Magoado e cabisbaixo Johnny chegou dentro de meia hora em sua faculdade. Nos corredores do campus encontrou com seu amigo Taeil na qual reconheceu de longe sua feição tristonha. O mais velho já foi chegando e abraçando o americano na qual em seus braços deixou rolar o choro preso em sua garganta na qual vinha prendendo desde que havia saído de sua casa.
As horas foram se passando e com ela chegou o horário pra uma pausa dos alunos. Taeil e Johnny se encontravam no intervalo sempre no mesmo lugar. Era uma área verdejante com algumas árvores de frente para o prédio do campus. Ambos se sentaram sobre o gramado mesmo, embora tivesse alguns bancos por perto.
_ Credo. - Indagou Taeil abrindo sua latinha de refrigerante. _ Que manhã abafada.
_ Tá mesmo. - Johnny agora abanava seu rosto em seguida sua camisa afim de um ar mais fresco penetrar em seu corpo.
_ Voltando a falar sobre seus desentendimentos com Mark.. - Indagou passando a dividir sua latinha de refrigerante com o americano ao seu lado. _ Aceita ficar lá em casa por uns tempos, John. Só até você se sentir melhor de toda essa vibe negativa que você está passando por conta dele.
_ Não sei, Taeil. - Johnny por sua vez se mostrava pensativo sobre o que iria fazer mais pra frente. _ Não gosto de incomodar, amigo. Você sabe que as vezes eu fico sem graça com algumas coisas.
_ Para. - Pediu dando um tapinha sobre a coxa do americano. _ Somos melhores amigos. O Doyoung e o Nana iriam amar ter você lá em casa.
_ Conversa primeiro com o Dodô, se ele deixar, eu vou passar uns dias na sua casa. - Indagou na intenção de fazer tudo certinho para que não houvesse desentendimentos com Doyoung.
O conhecia bem e sabia que sua ida para a casa do mesmo poderia sim o irritar, mesmo ambos sendo melhores amigos.
_ Claro que ele vai deixar, ainda mais quando ele souber dos problemas em que você vem passando.
_ Tudo culpa daquele raspa canela dos infernos. - Johnny tinha um olhar distante e uma voz embargada de choro. _ As vezes não dá pra acreditar que o meu próprio irmão me talaricou, Taeil. - Indagou se voltando para o mais velho ao seu lado, tendo seus olhinhos cheios d'água enquanto apontava para si mesmo.
_ Assim amigo.. - Taeil pensou bem antes de perguntar. _ Antes do seu término você jura de pé junto que viu o Mark e o Tatá se pegando?
_ Aquele dia eu peguei o Mark em cima do Yuta falando umas coisas e quase beijando ele. - Indagou o americano tentando recordar os acontecimentos no dia de seu aniversário.
_ Mas você viu beijo sair?! - Era nesse ponto que Taeil tinha mais dúvidas. _ Não falo só dessa vez, mas da outra vez em que você brigou com o Mark pela primeira vez..
_ Que tipo de pergunta é essa?! - Johnny se voltou para seu amigo ao lado se mostrando um tanto ofendido. _ Você tem que estar do meu lado e não a favor do meu irmão.
_ Eu não estou a favor do seu irmão, estou do seu lado sempre. Mas essa é uma dúvida que me surgiu porque as vezes paro pra pensar nessa confusão toda e ainda me custa acreditar que o Mark te talaricou. - Explicou Taeil seu ponto de vista.
_ Claro que me talaricou, Taeil. - Insistiu o americano num tom rispido. _ Hoje ele e o Yuta estão namorando. Ele me roubou o meu japonês. Eu odeio tanto o Mark. - Toda aquela rispidez de Johnny deu lugar ao seu choro.
_ Nãao, não chora amigo. - Vendo que a bipolaridade de seu amigo estava bem despertada aquela manhã, Taeil não poderia lhe oferecer outra coisa a não seu o seu ombro para ele chorar e desabafar.
_ Sempre dei o céu pra ele. - Indagou saindo do abraço alheio já enxugando suas tristes lágrimas. _ Dava atenção, carinho, conversava bastante com ele e principalmente amor, dei muito amor pra ele e compreensão na fase em que ele passou a se isolar no quarto. - Johnny acabou dando uma pausa para tomar a água em que Taeil lhe ofereceu. _ E tudo pra quê?! - Continuou. _ Pra me trair e me fazer passar de corno?! Eu me arrependo tanto de ter dado tanto amor pra ele, você não sabe o quanto. - Voltou a derramar duras lágrimas enquanto desabafava. _ Toda vez que ouço o som da voz dele, eu me sinto enjoado. Simplesmente não suporto o Mark mais, sinto vontade de bater tanto nele. Eu.. Eu me sinto tão mal a noite. Me sinto sozinho, com vontade de desistir de tudo. Sabe?!
_ Não quero saber de você desistindo, me ouviu?! - Indagou Taeil olhando fundo nos alhos do americano choroso a sua frente, antes do mesmo abaixar a cabeça. _ Você é forte. Talvez é até mais forte do que eu. Levanta a cabeça, princesinha. - O mais velho levantou o rosto cabisbaixo e choroso de Johnny. _ Respira e segue o baile. Tem muita gente nesse mundo linda, cheirosa e solteira. Johnny, entenda que você é um puta de um homão da porra, e não falo isso só porque somos amigos, não. Você sabe bem que quando nos conhecemos a uns anos atrás a primeira coisa que eu cheguei em você e falei foi da sua beleza.
_ Sim. - Choroso, Johnny sorriu fraco ao se lembrar do fato. _ O Doyoung quando ficou sabendo pensou que eu é quem estava dando em cima de você. Ele queria me bater.
_ Surtado desde sempre, né?! Mas enfim. Mantenha esse sorrisinho no seu rosto porque é isso que vai conquistar a pessoa certa pra você e não sua carinha de choro.
_ Superar é tão difícil, Taeil. - Johnny respirou fundo afim de conter o choro, logo tomou mais um pouquinho de água para se manter calmo.
_ Eu sei que é, meu amor, mas não é algo impossível. - Indagou pegando e passando a segurar firme as mãos do americano. _ Você tem a mim, ao Doyoung. Realmente é difícil, mas é difícil pra quem não tem apoio e amor dos amigos, da família..
_ No momento conto apenas com o apoio do Dodô e o seu. - Johnny olhou para a sua frente, agora olhava ao longe em direção a entrada do prédio em que estudava. _ E.. - Se calou por breves segundos, passando a forçar a vista afim de enxergar melhor. _ Ten?
VOCÊ ESTÁ LENDO
YuMark - (Wave of colors)
FanfictionOnde Mark Lee possuía uma condição genética que o impossibilitava de ver as cores ao seu redor, mas ao conhecer o namorado de seu irmão, seus dias cinzas passaram a ter cores. Conteúdo sensível como: Linguagem imprópria, violência e cenas +18. (Qua...