Ando em passos largos, sinto seus olhos em meu corpo que se move em direção a suíte, meu corpo queima de excitação e pavor, ele está contemplando o meu corpo mas também está zangado. Passo pela porta da suíte e tento tranca-lá antes que ele me alcançasse, mas foi inútil, Arthur colocou seu braço da porta e empurrou a madeira adentrando no cômodo. Me aproximo da cama e jogo a toalha de banho no colchão, viro-me e encaro seus olhos azuis carregadas de desejo, mas não são apenas o desejo de me foder sobre a cama, mas o desejo de desvendar meus pensamentos, ele sabe que estou aprontando, mas não direi nada a ele.
— Você está maluco, eu não estou aprontando nada!
— Você acha que sou burro? Eu sei que está aprontando alguma coisa com o Noah, embora eu não saiba o quê é, em algum momento irei descobrir, não tente me enganar, estou nesse mundo há muito tempo!
— Por que está desconfiado? Apenas o chamei junto com o Trevor para passar mais tempo com as crianças e conosco.
— Não é apenas isso, Ariel, eu já disse, não tente me manipular, eu sei quando está mentindo, eu sei que está planejando alguma coisa.
— Você é muito desconfiado, eu apenas quero ficar mais perto dos meus amigos.
— Ariel, você evitou seu amigo por cinco anos, acha medo que vou acreditar nessas mentiras?
Sinto a emoção da raiva crescer dentro de mim, me aproximo o suficiente do seu corpo e digo entre os dentes:
— Evitei meu melhor amigo por sua causa! Irei poupar dos detalhes, provavelmente já sabe, afinal passou cinco anos me vigiando.
Viro o meu corpo e sigo para o banheiro, antes de trancar a porta olhei de relance para ele que estava prestes a sair do quarto, assim que ouvi a porta bater eu suspirei e saquei o seu telefone, cheguei o perto bastante. Desbloqueio seu celular e entro em sua agenda, começo a procurar o nome de algum ancião, conseguirei reconhecer já que Noah invadiu o site da organização e passou alguns nomes. Enquanto as ligações são chamadas eu me aproximo do box e ligo o chuveiro, não quero correr o risco de que ele retorne e desconfie de alguma coisa.
Enganar Arthur será difícil, afinal ele está na organização desde criança e é muito esperto, serei burra e colocarei tudo a perder se mentir mais do que já menti, a nossa discussão não foi favorável, de alguma forma o deixará mais alerta do que antes, sei que apenas lhe dar sexo não será o suficiente, por isso, irei dopa-lo junto com o Trevor, será difícil mas não impossível.
— Espero que seja importante para estar me incomodando nesse horário.
Ouço a voz de um ancião, controlo a minha respiração e suspiro soltando o ar dos meus pulmões.
— É de extrema importância, senhor Petrov.
— Mas que porra é essa?! Quem está falando?
— A esposa de Arthur, rainha dos bratva!
— Ah! A que devo a honra de sua ligação, sra.Drummond?
— Serei breve, não tenho muito tempo.
— Tem a minha atenção.
— Quero que marque uma reunião para ocorrer de madrugada.
— Espere, deixe-me processar seu pedido.. Quer marcar uma reunião para acontecer nessa madrugada?
— Sim!
— Por que algo tão inusitado? Onde está o senhor Drummond?
— Ele não vem ao caso agora, quero que marque essa reunião para ontem, as 2h da manhã em ponto estarei na organização.
— Está querendo fazer as escondidas de seu marido?
— Exatamente, senhor Petrov.
— Não acha que ele irá descobrir? Estamos falando do líder.
— Quanto a ele não se preocupe.
— Está bem, falarei com os demais anciãos, espero que seja pontual.
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Libertada - livro II (CONCLUÍDO) +18
RomanceCinco anos atrás Ariel Drummond era uma mulher assustada, fraca e frágil diante dos olhos de todos que a conhecia, não só como uma mulher comum, mas como a esposa de um mafioso frio e cruel, Arthur Drummond. Após a sua morte ao resgatá-la de um sequ...