Após o avião pousar no território da Rússia retiramos o cinto de segurança e nos levantamos, passo pela morta de metal e encaro os pequenos flocos de neve começarem a cair, arrasto meus olhos para a grande colina muito distante coberta com uma manta branca, respirei fundo e logo desci as escadas. Ajudei Suzana e Nikolai descer as escadas do avião e finalmente pisamos sobre a pista, ainda esperava Noah, Trevor e Estella saírem do jato.
— Eu sou um avião!
— Somos um Avião!
— E eu sou o quê? - Trevor pergunta.
— O descarregado de bagagens.
— É um avião titio. - Estella fala.Vejo Noah com a minha pequena em seu colo, eles descem as escadas e Trevor vem logo atrás, desvio meus olhos e encaro meus pequenos que seguram fortemente minhas mãos, estão assustados, eles não sabem que nasceram na Rússia, afinal cresceram em Los Angeles e demorarão para se acostumar nesse país tão.. Gelado. Matilde ao meu lado, ela põe Suzana em seu colo e eu faço o mesmo com Nikolai, entramos no veículo que nos levariam para a mansão que sofri, onde aprendi odiar e amar o pai dos meus filhos, eu poderia pedir para que Trevor me levasse para algum hotel ou até mesmo para sua mansão. porém o local mais seguro segundo ele é a mansão de Arthur, ela é protegida com uma tecnologia bastante avançada na qual fora melhorada com o passar dos anos, qualquer temperatura de corpo próximo a casa fora dos grande muros a vigilância entrará em alerta.
Observo os grandes portões logo a frente, meu coração acelera, seguro as lágrimas que se formam e respiro fundo por diversas vezes, o carro é estacionado e todos saem do veículo, olhamos para a grande entrada, muita coisa não havia mudado.
— Uau.. - Estella murmura.
— Que mansão mamãe! - Suzana completa.
– Vamos morar aqui? - Nikolai pergunta.
— Sim meu amor.
— Agola sim podemos ter um caçolinho.
Olho para a minha pequena onde tinha um enorme sorriso cínico no rosto, subimos as escadas e passamos pela porta de entrada, andamos pelo piso da mansão e observo cada centímetro, estava tudo conforme cinco anos atrás, tudo em seu devido lugar. Porém o que me surpreendeu foi ver vários empregados em todos os lados limpando o chão e móveis empoeirados.
– Pedi para que limpassem já que viriam para cá.. - Trevor diz.
— Você fez bem, Estella é alérgica a poeira.
Olho para o enorme lustre que estava sobre minha cabeça, encaro o lance de escadas, me aproximo dela e pouso a mão sobre a madeira, piso sobre o tapete vermelho criando coragem para ir ao andar de cima, naquele momento três empregadas descem segurando baldes, panos e vassouras, elas se aproximam de Trevor e falam russo:
— Limpamos todo o andar de cima senhor, os quartos estão todos prontos para o uso*.
Entendendo tudo o que elas falam, depois que voltei para Los Angeles fiz questão de aprende o idioma russo, muitas vezes Arthur falava russo para mim e sempre ficava curiosa sobre o que falava, embora ele não esteja para falar suas palavras de alguma forma me ajudará ao saber do idioma russo, Trevor não sabe que aprendi o seu idioma, o revelarei no momento certo.
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Libertada - livro II (CONCLUÍDO) +18
Roman d'amourCinco anos atrás Ariel Drummond era uma mulher assustada, fraca e frágil diante dos olhos de todos que a conhecia, não só como uma mulher comum, mas como a esposa de um mafioso frio e cruel, Arthur Drummond. Após a sua morte ao resgatá-la de um sequ...