Cap. 32

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_ A-ah.. - Taeil agora pensava muito bem no que diria, Doyoung não era bobo e se ele percebesse que algo estava errado, com toda a certeza ambos iriam brigar. _ Não é esse o documento, amor. Eu fiz um segundo, acaso eu perdesse esse.

_ E porquê eu não soube de nada disso? - Questionou cruzando seus braços esperando por uma boa explicação que pudesse lhe convencer, pois sim, Doyoung sabia que Taeil estava mentindo.

_ P-por.. Por.. P-porque é recente e acho que algo bobo como isso, não faz diferença falar.

_ Me dá seu celular. - Doyoung estendeu sua não na direção do celular nas mãos de seu marido.

_ Pra quê, amor?! - Insistindo em esconder a verdade de Doyoung, Taeil colocou seu celular no bolso de trás da calça. _ Você não acredita em mim porquê?! Nunca te dei motivos pra isso.

_ São quase dez anos de casamento. Você quer mesmo jogar isso no lixo? - Questionou esperando que Taeil fizesse a escolha certa.

_ Não, amor. Mas não tem necessidade de você olhar meu celular. Você já viu outras vezes e sabe que não escondo nada. - Taeil agora tentava se desviar de Doyoung, na qual tentava pegar o celular em seu bolso de trás.

_ Não tô falando que você me esconde as coisas, quero ver suas últimas ligações recebidas. - Doyoung se mantinha insistindo na tentativa de pegar o celular de seu marido.

_ Puts.. - Taeil jogou seu celular contra o chão e pisou em cima propositadamente. _ Acho que agora quebrou.

_ Puts.. - Por sua vez, Doyoung retirou sua aliança de casamento e a jogou contra o chão e pisou em cima. _ Acho que agora o divórcio vem.

_ Não, amor.. - Correndo atrás de Doyoung na qual lhe deu as costas, Taeil o abraçou por trás. _ Para com isso.

_ Me solta! - Esbravejou tentando se soltar dos braços alheios. _ Eu estou ficando nervoso com você, Taeil.

_ Tá, eu falo com quem eu estava falando no telefone. - Com medo das consequências que poderia ter se continuasse escondendo a verdade de seu marido, Taeil se deu por vencido.

_ Me solta, caralho. - Esbravejava Doyoung ainda na tentativa de se soltar do braços de seu marido. _ Fala logo. Anda.

_ Era com o Johnny. - Indagou finalmente soltando Doyoung de seus braços.

_ E porquê você estava me escondendo que estava falando com ele?! - Questionou enquanto ajeitava sua roupa sobre o corpo. _ Por um acaso vocês estão tendo um caso pelas minhas costas?

_ Óbvio que não amor.. - Respondeu Taeil sem êxito. _ Que absurdo.

_ Então me fala. - Cruzou Doyoung seus braços, batucando o pé direito sobre o chão de forma rápido. _ Anda, caralho. Não me estressa mais. Abre essa boca.

_ É que é algo que você tem que saber por ele e não por mim. - Taeil por sua vez ainda se via receoso de falar tudo o que sabia.

_ Deixa eu ver aonde está.. - Puxando de seu bolso o seu celular, Doyoung abriu diretamente em sua lista telefônica.

_ O quê? - Questionou muito curioso enquanto tentava ver o que seu marido procurava.

_ O número do nosso advogado.

_ Para de graça, Doyoung. - Taeil puxou rapidamente o celular das mãos alheias.

_ Acha mesmo que eu estou brincando?! - Questionou Doyoung recebendo o silêncio de Taeil como resposta. _ Olha bem pra minha cara e me responde.

_ Johnny e Yuta estão namorando escondido. - Finalmente falou, se aliviando de um peso na qual estava sentindo.

Doyoung por sua vez nada disse. Deu as costas para Taeil e a passos apressados foi para seu quarto.

_ Amor. - Taeil agora seguia os passos alheios. _ Você iria mesmo pedir o divórcio?

Horas foram se passando, logo, logo o sol iria se pôr aquela tarde. Yuta, Shotaro e Mark agora se arrumavam para ir pra casa aquele final de tarde.

_ Eu ainda não consigo acreditar que o Shotaro que só tem três anos, sabe nadar e eu com dezoito não sei. Porra, eu não sai do razo. - Mark indignado agora arrancava sorrisos do japonês.

_ Na nossa casa no japão tem piscina e pro Taro entrar nela ele teve que aprender a nadar muito novinho. - Indagou Yuta terminando de pentear os cabelos de seu irmão enquanto o mesmo estava distraído com o joguinho no celular. _ Com três, quatro meses ele já sabia boiar. Não me lembro o mês exato, mas foi bem novinho.

_ Mês?! - Mark surpreso, tinha seus olhos arregalados. _ Tá de brincadeira com a minha cara, Yuta?

_ É, poxa. - Sorriu frouxo agora ajeitando melhor a roupa sobre o corpo de Shotaro na qual ainda estava atento ao joguinho. _ Tem a ver com os reflexos e respiração treinados pelo longo tempo que eles passaram dentro da barriga. É algo que eles já nascem com isso.

_ Não acredito. - Chocado, Mark balançava sia cabeça em negação desacreditando do que estava ouvindo.

_ É que eu não sei explicar direito, mas se você pesquisar, você vai entender melhor. - Terminando de arrumar seu irmão, Yuta agora começava a guardar suas coisas de volta sobre a mochila.

_ Caralho. - Indagou Mark impressionado voltando seus olhos para Shotaro.

_ Tenho uma coisinha pra você..

_ O que é? - Mark abriu um sorriso ansioso ao ver Yuta retirar de dentro de sua mochila um cubo.

_ Quando conversamos pela primeira vez você me disse que gostaria mais de cubos mágicos se não fosse daltônico. Então estou te dando um dos cubos da minha coleção. Esse é diferente. - Sorrindo de forma bobinha, Mark olhava todos os lados daquela cubo. _ Ele é de madeira. Perceba que ao invés de cores, ele tem uma única cor. O marron. Nos quadradinhos, as cores foram substituídas por números. Gostou?

_ Eu amei. - Mark muito animado e encantado com aquele simples, mas significativo presente, pulou nos braços do japonês se mostrando muito agradecido. _ Vou cuidar desse cubo com muito amor. Obrigado, meu amor.

YuMark - (Wave of colors)Onde histórias criam vida. Descubra agora