Arthur mudou comigo, sei que sua mudança foi boa, mas percebo que ele não é tão sincero assim comigo. Arthur me acha frágil, me chama de princesa e me trata como uma, mente e esconde a verdade como se eu fosse uma boneca de vidro que facilmente se quebraria com algo que me revelasse. Eu deixei de ser frágil, já não sou tão inocente assim, depois de tantos acontecimentos em minha vida percebi que ser boa é frágil é a chave para me quebrarem. Ao longo dos anos em que eu tive que lidar com a falsa morte eu procurei ocupar a minha mente, fiz box, aprendi o idioma russo e outros sem que o Trevor ou os seguranças soubessem, eu sabia que ele havia colocado os soldados para me vigiar, mas sabia dar perdido neles.
Estou no meio da varanda, eu aperto o robe em meu corpo quando o vento gélido assopra a minha pele, fecho os olhos e respiro fundo. O sol nascente ilumina meus olhos e os abro observando e contemplando a beleza do sol tocar nas montanhas cobertas de neve. Enquanto observo a beleza natural da Rússia sinto braços fortes rodear a minha cintura, me puxar para junto de seu corpo e me abraçar, ele deposita um beijo na minha cabeça e logo em seguida pousa-o em meu ombro, um sorriso pequeno desenha meus lábios.
— Bom dia princesa.
— Bom dia grandão.
— Você dormiu bem?
— Melhor impossível..Virei-me para ele e beijei sua bochecha, suas mãos me abraçaram me puxando para mais perto, vejo ele me encarar com um brilho nos olhos, ele me contempla e admira, aqueles olhos azuis e intensos me observando sempre me deixa envergonhada.
— Já te disse que você fica linda quando o sol te ilumina?
— Não, eu fico é?
— Você é o próprio sol princesa, você quem ilumina ele.Um sorriso bobo desenha meus lábios, me aproximo dos seus e o beijo, meu coração palpita loucamente por ele, eu o amo e sei que ele me ama. Afastamos nossos lábios e pega-me de surpresa, ele segura firme minha cintura e nos girou, meus cabelos esvoaçaram em movimento, sorrimos abertamente de felicidade, Deus..Que sorriso lindo!
— Você é minhaa!
— Seu louco, vamos cair!Ele parou de nos girar e me encostou no parapeito da varanda, o sol ilumina seu rosto, uma verdadeira beldade, um Deus grego que me hipnotiza com seu charme e personalidade. Ele passou as mãos em meus cabelos e ficou seus olhos nos meus.
— Você é minha, eu não aceito te perder novamente, não vou deixar nada e nem ninguém interfira entre nós.
Novamente beijei seus lábios e o puxei para o quarto, ao passar pela porta de vidro ouvimos batidas na madeira da suíte e paramos de nos beijar.
— Mamãe, codeei!
Era Estella.
— Justo momento que iria te comer..
— Acostume-se.Me aproximo da porta e abro, rapidamente Estella junto com Suzana correram na direção do pai e subiram encima dele o abraçando forte.
— Bom dia papai!
— Bom dia minhas princesas lindas.
— Dormiram bem? - Suzana pergunta.
— Dormimos sim, e vocês duas?
— Como um anjinho. - Estella responde.
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Libertada - livro II (CONCLUÍDO) +18
Roman d'amourCinco anos atrás Ariel Drummond era uma mulher assustada, fraca e frágil diante dos olhos de todos que a conhecia, não só como uma mulher comum, mas como a esposa de um mafioso frio e cruel, Arthur Drummond. Após a sua morte ao resgatá-la de um sequ...