Pensei que apresentação de Arthur para nossos filhos não seria tão difícil, foi além do que imaginei, odiei escutar aquelas palavras duras de Nikolai para o seu pai, sei que ele tem uma personalidade muito forte e complicada, será difícil convencê-lo do contrário, é a mesma personalidade de Arthur. Mas independe que seja, Nikolai é uma criança e não entende o sacrifício que o seu pai fez, apenas precisa de um tempo para absorver as informações que recebeu. Quando Estella subiu Noah e eu fizemos a mesma coisa junto com Matilde, ela foi para o quarto de Estella levar a sua mamadeira, Noah para o quarto de Suzana e eu para o quarto do meu pequeno embrulho.
— Ele mandou a senhora?
O garoto perguntou enquanto olhava para o lado da janela, observando a neve derretendo no jardim tornando-se poças de água.
— O seu pai não manda em mim.
— Está com raiva dele?
— Quando ele surgiu como um fantasma sim, mas agora não estou mais zangada.
— Como?
— Eu deixei que ele se explicasse meu anjo.Me aproximei de sua cama, sentei-me nela e bati contra o colchão para que ele se juntasse a mim, ele se aproxima e fica ao meu lado.
— O seu pai forjou a própria morte para nos proteger de pessoas ruins que nos queriam fazer mau, ele abriu a mão de viver ao nosso lado para que pudéssemos levar uma vida normal enquanto ele fugia e se escondia.
— E por que só agora? O que foi que mudou?
— Ele conseguiu aliados, o ajudaram a voltar para casa. Não julgue as escolhas do seu pai, ele fez isso porque nos ama. - beijo o topo da sua cabeça e levantei-me da cama. - Agora descanse, mais tardar iremos jantar todos juntos.
— Ele vai estar presente?
— Eu disse todos juntos.
— Eu tenho que ir?
— O que eu acabei de falar? - perguntei com um olhar sério.
— Estarei no jantar, mamãe.
— Sábia decisão, e não pense que está livre do castigo por batizar a mamadeira da sua irmã.
— E a punição será?
— Procurar entender o seu pai, não seja tão difícil como ele.Saio do quarto e me aproximo do de Suzana, ao abrir a porta vejo Noah maquinando a minha filha, ela estava com as pálpebras escuras e com os lábios vermelhos, estava idêntica a uma palhaça.
— Olha só mamãe, idêntica a senhora. - ela passa a mão pelos cabelos.
— Está linda meu anjo, apenas não saia do quarto com essa maquiagem pelos corredores, pode matar alguém.
— E por quê? - ela pergunta confusa.
— Para não matar ninguém com a sua beleza titio. - Noah responde.
Noah e eu saímos do quarto de Suzana e fomos em direção às escadas. Na sala principal sentamos no sofá antes de começarmos a falar Trevor e Arthur surgiram e falaram que iriam sair, depois que ficamos a sós, comecei a desabafar com o Noah.
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Libertada - livro II (CONCLUÍDO) +18
RomanceCinco anos atrás Ariel Drummond era uma mulher assustada, fraca e frágil diante dos olhos de todos que a conhecia, não só como uma mulher comum, mas como a esposa de um mafioso frio e cruel, Arthur Drummond. Após a sua morte ao resgatá-la de um sequ...