Cap. 53

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Duas horas se passaram e então Yuta foi com seu pai levar Shotaro ao psicólogo. Seriam quase duas horas do profissional avaliando o comportamento do pequeno Shotaro, entre ver interações dele com Yuta e seu pai, a forma como o mesmo se espressava e até a forma como o mais novo desenhada foi analisada, mas logo Shotaro se cansou de ser vigiado e se via inquieto pra ir embora logo.

_ Vamos passear nos corredores, Taro? - Yuta o tinha sobre seus braços.

_ Não, eu quero ir embora. - Indagou com sua carinha mais fechada.

_ Shotaro, papai. O médico aqui ainda tem que conversar com a gente.

_ Eu tô cansado dessa sala, pai. Ele me deu brinquedos sem graça. - Falou diretamente para seu pai. _ Os cubos do Yuta são bem mais interessantes.

_ Ei.. - Yuta atraiu as atenções para si. _ Me senti ofendido com isso, tá?!

_ Quero ir embora, me sinto agoniado. - Indagou coçando seus cabelos num ato agoniante.

_ O quê seria "agoniado" pra você, Shotaro? - Questionou o psicológo anotando cada passo do mais novo, inclusive sua irritação naquele momento.

_ Que estou cansado de ficar nessa sala. Já vi tudo que tem aqui, quero ir embora. - Indagou de forma irritada, o que fez o médico se lembrar de Doyoung, na qual também estava inquieto pra ir embora quando o atendeu pela primeira vez.

_ Passeia com ele lá fora só até eu terminar de conversar com o psicólogo, Yuta. - Pediu o mais velho já que via que Shotaro não queria de forma alguma ficar nem mais uma minuto naquele sala.

_ Tá. - Yuta o ajeitou sobre seu colo. _ Dá tchau, Taro. - E mesmo com seu semblante fechado, Shotaro deu um tchauzinho para o psicológo saindo enfim daquela sala.

_ E então, Doutor.. - Yuto puxou uma cadeira para se sentar pois sentia que a conversa seria interessante. _ O que você pode me dizer sobre o meu bebê.

_ Analisar o Shotaro por quase duas horas foi um processo muito interessante.. - Começou o psicológo se sentando também, mas a frente de sua mesa. _ Constantemente as crianças com capacidades elevadas como a do seu filho, são confundidas com aquelas que tem transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, porque ficam extremamente entediadas facilmente, como foi o caso aqui, mas também se entendiam em classes com atividades repetitivas e lentas. O que acontece é que crianças como ele aprendem muito mais rápido do que o resto e, portanto, é normal que se inquietam, que se chateiem ou, na melhor das hipóteses, que protestem por querer uma outra distração.

_ Acho que estou entendendo.. - Yuto tinha sobre seu rosto uma carinha confusa, então o psicólogo continuou com o que tinha a dizer.

_ Por exemplo: Aqui ele já se via entendiado demais, como ele mesmo disse. O Shotaro já viu tudo, já olhou todos os brinquedo e não é que não queria brincar com nada aqui, e sim que já não há nada nessa sala em que ele possa ter a atenção presa novamente. Assim é no ambiente onde vocês moram. Você me contou que no dia a dia ele se cansa muito rápido de algumas coisa, né?

_ Sim.. - Acentia Yuto concordando em tudo. _ Acho que agora eu consigo entender melhor o Taro nessa questão.

_ Bebês como o Shotaro costumam ser extremamente exigentes e ficam superestimulados com facilidade, são muito hábeis também. Você me disse que ele conversa bastante com o Yuta como se tivesse mais idade. Reparei isso aqui também enquanto ele falava com você, mas também reparei que você Yuto, não o trata como um bebê. Você conversa com o Shotaro como se estivesse conversando com qualquer outro adulto.

_ É, realmente. Mas não é somente com ele em específico. Meus filhos mais velhos eu também conversava com eles como de fossem gente grande. Nunca fui um pai digamos.. - Yuto agora procurava por palavra que pudesse definir o que pensava. _Frufru.

YuMark - (Wave of colors)Onde histórias criam vida. Descubra agora