Cap. 103

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_ Ótimo escolha, meu bem. - Indagou Johnny ao se desvencilharem do beijo, arrancando um riso envergonhado do tailandês. _ Vamos almoçar?

A não muito longe Yuto resolveu passar na casa de seu filho Doyoung pra saber como andava a febre de seu neto Jaemin.

_ Da febre ele já está bem melhor, Yuto. Mas em compensação ele já começou a se coçar. - Resumiu Taeil o que andava se passando dentro de sua casa.

_ Você já pegou catapora alguma vez na vida, né?

_ Sim.. - Taeil pode ouvir o mais velho suspirar aliviado. _ Vou poder ajudar a cuidar do Nana tranquilo.

_ O problema é que o Doyoung nunca pegou, Taeil. Eu estou com medo por ele. - Yuto se mostrava visivelmente preocupado. _ Estava lendo sobre catapora e vi que em adultos é mais perigosa porque o sistema imunológico já está totalmente formado nessa fase da vida.  Ele pode ter alguma complicação, pegando outras doenças.

_ Agora até eu fiquei com medo. - Taeil por agora se colocou a pensar por alguns segundos. _ Mas no momento não tem muito o quê fazer. O Doyoung não vai deixar de cuidar do Jaemin.

_ Eu estava pensando em levar o Nana pra minha casa e cuidar dele e do Shotaro lá. - Na cabeça do mais velho era uma ótima idéia.

_ Seria muito trabalhoso, não queremos incomodar, embora o Nana seja o seu neto.

_ Incômodo nenhum, eu só quero preservar o meu filho de contrair a catapora também. - Yuto naquele momento pensava na saúde de Doyoung em primeiro lugar o resto para si era apenas consequência.

_ Vou chamar o Doyoung lá no quarto e ai você resolve com ele, fica a vontade.

_ Obrigado. - Sem mais Yuto viu Taeil ir em direção aos quartos daquela casa, mas logo se atentou a seu celular na qual tocava no bolso de seu blazer. _ Que foi? ... Se ele tá chorando é só pegar ele no colo, né?! Qual é a dificuldade? ... Ah, ele não quer ir com você. ... Hã. ... Estou na casa do Doyoung. ... Óbvio que não. Já basta o Jaemin com catapora. Se trazer o Shotaro aqui, ele pode pode passar pro irmão dele. ... Se depender de mim o Doyoung não vai pegar catapora. ... Posso e vou proteger ele sim, fica só vendo. ... Ai, tá. Você me ligou só pra dizer que o Shotaro estava chorando?! Se for só por isso eu vou desligar. Jajá estou indo pra casa. ... Tá, mas não estou com pressa. ... Tchau.

_ Oi, papai. - Doyoung chegou na sala de estar deixando dois beijos sobre a bochecha do mais velho. _ Vocês já estão brigando?

_ Ela me estressa de mais. - Indagou guardando novamente seu celular no bolso. _ Filho, eu quero cuidar do Jaemin lá em casa junto com o seu irmão.

_ Porquê?! - Doyoung se sentou todo largado sobre o sofá. _ Eu estou sabendo cuidar do Jaemin. Sabia?!

_ Você nunca pegou catapora, Doyoung. Eu estou com medo disso.

_ Mas eu não. - Doyoung diferente de seu pai, se mostrava tranquilo. _ Se eu pegar, peguei.

_ A catapora em adultos é mais perigosa, filho. Entenda minha preocupação, eu tenho medo por você. - O japonês mantinha sua preocupação.

_ Você não pode me proteger pra sempre, pai. - Doyoung ainda largado sobre o sofá, agora olhava algumas coisas aleatórias em suas redes sociais.

_ Porquê todo mundo me fala isso?! Claro que eu posso e VOU te proteger pra sempre. - Yuto se mostrava disposto.

O mais velho era daqueles que se pudesse abrir mão de sua própria vida unicamente para ver seus filhos bem, ele não pensaria duas vezes.

_ Pai! - Doyoung deixando seu celular de lado, logo se voltou para o mais velho em pé ao lado do sofá. _ Eu tenho a imunidade baixa, uma hora ou outra eu vou ficar doente. Essas coisas não tá nas nossas mãos, pode acontecer.

_ Eu vou levar o Jaemin e ponto final. - Se mostrou decidido.

_ Tá. - E Doyoung por sua vez não via outra alternativa a não ser ceder, entendia que seu bem estar era importante, talvez até mais para seu pai que sempre lhe cuidou muito bem.

_ Não vai lá pra casa essa semana. Por favor, filho. - Pediu esperando que seu primogênito fizesse a coisa certa.

_ Táaa, pai. - Se mostrava um tanto de saco cheio daquela conversa. _ Cadê o Yuta?

_ Vou passar na casa dele jajá. Tô sentindo que ele perdeu meu cartão.

_ Engraçado que você nunca deixou seu cartão comigo, já com o Yuta, né?! - Ironizando, Doyoung voltou sua atenção para seu celular em mãos. _ Não tô entendendo esse seu favoritismo na cara dura.

_ Doyoung, não fala o quê você não sabe. - Yuto não estava muito afim de explicar o porque seu cartão estava com Yuta, mas para que não ouvesse desentendimentos entre ambos irmãos, preferiu explicar tudo brevemente. _ Meu cartão estava com o seu irmão desde quando ele pegou escondido pra pagar a cirurgia do ex dele, na qual o SENHOR fez o favor de constribuir. Eu tinha me esquecido totalmente que ele estava com o cartão, me lembrei hoje.

_ Hm, tá. - Deu de ombros não comprando muito a desculpa que seu pai havia usado. _ Compra algum remédio pra aliviar as coceiras do seu neto.

_ Você tem dinheiro? - Questionou o mais velho se mostrando curioso.

_ Tenho. - Respondeu Doyoung sem demora  mantendo seus olhos sobre a tela de seu celular.

_ Pronto, ai.. - Yuto atraiu a atenção de seu filho novamente. _ Compra você o remédio.

_ Eu iria comprar, mas você quer cuidar dele na sua casa. Então nada mais justo do que você comprar. - Na cabeça de Doyoung aquilo fazia total sentido.

_ Meu plano de vida era ter filhos que me ajudassem a ganhar dinheiro pra família, não filhos que gastam toda hora o meu dinheiro. - Indagou um tanto frustrado com a realidade em que vivia.

_ Você acabou de falar que o dinheiro é pra família. - O mais novo lembrou do fato.

_ Quem está trabalhando pra isso? - Questionou o homem deixando seu filho um tanto confuso.

_ Você. - Doyoung respondeu, mas não tinha muito certeza da resposta.

_ Perfeito. - Ajeitando seu blazer sobre seu corpo, Yuto agora caminhava em direção ao corredor dos quartos daquela casa. _ Por tanto, o dinheiro é só meu.

_ Iludido. - Falou Doyoung consigo mesmo aos susurros.

_ Não escutei. - Yuto se virou na direção do mais novo com suas sobrancelhas frangidas. _ Repete?

_ Eu disse que odeio churros. - Claro, Doyoung mesmo sendo um homem de trinta, casado e com um filho, tinha sim medo de apanhar de seu pai. Ainda tinha muito temor e respeito pelo mais velho.

_ Acho bom ter sido mesmo. - Sem mais, Yuto se voltou para o corredor dos quartos. _ Já volto aqui.

YuMark - (Wave of colors)Onde histórias criam vida. Descubra agora