Escuto o sino da escola tocar informando que as aulas do dia haviam se encerrado, encaro o relógio do meu pulso verificando o horário. Olho de um lado para o outro com um óculo de sol, estava vestido completamente de preto para que não seja reconhecido por nenhum membro inimigo. Alguns carros de pais e responsáveis esperam para os portões se abram e liberem as formigas. Os gritos de felicidade são ouvidos no lado de fora, observo a cara de velório dos pais, o ninho de formigas é solto, observo atentamente para encontrar os meus filhos, ao vê-los, eles se encostam no portão esperando a van que os levarão de volta para casa.
Quando a maioria das crianças e pais vão embora, eu me aproximo dos três em passo cautelosos, assim que Suzana e Estella me encaram, abrem um pequeno sorriso, porém Nikolai, me encara com uma certa desconfiança, ao tirar os óculos Estella sorri contra a chupeta rosa.se
— Homi do docinho!
— Olá pequena, - as cumprimento com um pequeno sorriso.
Minha vontade era de abraça-los com toda a força que habita em meu corpo, eu apenas os via através de câmeras de segurança durante cinco anos, isso me causa revolta por tudo que perdi, eu perdi o nascimento de Estella, os primeiros passos de Suzana e Nikolai, até mesmo o aniversário da noite anterior.
— O que veio fazer aqui? - Suzana perguntou enquanto segurava a mão de Estella fortemente.
— Eu trouxe mais doces, - tiro do meu casaco três pirulitos enormes e entrego as duas.
No dia anterior eu havia lhes trazido três pirulitos como hoje, porem Nikolai não aceitou e dei as duas irmãs. Novamente estendo o terceiro doce para ele, com receio, ele cerra os olhos e segundos depois ele pega o pirulito da minha mão.
— Eu te conheço? - ele pergunta desconfiado.
— Sou papai Noel.
— E cadê a sua barba? - Suzana pergunta enquanto chupa seu pirulito.
— Eu a cortei, ela crescerá no Natal.
— Papai Noel...- Estella se aproxima puxando o meu casaco. — Eu quelo falar da minha listinha de Natal.
— E qual seria, pequena?
— Um caçolinho, um cavalo e poiquinho.
Não consigo entender a sensação que estou sentindo, ela era muito fofa, uma doçura que não havia duvida que era a copia fiel da minha esposa, naquele instante uma van se aproxima e os três vão para o veículo, observo-o de longe indo embora.
Ouço uma risada atras de mim acompanhando com palmas, viro o meu corpo e encaro Trevor com um olhar sério e maxilar travado, aperto meus punhos, me controlo para mão ir para cima dele.
— Oi papai! - ele afina sua voz caminhando na minha direção com urso sobre as mãos. — Não arranque meu coração por ter aconselhado a sua esposa. - Faz bico ao se aproximar.
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Libertada - livro II (CONCLUÍDO) +18
RomansaCinco anos atrás Ariel Drummond era uma mulher assustada, fraca e frágil diante dos olhos de todos que a conhecia, não só como uma mulher comum, mas como a esposa de um mafioso frio e cruel, Arthur Drummond. Após a sua morte ao resgatá-la de um sequ...