Cap. 100

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Minseok dentro de alguns minutos chegou em sua casa dando de cara com Yuta em sua sala de estar, o que lhe deixou bastante assustado.

_ Que foi, pai?! - Mark na qual via vindo da cozinha acabou vendo todo o susto que o mais velho havia tido. _ Eu sei que o Yuta é feio, mas não é pra tanto, né?

_ Mark. - Yuta se mantendo sentado sobre o sofá, tinha em sua voz um tom o repreensivo.

_ Desculpa, Yuta. Eu não esperava te encontrar aqui. Seu pai sabe que você veio pra cá? - Minseok claramente demonstrava estar nervoso ao coçar os cabelos de sua nuca.

_ Sabe sim. - Respondeu Yuta um tanto confuso com a pergunta e reação do mais velho.

_ Ele vai dormir aqui essa noite. - Mark por sua vez se sentou ao lado do japonês sobre o sofá. _ Tudo bem pra você, pai?

_ T-tudo. Com licença. - Ainda nervoso, Minseok saiu a passos apressados para seu quarto.

_ Chocado que seu pai se assustou comigo. - Indagou ainda muito cismado com a reação alheia.

_ Tô dizendo que ele se assustou com sua cara feia, você não acredita. - Brincou o mais novo.

_ Para. - Num tom  repreensivo, Yuta deu sobre a coxa de seu amado um tapinha.

Ambos agora se abraçavam sobre o sofá, dando continuidade no filme que haviam posto pra assistir aquela noite. Mas, logo o celular do japonês tocou, já podendo ver ali que era seu pai.

📲 _ Aonde você está, Yuta?! Sua mãe tá precisando de você. Sabia?

_ Na casa do Mark, papai. Eu ainda te disse que iria vir pra cá.

📲 _ Caralho, Yuta. Você escolheu um péssimo dia pra dormir fora.

_ Porquê?! O quê está acontecendo?

📲 _ Sua mãe acabou de sair do hospital com o Shotaro. Ele tá com catapora.

_ Mas ele pegou catapora onde, meu Deus?

📲 _ Eu não sei. E pra piorar mais a situação, o Jaemin está com febre e mais alguns sintomas da catapora. Ele pegou do Shotaro.

_ E quem está cuidando do Jaemin?

📲 _ Que pergunta mais boba. O Doyoung e o Taeil, né?!

_ Relaxa, pai. O Doyoung já pegou catapora na infância, é muito difícil uma pessoa que já pegou, pegar catapora de novo.

📲 _ É mesmo?! E quem foi que te falou que o Doyoung já pegou catapora na infância?

_ Pai, qual criança nunca pegou catapora na infância?! Impossível crianças não pegarem isso.

📲 _ Você sim já pegou.

_ E o Doyoung?

📲 _ Nunca pegou.

_ Pai, claro que ele já pegou.

📲 _ Quem é o pai aqui?

_ Tá, você é o pai. Mas eu lembro que quando eu peguei catapora você pediu pra mãe do Doyoung tratar ele na casa dela.

📲 _ De onde você tirou isso, Yuta?! Eu tive que mandar o Doyoung pra casa da mãe dele pra você não contaninar ele.

_ Bom, o Jaemin pegou catapora e isso vai passar pro Doyoung de qualquer jeito. Ele tá cuidando do Nana.

📲 _ Infelizmente. Fazer o quê, né?!

_ E eu acho bem feito. Você sempre protegeu o Doyoung de tudo. Ele não podia amarrar o cadarço que você já colocava álcool em gel na mão dele.

📲 _ Que absurdo! Sempre fui cuidadoso com você também. O problema era que além da asma o Doyoung sempre teve a imunidade muito baixa diferentemente de você. Quase sempre eu tinha que correr com ele pro hospital.

_ Se ele tivesse imunidade tão baixa ele teria pegado catapora também.

📲_ Cala a boquinha, cala. Estou ficando estressado com essas suas conversas. Eu estou indo buscar sua mãe e o Shotaro na saída do hospital. Amanhã quero você em casa cedo pra ajudar a cuidar do seu irmão.

_ Táaa. Qualquer coisa me liga aqui.

📲 _ Okay. Vou desligar, juízo.

_ Estou tendo. Beijo, pai. Te amo.

📲 _ Te amo, amor. Beijo.

_ Seu irmão Doyoung pegou catapora? - Perguntou Mark confuso, pois não havia entendido muito bem a conversa ao telefone por estar atento a televisão a sua frente.

_ Não, mas vai pegar. - Indagou Yuta desligando seu celular por estar com a bateria muito baixa.

_ Eu também nunca peguei. O Johnny já pegou, e duas vezes. - Ao lembrar de seu irmão mais velho, Mark soltou um ar triste de seus pulmões.

_ É raro uma pessoa pegar duas vezes, mas não é impossível.

_ Sinto saudades do Johnny, amor. - Tinha seus olhinhos tristonhos em direção ao japonês sentado a seu lado.

_ Se eu disser que também sinto saudades dele você vai ficar com raiva de mim? - Questionou o japonês sendo sincero naquele momento.

_ Depende. Essa saudade era do tempo em que vocês namoraram? - Fazendo outra pergunta em cima, Mark se mostrou um tanto enciumado e curioso.

_ Não. - Yuta se colocou a pensar por alguns segundos deixando uma nostalgia boa invadir seus pensamentos. _ Sinto saudades da energia que ele tinha, sabe?! Ele era bem animado, isso contagiava com toda a certeza qualquer pessoa que estivesse ao lado dele. As vezes era até difícil pra mim acreditar que ele sofre de bipolaridade.

_ É exatamente disso que sinto saudades, bae. - Indagou deixando transparecer em sua voz a tristeza que sentia ao lembrar de seu irmão mais velho. _ Quando o Johnny costumava me amar, ele chegava aqui em casa contando piadas, conversava comigo sobre tudo o que fez ou deixava de fazer, e sempre terminava fazendo cócegas em mim. Mas agora ele me odeia.

_ Ele não te odeia, amor. - Ao perceber a voizinha de choro que estava começando a transparecer, Yuta puxou Mark para seus braços passando a lhe abraçar apertadinho. _ Não fala isso. Ele precisa sim de um tempo pra digerir tudo. Três mêses pra nós pode ser um bom tempo pra superar, mas temos que entender que o tempo dele não é o nosso tempo e por isso o processo de superação pode demorar um pouquinho mais pra ele.

_ Sinto saudades do meu irmão, do carinho dele, da atenção.. - A essa altura Mark já deixava suas lágrimas rolarem rosto abaixo, enquanto se mantinha nos braços do japonês. _ Queria ele aqui com a gente, que todo o ressentimento dele por nós acabasse logo. Sinto tanto a falta dele.

Yuta era uma pessoa sensível a ponto de chorar quando via outra pessoa chorar em sua frente, mas aquela noite teria que ser forte e ser o suporte, o ombro para seu amado Mark chorar pela saudade que  sentia do irmão.
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Yuta falou uma coisa importante. O processo de superação pra cada pessoa é diferente. Uns demoram menos, outros demoram mais, mas no fim superam. O Johnny vai superar também, talvez mais rápido do que vocês imaginam

YuMark - (Wave of colors)Onde histórias criam vida. Descubra agora