— Você tá queimando o pano!
Me aproximo rapidamente dele e ponho o pano sobre a pia ligando a torneira.
— Eu não tô queimando nada, quem queimou foi o fogo e não eu!
Encarei seu rosto aborrecida, estávamos na metade dos preparativos e já era a segunda vez que nos vimos em conflito outra vez, já preparamos a massa da torta e seu recheio, agora apenas esperando que a massa da lasanha está pronta e por fim levaremos ao forno.
— Onde está assadeira refratária? - lhe pergunto.
— E eu sei mulher. - ele anda até a geladeira e verifica dentro dela. — Aqui ela não está.
— E o que uma assadeira vazia faria dentro de uma geladeira?
— Não é aqui que guardam?
— Arthur, você é muito inteligente em arquitetar planos, acabar com vidas e liderar uma organização, mas é burro em coisas simples.
— Esqueceu de falar que sou gostoso. - ele aproxima-se de mim e da um tapa na minha bunda. — Eu não sou burro, apenas nunca precisei estudar nada sobre a cozinha, fui servido a vida toda.
Olho para o balcão tentando encontrar a assadeira, Arthur encostou-se no mármore cobrindo o que eu tanto estava procurando, me aproximo dele e bato na sua cabeça chegando sua atenção.
— O que é isso? - ele pergunta referindo a assadeira.
— Uma espaçonave. - ele me lança um olhar sério. — A assadeira que estava procurando.
Lavei o vidro e comecei a montar a lasanha, separei os ingrediente finais afim de levar para o forno e comermos o quanto antes. Enquanto Arthur colocava a massa eu recheava a lasanha até por último colocar mussarela e orégano, com o forno já quente colocamos a lasanha e a torta, esperaremos por uma hora.
— O que faremos enquanto esperamos? - ele pergunta.
— Arrumamos a bagunça? - sugiro.
— Que tal transarmos?
— Que tal arrumarmos a nossa bagunça?
— Deixa que as empregadas façam.
— A transa terá que esperar, gatinho.Sabendo que eu não mudaria de ideia Arthur e eu começamos a lavar e a enxugar os objetos que sujamos para fazer a lasanha e a torta. Enquanto estavam no forno arrumamos toda a bagunça e depois nos sentamos no banco do balcão. Estava gostando da sua companhia, mesmo sem sabermos nós estávamos em casa, nos divertindo com a companhia um do outro. Jamais pensei que viveria assim ao lado dele, que teria momentos bons com o Arthur, ele está sendo uma ótima companhia, embora as vezes ela seja difícil de ser lidado, mas embora isso,estou feliz que ele tenha voltado pra mim.
— Arrumamos toda a cozinha. - encaro o ambiente, tudo estava impecável.
Tiramos o avental e ficamos sentado no balcão em silêncio, alguns minutos depois Arthur levantou-se do banco e se aproximou do armário e de lá tirou duas taças.
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Libertada - livro II (CONCLUÍDO) +18
Roman d'amourCinco anos atrás Ariel Drummond era uma mulher assustada, fraca e frágil diante dos olhos de todos que a conhecia, não só como uma mulher comum, mas como a esposa de um mafioso frio e cruel, Arthur Drummond. Após a sua morte ao resgatá-la de um sequ...