe como o Shotaro é.

_ Ele está intretido pintando agora, ele nem vai perceber.

_ Tá bom. - Deixou seu pano de limpeza sobre sobre a estante. _ Vou ver como ele está.

Yuto então foi até a saída de sua casa na intenção de ir ver como Doyoung estava, se aquilo em seu pescoço era catapora ou não. Já a anfitriã da casa foi até o quarto de Shotaro o vendo deitado de bruços sobre o chão com um caderno de pinturas, pintando com bastante atenção o desenho a sua frente.

_ Filho, no chão não. É sujo. - Ao pegar Shotaro em seu colo o colocou dentro do berço com o caderno de pintura e seus lápis de cor.

_ O papai não gosta que eu fique aqui. - Indagou olhando o mais novo retirando a chupeta de sua boca.

_ O papai é cismado, não tem problema nenhum nesse berço. Fica ai pintando, já volto pra ver o que você está fazendo. - Indagou a mais velha dando meia volta e saindo daquele quarto.

Shotaro então deu de ombros e continuou pintando dentro do berço mesmo, já sua mãe continuou na limpeza de sua casa. Os minutos foram se passando e tudo estava silencioso demais, algo que não foi notado pela esposa de Yuto na qual estava concentrada na limpeza. Quase meia hora depois Shotaro parou de pintar e agora olhava para a saída de seu quarto, num impulso se colocou de pé sobre o colchão e jogando seu caderno de pinturas e estojo pra fora do berço, agora tentava escalar as grades para se ver livre daquele cercado.

_ Cadê o Shotaro? - Questionou Yuto ao chegar na cozinha, vendo que sua esposa estava limpando aquele cômodo.

_ Coloquei ele no ber- - Antes de completar o que dizia, ambos puderam ouvir um grito e logo após um choro extremamente alto.

Yuto e sua esposa desesperados correram para o quarto do mais novo o encontrando caído ao chão com um inchaço grande e roxo em sua testa.

_ EU FALEI QUE ELE IRIA CAIR. - Yuto então correu para acudir o pequeno e o acalmar em seus braços, mas o estrago já estava feito.

_ De tanto você falar que ele iria cair, ele acabou caindo mesmo. Parece até que foi praga. - Trêmula pelo que havia acontecido, a anfitriã agora tentava tocar em seu filho choroso no braços de Yuto, mas o mesmo não deixava o mais novo ser tocado.

_ É O MEU FILHO, SUA IMUNDA. EU NUNCA VOU PRAGUEJAR ELE. FICOU MALUCA? - E novamente Yuto empurrou as mãos de sua esposa para longe de Shotaro na qual chorava com seu rosto enterrado sobre seu peito. _ TIRA A MÃO DELE.

_ Eu preciso ver o machucado na testa dele pra mim poder falar com o pediatra no telefone, Yuto. - Indagou se mostrando desesperada por não conseguir nem ao menos tocar em seu filho.

Tentou por mais uma vez, mas o japonês extremamente irritado continuava a afastar suas mãos para longe de Shotaro.

_ TIRA A MÃO DELE, PORRA. - Yuto não poupava em seus gritos, já podia ouvir Shotaro soluçar em meio ao seu choro alto.

_ Para de gritar escandaloso. Tá deixando o nosso filho mais assustado assim, Yuto. Assim o Shotaro não vai parar nunca de chorar. - Na real a anfitriã sentia vontade de chorar também pois vendo seu filho chorando por ter se machucado e Yuto não lhe deixando nem ao menos tocá-lo a deixava sensível.

_ MEU. O Shotaro é só MEU. - Yuto se levantou do chão com Shotaro bastante choroso em seus braços e pegando o cobertor e a chupeta do mesmo, saiu porta a fora daquele quarto sendo ele seguido por sua esposa. _ Eu te avisei que ele iria cair dessa porra desse berço, você ter me ignorado só me faz te odiar mais. Eu vou levar ele ao pediatra agora, na volta eu vou ligar pro nosso advogado pra ele trazer os papéis do divórcio ainda hoje. Eu simplesmente cansei de você.

_ Não vamos nos divorciar por isso, Yuto. - Se fosse preciso a anfitriã lutaria por seu casamento.

_ Nós vamos. - Ao sair porta a fora de sua casa novamente, destravou seu carro colocando Shotaro choroso na cadeirinha que ficava no banco de trás. _ Se você não assinar a porra do divórcio, eu vou te processar.

_ Você não sabe o que está falando.

_ Vai pegar os documentos dele, vai. Sai da minha frente, porra. - Yuto atento prendia o mais novo nos cintos de segurança.

_ Não precisa agir dessa forma. - Indagou tendo em sua voz um tom embargado de choro.

_ Olha pra testa do meu filho, inferno. Você quer que eu aja como com você?! É tudo sua culpa. Eu pedi pra você olhar ele e nem isso você foi capaz de fazer.

_ Eu vou buscar os documentos dele. - Não tendo o que dizer, a anfitriã apenas saiu chorando para dentro da casa novamente atrás dos documentos do mais novo.

_ Deixa o papai ver, amor. - Yuto agora olhava para a testa de Shotaro na qual ainda chorava por sentir muita dor em sua cabeça. _ Tadinho. Deve estar doendo muito.

_ T-tá.. - Disse Shotaro choroso em meia a soluços.

_ Vai parar de doer, amor. Vou te levar no pediatra, tá?! - Yuto agora ajeitava o cobertor do mais novo sobre o corpo do mesmo.

_ Toma aqui. - Yuto deu um beijo no rosto de Shotaro e na sequência saiu do carro pegando em mãos os documentos do mesmo. _ Deixa eu ver a testa dele, você nem me deixou ver. - Ao ver seu marido fechar a porta de trás do carro, o viu abrir a porta do motorista e entrar outra vez dentro do carro. _ Yuto, não precisa disso.

Sendo ignorada, Yuto então partiu as pressas para um hospital pediátrico mais próximo.

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Pra quem imagina como deve ser um berço com grades altas, o do Taro é mais ou menos assim: https://pin.it/Cme9uJt

YuMark - (Wave of colors)Onde histórias criam vida. Descubra agora