Escutem essa música, achei perfeita para o capítulo..
Já faz muito tempo que a levaram, estou sem notícias, ninguém veio me dizer algo, não sei se fico aflito ou aliviado. Queria explodir esse lugar com toda a minha raiva acumulada. Nesse momento, o que me restava era esperar, e por Deus! Isso era angustiante. Sei que eu deveria mas não liguei para Trevor, ele não sabe que Ariel foi sequestrada e caiu de uma altura incalculável, nesse momento não quero levantar questões sem antes falar com os responsáveis do seu atendimento.
Vejo uma médica passar pela porta e vir na minha direção, rapidamente fico de pé, é evidente que estou nervoso.
— Senhor Drummond? — Ela perguntou.
— Sim.
— Sou a Dra. Ana, neurocirurgiã. — avisou, com máximo de cautela e profissionalismo.
— Como está a minha mulher? — perguntei sem demora.
— Senhor, melhor se sentar.
— Não me peça para me sentar, fale de uma vez!Eu vi o receio em me contar nos seus olhos, no entanto, era o seu trabalho, estou nervoso pelas suas inéditas palavras, sei que não são nada boas.
— A sra. Drummond levou uma pancada muito forte na cabeça, teve inúmeras fraturas. — revelou, seu estado era grave. — Fizemos tudo o que podíamos ao nosso alcance.
— O que está querendo dizer? — perguntei, sentindo o meu mundo desmoronar.
— Se acalme, ela ainda está viva. Mas como eu disse, a pancada na cabeça foi muito forte, ela está em estado de coma. — revelou, sentei-me na cadeira tentando raciocinar toda notícia, a médica continuou. — Não sabemos se à possibilidade de melhora, então eu peço para que esteja preparado.
Passei a mão sobre meus cabelos, não, ela não pode me deixar, eu preciso daquela mulher. Quando a conheci fui um ogro, um desgraçado, mas com o tempo, eu me apaixonei por ela, por aqueles lindos olhos azuis, pelo cabelo ruivo natural. Forjei a minha morte para protegê-la junto com nossos filhos, lutamos para matar nossos inimigos, agora que nada impede nossa volta para Rússia em paz, essa fatalidade acontece, não! Eu me recuso deixá-la ir!
— Me leve até ela. — exigi, me levantando da cadeira.
— Claro, me acompanhe.Segui seus passos até o quarto em que ela estava. A médica me da passagem para entrar, logo, vejo-a deitada na cama, entubada, ela não conseguia respirar sozinha. Entro no cômodo, a médica nos deixou a sós. Sinto-me impotente, nesse momento, eu daria tudo para estar no seu lugar.
— Oi meu amor. — falei com ela, pegando em sua mão com delicadeza.
Encarei seu rosto, seus olhos fechados e sua boca ocupada com aquele tubo na garganta me deixa aflito, céus.. Essa mulher não pode me deixar.
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Libertada - livro II (CONCLUÍDO) +18
RomansaCinco anos atrás Ariel Drummond era uma mulher assustada, fraca e frágil diante dos olhos de todos que a conhecia, não só como uma mulher comum, mas como a esposa de um mafioso frio e cruel, Arthur Drummond. Após a sua morte ao resgatá-la de um sequ...