Cinco anos atrás Ariel Drummond era uma mulher assustada, fraca e frágil diante dos olhos de todos que a conhecia, não só como uma mulher comum, mas como a esposa de um mafioso frio e cruel, Arthur Drummond. Após a sua morte ao resgatá-la de um sequ...
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Observo o meu corpo em frente ao espelho sendo coberto com um pequeno biquíni preto, desfiz o coque e contemplei-me. Mesmo com duas gestações meu não havia engordado, continuava com o mesmo corpo que antes, exceto no volume do seio e quadril acompanhado com estrias visíveis. Antes de vestir trocar de roupa eu procurei pelo dispositivo de Arthur, não posso arquitetar um plano sem antes falar com os anciãos e marcar a suposta reunião, vejo que agora será impossível.
Me aproximo do banheiro e pego uma toalha de lá, com os pés calçados em uma sandália saio do carro, desço as escadas e sigo para a sala da piscina interna, todo o caminho não vi nenhum empregado que pudesse ver na peça de roupa que me encontro, agradeci por isso. Antes de chegar ao meu destino olhei para a porta do escritório de Arthur, me senti tentada em entrar, mas me contive, ele pode ter colocado câmeras lá dentro, assim como por toda mansão, se for o caso, será mais um problema para o que eu quero fazer durante a madrugada.
Apresso meus passos e paro em frente a porta de vidro fumê preto, ao abrir, encarei meus três filhos que estavam em uma piscina pequena adequada para eles. Assim que percebem minha presença vários pares de olhos se voltam para mim, começo a me aproximar de Noah, Trevor e Arthur, mas antes fazê-lo os olhos do meu marido não parecia me contemplar, mas sim me repreender. Sem que eu tivesse a oportunidade de me aproximar Arthur levantou-se da espreguiçar que estava sentado e parou na minha frente me impedindo de prosseguir.
— Volta. — Para onde? — Não acredito que andou pela casa com esse pedaço de pano. — É um biquíni Arthur. — Volta por onde veio e troca, está mostrando muito o seu corpo. — Você falou bem, é o meu corpo. — Imagino que os empregados tenham visto, porra.. — Ninguém viu Arthur, não tinha ninguém por onde passei. — Os empregados são instruídos a serem discretos, claro que viram.
Tento passar por ele, mas logo me assusta agarrando o meu braço com força.
— Volta pro quarto e troca de roupa! - aquilo não era mais um pedido, mas uma ordem.
— Você não manda em mim!
Desfiz o seu aperto e me aproximei de Noah e Trevor que nos observava, me aproximei de uma espreguiçadeira e deitei-me nela, virei meus olhos para ele e o vi sair da sala em passos largos sem olhar para trás.
— O que aconteceu? - o Noah perguntou. — Arthur sendo Arthur. - Trevor respondeu por mim. — Provavelmente ele queria que ela trocasse de roupa. — Exatamente. - confirmei.
Ignorei aquela cena que acabara de acontecer de Arthur comigo, ele mudou extremamente comigo, mas não deixa de ser possessivo em relação ao meu corpo, me trata como propriedade e eu sei que sou dele, mas estamos dentro de casa na presença dos nossos amigos e filhos, não vejo motivos para um ciúmes doentio por uma peça de banho. Naquele momento uma Matilde apareceu com vários petiscos, sucos e álcool para degustarmos até o horário do almoço, os pequenos se aproximaram de nós e comeram todo o petisco junto com o suco e deixaram apenas o álcool para nós.
