Cap. 17

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Em pouco mais de vinte minutinhos pois havia pegado um pouco de trânsito, lá estava Johnny com Yuta em frente a casa de seu pai. Ambos desceram do carro e após encorajar o japonês pois sentia que o mesmo estava bem nervoso com aquele encontro, Johnny abriu a porta da casa do anfitrião dando de cara com seu tio Sehun na sala na qual estava em pé a frente da televisão enquanto procurava algo aleatório para assistir bem ali.

_ Chegamos. - Indagou fechando a porta atrás de si, se mostrando bastante animado por estar ali na companhia de Yuta.

_ Viado.. - Sehun tinha seus olhos somente sobre o japonês, tinha a mão ao peito, tendo em seu rosto uma carinha impressionada. _ Se tiver mais homens bonitos como você por ai, até eu viro gay.

_ E-esse é o meu tio Sehun.. - Johnny aparentemente se via muito sem graça com seu tio. _ E cadê o resto da família, tio?

_ Vou mandar uma mensagem no grupo da família.. - Sehun pagou seu celular sobre no sofá e desbloqueou a tela do mesmo.

_ Amas.. - O americano se via confuso. _ Estamos todos na mesma casa.

_ E daí? - Questionou Sehun atento ao que digitava.

_ E dai que antes você reclamava quando eu mandava mensagem pra alguém que estava no mesmo lugar que eu.

_ Você não faz isso não, né? - Se voltou para seu sobrinho tendo em sua voz um tom rispido.

_ Não. - Respondeu sem demorar.

_ Ótimo. - Sehun bloqueou a tela de seu celular e na sequência o jogou contra o sofá novamente. _ Não faça isso. É coisa de gente preguiçosa.

_ Você deve ser o Yuta.. - Minseok ao vir do corredor dos quartos atraiu as atenções, estendendo sua mão sendo ela apertada pelo japonês. _ Muito prazer. Sou o Minseok o pai do Johnny e esse é o meu irmão Suho.

_ Tudo bem, Yuta? - Foi a vez de Suho estender sua mão na direção do mais novo, sendo ela apertada pelo mesmo. _ Se sinta a vontade.

_ Muito bem, obrigado por perguntar. - Sorria de nervoso, mas feliz por estar recebendo uma recepção até que boa. _ Obrigado.

_ Sou o Mark, irmão do Johnny. - Minseok e Suho sairam da frente do mais novo da casa na qual chegou de mansinho sem que ninguém percebesse. _ Muito prazer.

_ O prazer é meu. - Yuta mantinha seu sorriso, uma coisa que podia notar era que a beleza ali era algo que estava no sangue.

Tanto o pai, tios, quanto o irmão de Johnny tinham uma beleza absurdamente incrível.

_ Min, podemos almoçar agora? - Questionou Sehun com a mão em sua barriga, tendo em seu rosto uma carinha não muito boa.

Todos agora sentados a mesa almoçavam e conversavam entre si coisas engraçadas da infância de Johnny unicamente na intenção de envergonhá-lo na frente de Yuta. Funcionou, o japonês agora ria alto só de imaginar as histórias muito bem contadas por Sehun. Johnny queria enfiar seu rosto em terra de tanta vergonha que estava passando naquela mesa.

Mark por sua vez se mantinha calado e cabisbaixo, mas toda vez que levantava seu rosto tinha sua visão unicamente voltada para Yuta. Aaah, o sorriso do mesmo era algo surreal, tão perfeito. Na real lhe faltava palavras para expressar, perfeito ainda era muito pouco. Eram coisas que o mais novo pensava a cada vez que parava seus olhos no japonês.

Depois do almoço Yuta se mostrando um bom genro se ofereceu insistentemente para lavar a louça do almoço na companhia de Johnny. Mark por sua vez andava pensativo aquela tarde, conhecer o japonês pessoalmente lhe fazia pensar no que seus amigos disseram sobre se apaixonar pelo mesmo. Via o quanto Johnny estava apaixonado, mas também via que aquilo parecia ser algo recíproco pois Yuta devolvia cada gesto carinhoso do americano com um beijo em seus lábios.

_ Seu irmão é bem distante.. - Yuta ao terminar de lavar a louça agora observava seu namorado terminar de secar a mesma. _ Vocês estão brigados?

_ Não.. - Sorriu frouxo. _ A gente nunca briga. Ele sempre foi mais distante porque tem daltonismo e por se sentir diferente e até culpado pela morte da nossa mãe, ele se isola quase sempre.

