• Dia Seguinte/ Sexta-feira •
Que longos três mêses se passaram isso era fato, mas Johnny estava começando a sentir falta de sua família. Morar sozinho era surreal, era perfeito demais ter as suas coisas, as suas bagunças, as suas próprias regras e horários, mas mais do que isso, era ter seu pai pegando em seu pé vinte e quatro horas do dia por coisas mínimas como por exemplo: Não deixar toalha molhada sobre a cama, louça acumulada sobre a pia e por ai vai.
Sem seu pai por perto, Johnny muitas vezes tinha que trocar os lençóis de sua cama por ter esquecido a toalha molhada sobre a mesma, e sobre a louça, como vivia com preguiça pra lavar, um acúmulo de louça sempre surgia o que as vezes lhe deixava sem uma louça limpa pra comer algo. Mas hoje era uma dia diferente, hoje Johnny estava regressando a casa de sua família. Não se desfaria do apartamento que conquistou com a ajuda de seus avós, mas por enquanto ela seria o seu refúgio de dias mals.
_ Gata.. - Johnny chegou na casa de seu pai atraindo a atenção de Suho na qual lia um livro sentado sobre o sofá. _ Seu pai é eletricista?
_ Sim. - Suho fechou seu livro e se levantou para receber seu sobrinho.
_ Não estraga a cantada, tio.. - Johnny deu um leve tapinha sobre o braço de seu tio antes de ter ser abraçado pelo mesmo. _ Eu vou te perguntar de novo.
_ Não. - Suho o mantinha em seu abraço bem apertadinho. _ Que saudade que eu estava dessas suas cantadas de pedreiro.
_ Gata, que perfume é esse que você passa que fica com cheiro de amor da minha vida? - Animado, Johnny arrancou um riso de seu tio.
_ Besta. - Indagou lhe dando um tapinha em seu braço, fechando a porta da casa logo após. _ Você tá com mala. Veio pra ficar?
_ Sim, tio. Papai tá em casa? - Perguntou olhando a sua volta.
_ Estão todo mundo em casa. Vai lá falar com o Min, ele tá no escritório dele.
_ Vou. Deixa eu só levar essa minha mala pro quarto. - Quando pensou em sair puxando sua mala, Suho segurou a mesma.
_ Eu levo pra você, amor. - O mais velho se mostrava disposto a ajudar seu sobrinho naquele momento. _ Pode ir lá. O Min vai ficar muito feliz por te ver.
_ Táaa. - Revirando seus olhos, Johnny sorriu. _ Eu vou. - E então foi.
Pra chegar até o escritório de Minseok, Johnny tinha que passar em frente a seu quarto e logo em seguida pelo quarto de seu irmão Mark. Sem olhar para os lados o americano então passou de cabeça erguida, mas a passos apressados.
_ Johnny?! - Mark não deixou de perceber a presença de seu irmão passar direto por seu quarto na qual estava com a porta entre aberta.
_ Gata. - Johnny colocando metade de seu corpo sobre a entrada do escritório de seu pai, atraiu a atenção e o sorriso animado do mesmo. _ Seu pai mexe com coisas de eletricidade?
_ Mexe. - Minseok largou tudo o que fazia na mesma hora e se levantou de sua cadeira indo em direção a seu filho mais velho com seus braços apertos, prontos para abraçá-lo
_ Af, que sem graça. - Indagou agora sendo abraçado por seu pai, podendo matar a saudade que havia sentido do mesmo também. _ O vovô é enxerido também. Ele não tinha nada que ter essa profissão. Ele estraga todas as minhas cantadas sobre eletricidade nessa merda. - Ao se desvencilharem do abraço, Johnny recebeu de seu pai um tapinha em sua boca pela forma como havia falado.
_ Finalmente você voltou, meu filho. - Minseok se mostrava animado, mantendo a todo momento seu riso enorme na direção alheia. _ Que saudade.
_ Que você não sentiu, né?! - O americano fez questão de corrigir seu pai. _ O preferido não sou eu.
_ Não começa Johnny. - Pediu Minseok. Tudo o que o mais velho menos queria era um novo desentendimento agora que Johnny havia voltado.
_ Não começo, papai. - Sim, até o americano queria evitar desentendimentos dessa vez.
_ Vem, senta aqui.. - Minseok animado, saiu puxando seu filho o colocando sentadinho sobre a cadeira a frente de sua mesa. _ O que tá achando sobre morar sozinho? - Questionou dando a volta sobre a mesa e se sentando sobre sua cadeira.
_ É surreal, sério. Mas sem você por perto acabo fazendo algumas coisas errado.. - Johnny tinha sobre si inteiramente a atenção de seu pai. _ Coisas que você costuma chamar minha atenção, me lembrar que estou fazendo errado, sabe?! Por isso eu voltei. Eu posso voltar, né?
_ Claro, meu amor. Que pergunta mais boba. Você pode tudo, filho. - E de fato, isso não era algo somente para Johnny como também para Mark. Assim pensava Minseok.
_ Ai, obrigado pai. - Levou a mão ao feito se mostrando um tanto aliviado. _ Tava com medinho de voltar porque eu saí de casa brigado com tudo mundo aqui. - Se ajeitando sobre a cadeira a frente da mesa de seu pai, Johnny logo mudou o assunto. _ E o Tio Hun, cadê?
_ Deve estar no banho. - Minseok não tinha certeza do fato. _ Ele inventou de colorir o cabelo, mas não deu muito certo. O cabelo dele é muito escuro, a cor que ele quis pintar não pegou. Só gastou dinheiro o trouxa.
_ Coitado. - Sorriu o mais novo de forma frouxo. _ Qual era a cor que ele queria pintar?
_ Era uma cor vinho escuro, bem escuro.
_ Se o vinho é escuro, talvez tenha pegado. - Na real, Johnny tinha quase certeza que a coloração de tal cor nos fios de cabelos de seu tio havia pegado. _ Quem sabe na frente de uma luz mais forte dê pra ver.
_ Pode ser.. - Indagou Minseok se mostrando pensativo sobre o que seu filho havia acabado de falar.
_ Johnny? - Chamou Mark da entrada daquele escritório, num tom suave na qual fez com que seu irmão se virasse para trás, se atentando a seu chamado.
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YuMark - (Wave of colors)
FanfictionOnde Mark Lee possuía uma condição genética que o impossibilitava de ver as cores ao seu redor, mas ao conhecer o namorado de seu irmão, seus dias cinzas passaram a ter cores. Conteúdo sensível como: Linguagem imprópria, violência e cenas +18. (Qua...