12- damos valor quando perdemos

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As garotas terminaram o trabalho e Any voltou para casa. Péssima ideia.

A casa estava toda revirada, quadros de família quebrados e sua mãe sentada no chão chorando.

Any: Mãe, vai ficar tudo bem, não se culpe, nao foi culpa sua.

Any estava com uma dor desconhecida no peito, aquilo seria compaixão?

Priscila: Oque eu fiz de errado filha? Eu sei que não sou tão boa mãe e que você prefere mil vezes o seu pai, mas eu fiz de tudo para essa família, oque mais ele queria?

Any: As pessoas nunca se contentam com oque tem mãe, mas depois ele vai dar valor a você. Nós só damos valor quando perdemos.

Aquilo quebrava o coração da garota, era certo que ela e sua mãe não tinham um bom relacionamento, mas ela nunca deixou de se preocupar com a sua figura materna e muito menos a odiou, embora tivesse razões para isso.

Any: Onde meu pai está?

Noah: Mamãe jogou as roupas dele pela janela, aqui ele não fica mais. Ou ele foi para um hotel, ou para a casa da amante.

Aquilo seria até engraçado de se imaginar, Priscila com raiva jogando as roupas pela janela, mas nessa ocasião com certeza não tinha nada de divertido.

A mãe de família já estava mais calma, Noah estava com tanta raiva que suas veias da testa pareciam querer saltar. Sua mão estava em um punho e Any estava apreensiva pelo fato de que se seu pai aparecesse pelo local com certeza levaria uma boa coça na fuça.

Priscila: Sabem oque é pior de tudo isso?

Os filhos negaram.

Priscila: Nós construímos uma família nessa casa, tivemos todos os melhores momentos das nossas vidas, ou pelo menos da minha, já que ele decidiu jogar tudo no lixo. Não sei se vou conseguir morar aqui e não lembrar do pai de vocês crianças.

Nesse momento Any se lembrou da carta.

Any: Me esperem aqui, eu já volto.

Ela correu para o seu quarto e pegou a carta.

Any: Porque não nos mudamos para o Brasil?

Noah: Tá louca? De onde tirou isso?

Any: Achei uma carta da vovó no meu quarto, é um desejo dela.

Priscila: Lembro dela me falar sobre o Brasil mesmo. Onde achou essa carta querida?

Any: Eu fui fechar a porta do meu armário e a carta caiu.

Noah: Porque nossa família não pode ser normal? Uma vó que faz crochê e é quietinha? Mas não, temos que ter uma avó que adora suspenses.

Any: Ser diferente é oque nos torna especias seu idiota. - deu um tapa fraco na sua cabeça fazendo com que a mãe de ambos desse risada.

Noah: Esta se sentindo melhor mãe?

Priscila: Estou crianças, obrigada.

Esse momento foi muito especial para os membros da família.

Oque antes era sem união e harmonia agora estava leve e tranquilo, como se todo o vazio estivesse sido preenchido e a família tivesse renascido mais feliz.

Priscila: Quando vocês acabarem esse ano podemos nos mudar para o Brasil, vou ver com a tia de vocês se ela pode nos ajudar arrumando as papelarias.

Any: Tomara que dê certo, aliás, saudades da tia Laura.

Noah: Verdade, ela que nos ensinou a cantar... porque nós paramos de cantar Any?

Any: Quando a vovó morreu senti um vazio tão grande que não me permitia viver intensamente. Um nó se formava na minha garganta e eu me sentia podre. Eu só percebi o tanto que precisava da vovó quando ela se foi. Só dei o devido valor quando a perdi...

Priscila: Porque não nos contou isso querida? Poderíamos ter te ajudado.

Noah: Mãe, não nos leve a mal, mas a senhora não éuma mãe tão compreensiva.

Priscila: Me desculpem. Vou tentar mudar daqui para frente.

A família estava tão reunida, aquilo era tão gostoso de se viver...

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NOTAS FINAIS

Oi gente, eu amei vcs interagindo nos comentários.

Eu tinha até esquecido que tinha a fanfic🤡

Mas daí vcs me lembraram e eu voltei KAKKAK

Bjs

𝕭𝖆𝖉 𝖌𝖎𝖗𝖑Onde histórias criam vida. Descubra agora