_ Porquê ele se culpa?! - Frangiu as sobrancelhas num ato confuso. _ Me desculpa se estou sendo muito curioso.

_ Não tem problema, amor. - Johnny parou o que fazia depositando a sua atenção unicamente no japonês a sua frente. _ A nossa mãe morreu na mesa de parto após dar a luz ao Mark. O papai se arrepende até hoje de ter contado isso porque agora meu irmão vive se culpando, mesmo nós dizendo que ele não teve culpa de nada.

_ Coitadinho.. - Enquanto Johnny começava a guardar a louça já seca, Yuta andou alguns passos parando em frente a entrada da cozinha de frente para sala.

Agora olhava de forma intensa para o mais novo daquela casa na qual olhava a tv a sua frente. Saber que Mark era portador de tal doença deixava Yuta curioso pra saber mais do rapaz. Não só entender como o mesmo via o mundo através de seus olhos, mas também queria entender suas mágoas e fazer parte até de seus momentos de alegria. Ao saber um pouco de tal fardo, o japonês sentia uma necessidade de estar mais próximo ao mesmo, uma sensação única dever proteção a Mark.

_ Terra chamando Yuta. - E pela quarta vez Johnny o chamava finalmente o tirando de sua bolha de pensamentos. _ Tava pensando no quê quando olhava pro Mark?

_ N-não estava pensando em nada, eu só me entreti com a programação na tv. - Bastante sem graça, Yuta agora coçava os cabelos de sua nuca se voltando para Johnny a sua frente.

_ Sei.. - Indagou pensativo, mas atento ao seu redor. _ Vamos pra sala?

Johnny já chegou no cômodo desligando a televisão o que atraiu a atenção de seu irmão para si na qual o olhava com uma carinha de confusão.

_ Eu estava assistindo, sabia?

_ O macaco morre no final. - Contou Johnny o spoilers acabando com toda a curiosidade que ainda restava em seu irmão pelo filme. _ Como vamos passar a tarde inteira aqui, eu estava pensando em jogarmos com o Yuta uns jogos antigos do papai e dos nossos tios que estão guardados. O que acha?

_ Perfeito. - Mark demonstrava disposição. _ Vai lá buscar, faço companhia pro seu boy.

_ Tá, já volto.. - Johnny agora andava em direção ao corredor dos quartos. _ É coisa rápida.

Mark assim que viu Johnny sair daquele cômodo, tomou a liberdade de chamar Yuta para se sentar no sofá ao seu lado e o mesmo apenas foi, se mostrando inocente.

_ E então, Yuta.. - Mark se sentou mais próximo do japonês na qual não recuava, se mantendo em seu mesmo lugar. _ Não sei se você reparou que minha família gosta de falar as coisas direto e reto na cara da pessoa, e eu não sou diferente deles. Eu tô louco pra beijar essa sua boca gostosa nesse momento, mas tenho que me segurar porque você é o boy do meu irmão, e isso chega a ser uma tortura pra mim. Você entende o problema que eu me meti?

_ A-ah, eu.. Eu.. - Yuta tinha seus olhos arregalados, as palavras havia fugido de sua mente assim que o mais novo começou a se declarar para si. _ E-eu gosto de cubos mágicos. - Vendo o nervosismo do japonês, Mark apenas sorriu por achar fofo.

_ Eu iria gostar mais se não fosse daltônico. - Sorriu frouxo recebendo de Yuta uma carinha de chateação. _ Não fica chateado, odeio que sintam pena de mim.

_ Não é pena. Eu só queria que você pudesse ver a infinidade de cores que existem. Ver as cores que eu vejo, que gosto.. - Yuta explicou seu ponto de vista. _ Deve ser horrível ver sempre o mundo com uma única cor. - Mantinha o tom chateado em sua voz.

_ Na verdade eu enxergo alguns tons de cinza e preto. Odeio essa cor porque me faz ter muito medo a noite. - Explicou o mais novo resumidamente.

_ Ain, que vontade de te proteger que me deu agora. - Embora Yuta não falava abertamente como Mark, não poderia mentir para si mesmo que quanto mais sabia, mais interessado ficava por ele.

_ É só pegar eu pra você e cuidar, babe.. - Indagou tomando a liberdade de colocar os fios alheios atrás da orelha.

_ Como é que é? - Questionou Johnny chegando derrepente naquela sala, pegando Mark e Yuta bem próximos ao sofá, tão próximos que com um impulso se beijariam.

YuMark - (Wave of colors)Onde histórias criam vida. Descubra agora